quarta-feira, 27 de maio de 2009

Estradas e barragens podem não melhorar economia de Trás-os-Montes

O investimento de 3,8 mil milhões de euros em barragens e novas estradas em Trás-os-Montes e Alto Douro, a concretizar durante os próximos oito anos, pode ter poucos efeitos na região. Pelo menos no curto prazo.
O investimento de 3,8 mil milhões de euros em barragens e novas estradas em Trás-os-Montes e Alto Douro, a concretizar durante os próximos oito anos, pode ter poucos efeitos na região. Pelo menos no curto prazo.
É o receio do director do Departamento de Engenharias da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Luís Ramos, manifestado ontem, no fórum "O futuro é hoje", que decorre em Vila Real, até amanhã. O investigador não põe em causa os benefícios que a Auto-estrada Transmontana, o IP2 ou o IC5 vão trazer para a região, mas duvida dos efeitos induzidos na sua economia. Assume-se “preocupado” com a “grande passividade e desinteresse” dos agentes locais, como são “autarcas e presidentes de associações”, que “ainda não se aperceberam que o investimento previsto pode mexer muito com a economia da região”. Luís Ramos observa que as novas obras não podem ser olhadas apenas pelo prisma da criação de postos de trabalho. Há outras áreas que podem sair a ganhar, “como a publicidade, o fornecimento de refeições, bens e serviços, os gabinetes de engenharia”, entre muitas outras. Mas “se a região não estiver preparada para agarrar essas oportunidades vai passar tudo ao lado”, assevera, já que “todos os materiais e produtos virão de fora, fornecidos por empresas do Porto, Lisboa ou Madrid”. Alertar os responsáveis regionais para estas questões é objectivo do fórum organizado pelo Núcleo de Engenharia Civil da UTAD. Foi lá que o administrador da Somague, Francisco Silva, garantiu que as obras do Túnel do Marão “arrancam em pleno a partir do próximo mês de Julho”, embora neste momento já decorram trabalhos nos acessos ao túnel, que vai ter quase seis quilómetros de extensão. No pico da obra estarão envolvidos nos trabalhos “800 a 900 pessoas, uma boa parte oriunda da região”.
Eduardo Pinto, Rádio Ansiães

2 comentários:

Anónimo disse...

O Director do Departamento de Engenharia da UTAD tem dúvidas sobre se as estradas e as barragens melhoram ou não a economia de Trás os Montes. Agora, uma coisa é certa e não temos dúvidas: - a falta delas, (estrada e barragens) é que não trouxeram melhorias nenhumas. Disso temos a certeza.

Anónimo disse...

Falta de Barragens???

Estupidez de comentário próprio de quem beneficia da morte tipo cangalheiro vai longe vai