quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Daqui e dali... Vitorino Almeida Ventura

Comentários que o país inteiro consagrou

Há uma tendência actual para se comentar a música contemporânea.
Como pròs, podemos apontar a formação de públicos, o facilitar _ _ acessos ao saber prévio exigido por muitas obras, o estabelecer de uma ponte pênsil no ar entre a criação e a escuta, o levantar de escadas para as classes mais baixas acederem à 'alta cultura'... Em Portugal, ficaram célebres os anos 20 e 30 do séc. XX, em que Ema da Câmara Reis organizou conferências-concertos onde participaram escritores e intelectuais ligados à revista Seara Nova... Para Christopher Bochmann, no entanto, tais comentários devem apenas incidir sobre o conteúdo sonoro, emocional, ou seja, sobre o discurso e não sobre as técnicas.
Como contras, poderemos sempre convocar a necessidade de ser dada explicação a ingnorantes, jamais direi a bois que olham a palácios... Em não alcançarem uma metáfora partilhável. Como Rui Vieira Nery acha também se não deve conduzir a leitura de uma obra (na literatura, lembra um Hamlet, com mais notas de rodapé do que esse Shakespeare puro), nem usar e abusar de códigos estranhos às referências dos destinatários. Miguel Azguime, por seu lado, sente que a música é um fenómeno de comunicação e de afecto. Independente de qualquer discurso, ela pode tocar-nos.
Sopesando todos _ _ argumentos,
e porque os media e a escola o não fazem, mobilize-se o comentário!

vitorino almeida ventura

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