terça-feira, 16 de setembro de 2008

Protesto contra encerramento de infantário em Castanheiro do Norte

Está instalada a polémica em Castanheiro do Norte, Carrazeda de Ansiães. A Câmara Municipal quer transferir as crianças do infantário para o pólo do primeiro ciclo. Os pais não aceitam. Ontem protestaram na rua. De uma reunião com o vereador autárquico não saiu fumo branco e o protesto mantém-se.

Depois do almoço de ontem, pais de algumas crianças aperceberam-se de funcionários municipais a retirar material do infantário. Deram o alerta e juntaram-se-lhes mais alguns. Num ápice cortaram uma rua com recurso a tractores agrícolas, impedindo que a carrinha da Câmara saísse do sítio.

Chegou a GNR, cinco elementos, e a rua foi desbloqueada. Mas a contestação continuou. “Não aceitamos que fechem o infantário. Não fomos sequer avisados”, protestou a porta-voz do grupo, Laura Pássaro. Diz que a ideia da Câmara é “juntar as 17 crianças da pré-primária com as 13 do primeiro ciclo”.

O pólo tem duas salas. Os mais pequenos ficariam numa, os mais velhos na outra. “Nada. Não aceitamos. Imagine-se todos juntos no recreio!” Mais: “Se os da creche vão para o pólo, ocupam a sala onde os do primeiro ciclo tomam o almoço, o que os vai obrigar a todos a atravessar a estrada para comer numa sala da junta de freguesia”.

Às seis da tarde, como prometera, chegou o vereador da Câmara para justificar a medida. Quase uma hora depois de reunião com alguns pais na junta, à porta fechada, não houve entendimento. O autarca não quis explicar ao JN. Os encarregados de educação prometeram que “os filhos vão hoje para a pré-primária. Se estiver fechada, vão para casa”. Eduardo Pinto/JN/Rádio Ansiães

4 comentários:

Anónimo disse...

O autarca não quis explicar porque,infelizmente, nem sabe como e o que há-de explicar!
Assim estamos politicamente servidos em Carrazeda!
Por outro lado os pais de Castanheiro, para o ano vão exigir para cada filho, um professor, de preferência em casa!
Faziam muito bem se conseguissem olhar para a sua infância!
Mas não !
Têm memória curta, muito curta!

Anónimo disse...

Para as pessoas da freguesia do Castanheiro é facílimo arranjar culpados em vez de soluções, sobem vários degraus na sociedade e esquecem-se de olhar para baixo!!
Não estou a desculpar ninguém, mas as coisas são assim mesmo...MJFiel

Anónimo disse...

Está visto que as culpadas são as crianças, por ainda terem o topete de nascer num concelho que não as quer.
Tentasse alguém abrir um colégio privado nos moldes em que vai funcionar a escola do Castanheiro, a ver se a Câmara não indeferia liminarmente o pedido por falta de condições mínimas... Agora, como é uma escola pública e os utentes são de origens modestas, já é aceitável que se viole a lei?

Anónimo disse...

E qual foi a Lei violada?
Diga!