sexta-feira, 1 de junho de 2007

Daqui e dali... José Eduardo Martins

Das Feiras…

Desde há vários anos a esta parte, tenho sido crítico (construtivo) da forma como se vêm realizando este tipo de eventos. E não é pela falta que fazem, pois como é óbvio, tudo o que possa servir para promover e dinamizar os produtos e empresas do Concelho e até da região, poderá pecar por falta e raramente por excesso.
Seria certamente mais produtivo, do ponto de vista dos resultados, pensá-las juntamente com os interessados e os seus representantes.
O que se tem feito é pouco mais do que festa, merendices e a promoção do artesanato sabe-se lá donde? Chega-se mesmo a subsidiar a presença dos de fora e a cobrar aos que aqui pagam impostos.
Sucintamente e fazendo apenas referência aos que deverão ser as estrelas:

- A restauração deve ser protegida. Não se pode pedir que à restauração do Concelho que durante o ano tem porta aberta, dá empregos permanentes e paga os seus impostos, que feche as portas durante a feira e vá para um local sem condições de conforto ou higiene (carne às moscas assada em pó…) e quase sempre sem o mínimo de qualidade, nem condições para a ter. Prova disso é o recente anúncio, trazido a público pela ASAE, de que durante o corrente ano iriam ser fiscalizadas as feiras regionais em Trás-os-Montes. Quem vai pagar as multas?
No sentido de valorizar e desenvolver a restauração concelhia, em meu ver, seria de maior interesse, conciliar durante o período da feira um evento gastronómico NOS RESTAURANTES LOCAIS, desde que estes se obriguem durante o mesmo período a cumprir normas comuns de qualidade e de valorização dos produtos locais, nomeadamente azeite, vinho e as diversas frutas que por cá se produzem, em especial destaque a maçã. Como exemplo pratos e sobremesas com maçã.
Para não falar na “quase” ilegalidade em que a maioria das “tasquinhas” funcionam, quer a nível de funcionamento constitutivo, quer ao nível dos impostos. “Duvido” que seja necessário algum tipo de licenciamento.

- O vinho é das produções agrícolas, a que pode e deve ser destacada. A sua qualidade e diferença facilmente se imporão em mostras e concursos, com animação e criatividade. Fazer vinho na feira para que todos vejamos o que já fazemos há séculos é interessante para a história, talvez documental ou museológica, mas mais interessante seria promover visitas às quintas, às suas adegas, e aí sim mostrar e valorizar os que se têm esforçado na modernização e desenvolvimento das suas actividades, promovê-los é o mínimo que se pode fazer. Concursos de vinho, provas e porque não, se feito na época certa, um leilão de vinho (em lotes do produtor), desde que devidamente legalizado.

3.º A maçã pelo peso e destaque que adquiriu ao longo dos anos. Pela qualidade organoléptica diferenciada que possui, é sem dúvida, a par com o vinho a actividade agrícola que tem potencial para o acompanhar. Na maçã, interessará essencialmente captar a atenção, dos comerciantes da Região e do País, para a oportunidade de negócio que terão se vierem a Carrazeda comprar maçãs nessa época. Pode não ser desprezível vender na feira algumas toneladas de maçã. Seria muito interessante até para os pequenos agricultores, mas como vemos de ano para ano, são poucos e apenas os grandes, que aí colocam à venda a única variedade que já está em fase de maturação.

- O azeite – “idem…” ” idem…”

E se têm interesse em que as pessoas cá venham:

NÃO COBREM ENTRADA!!! (Corzinha inocente…)
VIVA O TONY!
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José Eduardo Martins

1 comentário:

Anónimo disse...

Em alternativa ao habitual "dizer mal" o seu artigo tem propostas concretas que mereciam a reacção crítica dos envolvidos.
Ninguém diz nada?