sexta-feira, 8 de maio de 2009

Plano de desenvolvimento fronteiriço do Douro até final do ano

Portugal e a comunidade de Castela e Leão vão apresentar até final do ano um plano concertado de desenvolvimento para a região Douro/Duero, que prevê a reactivação, para fins turísticos, da linha-férrea Pocinho-Salamanca.
O compromisso foi assumido ontem, em Lisboa, pelo ministro do Ambiente, Nunes Correia, e pelo presidente da Junta Autónoma de Castela e Leão, Juan Vicente Herrera, e é um dos principais pontos de um memorando sobre cooperação transfronteiriça assinado entre o Governo português e aquela comunidade autónoma.
"Até final de 2009 haverá um plano concreto para o desenvolvimento coordenado entre Espanha e Portugal da grande bacia do Douro/Duero", disse Nunes Correia aos jornalistas no final da cerimónia de assinatura do memorando, que aponta também como objectivo neste âmbito a "estruturação de uma rota do Património da Humanidade ao longo do rio.
"Salamanca e o Porto são duas cidades Património da Humanidade que estão de costas voltadas", disse Nunes Correia, sublinhando o facto de também o próprio Vale do Douro ter sido considerado Património da Humanidade da UNESCO.
No âmbito do plano será estudada a reactivação da linha de caminho-de-ferro entre a fronteira portuguesa (Pocinho) e Salamanca, um projecto com grande "grande potencial turístico", que segundo Nunes Correia poderá "alavancar o progresso da região".
Por seu lado, Juan Vicente Herrera, sublinhou o "valor político" do documento assinado com o Governo português, adiantando que o próximo passo será estudar "as dificuldades técnicas, ambientais e financeiras" associadas à reactivação da linha férrea, estimando um investimento de 80 milhões de euros.
A possibilidade de uma candidatura conjunta a financiamentos europeus para este projecto foi admitida pelos dois responsáveis.
Lusa/RA

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