sábado, 6 de setembro de 2008

"A Outra" custou 125 mil euros à Terra Quente

"A Outra" despediu-se de Trás-os-Montes. As cinco autarquias da Terra Quente gastaram 125 mil euros para que a novela mostrasse aquela área do distrito de Bragança. Um investimento que valeu a pena, pelo retorno turístico conseguido.
As contas são simples de fazer. As Câmaras Municipais de Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Mirandela e Vila Flor despenderam, cada uma, 25 mil euros. Cerca de 15 mil a favor da produtora da novela, NBP, e o resto em refeições e alojamento para actores e equipas. (...)
Pimentel já o havia dito e reiterou-o ontem. "A novela foi uma grande aposta para a Terra Quente Transmontana e mesmo para o distrito de Bragança". Exemplificando: "Durante o mês de Agosto, todas as unidades de turismo de habitação estiveram esgotadas durante dias e dias".
O sorriso do autarca mais entusiasta da novela alargou-se ainda mais quando revelou, ao JN, que no próximo dia 14 deste mês vai receber em Vila Flor uma excursão de 800 pessoas "por causa da novela". "Olhe que são 18 autocarros cheios!", realçou. A visita, claro, será guiada pelos locais mais emblemáticos do concelho e que despertam mais curiosidade, depois de divulgados pela televisão. "Valeu mesmo muito a pena esta aposta. Voltaria a fazê-la muitas vezes", notou o edil.

Mas, e os outros concelhos. Que lucraram eles com "A Outra"?
"Até o cidadão anónimo sabe que houve vantagens", começa por dizer o edil de Mirandela, José Silvano, explicando que "houve actores da novela a comer e a dormir na cidade todas as semanas". Mais: "em Agosto, tivemos a visita de muitas mais pessoas e a imagem da cidade foi muito divulgada", disse. Silvano fez mesmo a comparação com o que se gastava há 15 anos para garantir uma etapa da Volta em bicicleta a Portugal e a transmissão televisiva de uma prova de Jet-Ski. "As duas custaram 250 mil euros. Com muito menos fizemos agora mais publicidade e ganhamos mais".
O homólogo de Alfândega da Fé, João Carlos Figueiredo, preferiu realçar que, durante o mês de Agosto, tanto a Estalagem Serra de Bornes, onde foram rodadas várias cenas, como as escolas primárias transformadas em alojamentos turísticos tiveram "lotação esgotada", ultrapassado todos os números a que estavam habituados.

Os autarcas de Carrazeda e Macedo, a gozar férias, não participaram nesta despedida de "A outra", mas, segundo os homólogos "toda a região beneficiou". Eduardo Pinto, JN

8 comentários:

Anónimo disse...

Q grande admiração... Mais uma vez o "nosso" presidente, q mais parece virtual, nunca esta qdo interessa... Será que ainda vai a camara??? Ou deixa tudo nas mãos dos tais homologos...
Ja agora... pq n se demite de vez?!

Anónimo disse...

Câmara a Outra
Diz muito bem o Presidente da Câmara de Vila Flor, estão previstos 18 autocarros cheios, é muita gente a visitar o concelho, grande aposta e já começou a dar frutos.
Ganhou sem sombra de dúvida Vila Flor, os concelhos satélites contribuíram com a mesada, com espírito solidário, que a novela merece.
Continuamos a ser os parentes pobres, sobram os restos se o banquete for excessivo. Mas não se perde tudo, divulga-se uma região e em particular um concelho vizinho, a colaboração institucional pelo menos funciona.
Na contabilização das perdas e ganhos, sabemos o que nos toca, não há culpas, não podemos mudar a localização do concelho de Carrazeda de Ansiães, que se situa num extremo do distrito e com fracas acessibilidades aos grandes eixos rodoviários, para não apontar outras situações limitativas.
Sabre07

Anónimo disse...

A gente dos 18 autocarros também vem a Carrazeda, à inauguração do HOTEL e de seguida é servida com um passeio guiado ao CASTELO de Ansiães!!!

Anónimo disse...

Se vão ao Castelo é melhor limparem aquilo não?!

Anónimo disse...

Como num exercício de caça...
Rei Artur mata, o Geninho vai buscar, Rei Artur come a carne e os ossos ficam para quem?
Complete.
R:. _e_ _n_o

Anónimo disse...

Não me parece razoável que se diga tratar-se Carrazeda como meio urbano/rural não visitado por se encontrar no extremo sul do Distrito.
Lembre-se que Carrazeda está a 16Km de Vila Flor e usufrui de um bom acesso entre si.
Hoje já se circula bem entre Carrazeda e Mirandela/IP4 e entre Carrazeda e Alijó/IP4 (o troço Carrazeda/Tua está praticamente concluído, sendo que de Tua para Alijó se circula com razoabilidade).
Ora, de Alijó ao Pópulo faz-se rápido, pese embora necessitemos urgentemente do Itenerário Complementar 5.
As verdadeiras razões do nosso atraso, como toda a gente sabe, provêm dos "nossos" políticos que se tivessem sido competentes, desde há muito teríamos os acessos rodoviários de que necessitamos.
"Culpar" estes investimentos em falta é sempre uma falsa questão pois se eles não existem é porque alguém os não fez, mas principalmente porque ninguém os reevindicou como devia.
Esta falta de assunpção da responsabilidade é apenas uma trapalhada só aceite pela infeliz pouca formação do nosso meio rural.
É como termos de entender e aceitar que a novela filmada em Vila Flor e Carrazeda, apenas beneficie a Vila vizinha com tão curta distância que dela nos separa...
É que a Edilidade Carrazedense também pagou!
Se me disserem que afinal as pessoas até poderiam vir para Carazeda, mas para onse instalarem aonde?
Em casa do Presidente?
Na quintinha do Manuel que até parece que anda apático... a dormir na fronha?
Até aceito isso, mas fica-nos sempre a ideia de um atraso provocado pela ineficiência dos tais "nossos políticos".
Daqui não saio em nome da verdade!

Anónimo disse...

25000 € a dividir pelas 19 freguesias de Carrazeda para quem luta com falta de dinheiro que jeito lhes davam os 1315.79 €, dava um pequeno jeito para quem tem tão pouco e gastam-no em novelas que nada falaram e mostraram de Carrazeda a não ser a vista aérea do castelo e da cascata da ribeira em Coleja que mal se identificavam a não ser as pessoas do concelho que conhecesem. Enfim a mania das grandezas.

Anónimo disse...

Pois é os outros pagaram e quem ficou a ganhar, foi Vila Flor. Parabens ao Sr. Presidente (Dr. Pimentel) pela sua espertesa.