Este condicionamento poderá significar a "morte anunciada" da linha do Tua mais cedo do que o previsto. Isto porque a exploração comercial é posta em causa com a limitação de 30 km/hora, já que aumenta em larga escala os tempos de viagem. A decisão do LNEC apanhou a REFER de surpresa, já que o mês de Novembro tinha sido apontado por um funcionário da empresa estatal ao Jornal Terra Quente como o período em que seria restabelecida a circulação na Linha do Tua.
Para que a Linha do Tua possa voltar a ter circulação à mesma velocidade praticada antes do acidente de Fevereiro último, a REFER terá de instalar sistemas de detecção de queda de blocos, com a colocação de feixes de luzes ou cabos. As zonas críticas também terão de ser vigiadas por câmaras de vigilância, o que obrigará, também, à instalação de cabos de fibra óptica. O custo total estimado é de dois milhões de euros. Um investimento que a REFER não estará disposta a fazer, já que é conhecida a intenção de "afundar" a linha do Tua com a construção da Barragem da Foz do Tua.
Para já ainda não há confirmação por parte da REFER do encerramento definitivo do troço entre a Brunheda e a estação do Tua, mas está para já adiada a reabertura da linha naquele troço. Isto depois de há um mês atrás a REFER ter dado por terminadas as obras de reparação no local do acidente em que morreram três pessoas. Jornal Terra Quente
2 comentários:
Barragens
07-12-2007 17:17
Discussão motivou alterações ao Plano Nacional
O processo de consulta pública sobre o Programa Nacional de Barragens conduziu a algumas alterações, nomeadamente, no caso de Foz Tua, de modo a salvaguardar parte da linha ferroviária.
O Governo mantém a opção pelos dez empreendimentos apresentados inicialmente: Foz Tua, no rio Tua, Pinhosão, no rio Vouga, Padroselos, Vidago, Daivões, Fridão e Gouvães, no rio Tâmega, Girabolhos, no Mondego, Alvito, no rio Ocreza, e Almourol, no rio Tejo.
De acordo com o presidente do Instituto da Água, Orlando Borges, que abriu a apresentação pública do programa, aprovado em definitivo pelo Governo, a construção da barragem de Foz do Tua recebeu 28 pareceres desfavoráveis, mas o processo de consulta pública permitiu introduzir alterações na cota, para os 170 metros, de modo a diminuir em 15 quilómetros a parte da linha afectada.
Já a barragem de Almourol recebeu 12 pareceres desfavoráveis, mas admite-se a construção da barragem a montante de Constância para evitar a execução de diques de altura significativa, quer nesta localidade quer em Praia do Ribatejo.
Em Gouvães vai abandonar-se por motivos ambientais de biodiversidade a derivação no rio Olo, de modo a reduzir os caudais afluentes.
No caso de Fridão, foram recebidos cinco pareceres negativos à construção da barragem, mas Orlando Borges adiantou que será construído um pequeno açude a jusante da barragem de modo a garantir a manutenção de um nível de água permanente no troço do rio adjacente à cidade de Amarante.
A barragem do Alvito obteve pareceres maioritariamente positivos desde que seja salvaguardado o monumento geológico Portas de Almourão, reconhecido pela Unesco. Considera-se, por isso, posicionar o eixo da barragem de 1,6 quilómetros para montante.
O presidente do Instituto da Água afirmou que a proposta inicial se manteve por não terem sido "levantados obstáculos relevantes aos empreendimentos".
O processo de consulta pública decorreu entre 1 de Outubro e 13 de Novembro, tendo recebido um total de 112 participações, maioritariamente de particulares (69%), seguido das autarquias (12%).
Segundo o ministro do Ambiente, Nunes Correia, presente na apresentação pública do programa, segue-se agora a fase de "consolidação da decisão final" com o lançamento dos concursos públicos.
O ministro da Economia, também presente na cerimónia, considerou que o lançamento do programa nacional de barragens "é uma componente fundamental na nossa politica de aposta nas energias renováveis".
"Entre a actualidade e o seu termo, a capacidade hídrica do país vai aumentar 50%", afirmou.
As dez barragens, que vão implicar um investimento total entre os 1.000 e os 2.000 milhões de euros, vão permitir aumentar a capacidade de produção hídrica do país em 1.100 megawatts (MW), de modo a ultrapassar os 7.000 MW de potência instalada até 2020.
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Empresas
Construção inicia-se em menos de 1 ano
EDP com direito de preferência na barragem do Foz Tua
2007/12/07 17:52Marta DhanisAAAA
Eléctrica foi a primeira empresa a manifestar interesse
A EDP foi a primeira empresa que manifestou interesse na exploração da barragem do Foz Tua, que faz parte do plano nacional de barragens com elevado potencial hidroeléctrico (PNBEPH) do Governo.
De acordo com o mesmo, este projecto, cuja construção se inicia dentro de menos de um ano, terá um mecanismo de concurso simplificado que, «por Lei», dá preferência ao primeiro interessado, ou seja, a EDP.
Esta tarde, à margem da apresentação do plano, o presidente da eléctrica confirmou ter apresentado proposta para a referida barragem.
Neste plano, inclui-se ainda outros nove projectos hidroeléctricos, nos quais a EDP também apresentar propostas, garantiu ainda o administrador João Manso Neto.
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