Há conceitos que deveriam jogar no mesmo sentido mas que, por vezes, se entrechocam.
É o caso da qualificação de património mundial e desenvolvimento da zona duriense.
Por um lado, a qualificação atribuída de património mundial dá ao Douro a possibilidade de chamamento de turistas para desfrutarem da beleza natural, o que implica procura de restaurantes e hotéis para a permanência do visitante.
Isso não tem acontecido muito até ao presente.
Por outro, essa qualificação parece impedir toda e qualquer acção de desenvolvimento porque ao tentar mexer-se em qualquer coisa há a sensação de que corremos o risco de desvirtuar a natureza e nos ser retirado aquele epíteto.
Mas é claro que o desenvolvimento é necessário, sobretudo turístico.
E para isso é preciso construir um mínimo de pontos de apoio que não podem ser considerados como desintegrados da paisagem duriense.
Há mesmo que apresentar de futuro, nos encontros com o poder central, projectos concretos incentivadores de investimentos privados.
No que respeita a Carrazeda, há que aproveitar para lutar por ideias como a do São Lourenço, Tua, Senhora da Ribeira.
Quanto a esta última, um projecto para num "plateau" construir infra-estruturas que sirvam de base a uma aldeia turística totalmente moderna, onde as pessoas possam desfrutar de todas as maravilhas da natureza e desportos correspondentes, deve ser apresentado com ousadia e o mais trabalhado possível.
Há, pois, que compatibilizar a defesa do património com a modernidade necessária ao desenvolvimento.
João Lopes de Matos
1 comentário:
Vale sempre a pena, a ansiedade com que se espera pelos seus artigos.Desde os registos mais pessoais aos temas de interesse mais comunitário, revela-se sempre inteligente e sensível. Obrigada.
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