terça-feira, 3 de março de 2009

O que se disse... Constança Cunha e Sá

«O PS deixou de ser um partido para se transformar num conjunto de figurantes que serve para ornamentar a actuação do Governo».
Constança Cunha e Sá, "Correio da Manhã"
Antero

1 comentário:

Anónimo disse...

jn
Justes recusa barragem e prefere água de mina
Junta fez abaixo-assinado contra qualidade e quantidade de água
Ontem
EDUARDO PINTO
Desde o início do ano que a população de Justes, Vila Real, torce o nariz sempre que leva um copo com água da torneira à boca. Diz que desde que a freguesia é abastecida com água da barragem, ela é pouca e sabe mal.

A Junta de Freguesia de Justes, Vila Real, elaborou um abaixo-assinado com mais de 400 pessoas. Protestam contra a qualidade e quantidade da água que lhes é servida pela barragem do Pinhão desde 6 de Janeiro.

Até então, aquela aldeia com 800 moradores foi abastecida por captações locais, mas com a entrada em funcionamento da barragem, tanto Justes como outras freguesias dos concelhos de Vila Real, Sabrosa, Peso da Régua e Alijó, começaram a beber daquela infra-estrutura construída de raiz pela empresa intermunicipal Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro (ATMAD). "No início, a água vinha cheia de 'farfalhos pretos' e cheirava a fossas sépticas", recorda o presidente da Junta de Freguesia de Justes, Óscar Monteiro. Pensou tratar-se de uma "sabotagem" nos depósitos. Só depois viria a ser informado - "até hoje ainda não houve, oficialmente" - que a freguesia estava a ser fornecida pelo sistema do Pinhão.

O autarca diz estar farto das reclamações do povo, pois é a ele que se dirige para protestar. "Ainda no outro dia fui insultado, na associação, por causa da água", recorda. Acrescenta que a área da barragem "nem sequer está vedada" o que permite a "passagem de rebanhos de gado" por lá. "Já lá foram encontradas ovelhas mortas", realça.

Por estas e por outras razões, exige, escudado nas mais de 400 assinaturas do abaixo-assinado, que seja devolvida às torneiras da povoação a água que os serviu nas últimas décadas.

O autarca alega que o presidente da Empresa Municipal de Água e Resíduos de Vila Real (EMARVR), Miguel Esteves, lhe prometeu "há sete ou oito meses, no gabinete dele, que o povo de Justes nunca iria ter água da barragem e iria continuar a ter a das minas". E por causa dessa alegada promessa, empenhou a sua palavra à população.

"Nunca disse nem poderia dizer uma coisa dessas", reagiu, ao JN, Miguel Esteves, até porque a política da empresa que dirige tem sido a de "reduzir ao mínimo o número de captações, para conseguir uniformidade de quantidade e qualidade".

O responsável admite ainda que a mudança da fonte de abastecimento possa ter provocado "alguma alteração no sabor da água", porém, tem garantias escritas da ATMAD que a água "é de óptima qualidade e cumpre as normas nacionais e comunitárias". Garante ainda que a Delegação de Saúde tem feito análises e "ainda não detectou nenhuma irregularidade".

Boal Paixão, da Comissão Executiva da ATMAD, diz ter "dificuldade em perceber a erupção local" em Justes, mas aceita que exista "algum receio" da população nesta fase inicial. Garante que a qualidade da água que sai da barragem do Pinhão é "controlada todos os dias" e que é "incomparavelmente melhor" do que a que se bebia anteriormente. Refira-se que num universo de várias dezenas de milhar de pessoas servidas pelo Pinhão, "só há queixas em Justes". "Parece-me que existe alguma desinformação", admite.

Tendo em conta que a situação é irreversível, Miguel Esteves adianta que a água dos antigos depósitos poderá continuar a ser usada pela freguesia, nomeadamente para rega de jardins, dar de beber a animais e manter os pontos de água do santuário.