quarta-feira, 9 de julho de 2008

Louçã critica barragem do Tua

O Bloco de Esquerda vai contestar a construção da barragem do Tua no próximo debate do estado da Nação, no Parlamento. Para preparar argumentos, o dirigente Francisco Louçã viajou terça-feira de metro, entre Foz-Tua (Carrazeda) e Mirandela. O deputado concede que é necessário fazer algumas barragens no país, mas "por razões de sensatez" refuta o empreendimento hidroeléctrico do Tua. Primeiro "porque faz desaparecer a linha ferroviária do Tua". Considera-a uma "obra de arte", com 120 anos de existência, e com "elevada potencialidade turística". Depois, "porque afecta terrenos agrícolas". Louçã realça que esta barragem representa "apenas 0,5 por cento do potencial hidroeléctrico do país" e está convencido que Portugal teria muito mais a ganhar "apostando na eficiência energética". Exemplificando: "Um euro investido para evitar perdas de energia ou para substituir as formas de iluminação corresponde a oito euros de poupança". Contas feitas, assume que "uma boa política energética tem essas prioridades e não passa por atropelar o património cultural e paisagístico", disse.
Francisco Louçã reconhece que a linha do Tua até pode nem ser rentável do ponto de vista comercial, no entanto, classifica-a como uma mais-valia turística que deve ser aproveitada para desenvolver a região. "A rentabilidade também se vê pelas pessoas que visitam, que comem, que ficam e que querem conhecer", frisa.
O dirigente do Bloco de Esquerda considera ainda uma boa ideia a extensão da linha do Tua desde Mirandela até Puebla de Sanábria, em Espanha, passando por Macedo de Cavaleiros e Bragança. No entanto, para que tal aconteça, "é preciso que a linha não seja encerrada no último troço". Eduardo Pinto/JN

3 comentários:

Anónimo disse...

Também não estou de acordo com a barragem do Tua, pq destrói um património natural, único no país.Como pode haver tão pouca sensibilidade, é que me espanta!

Anónimo disse...

Há gente com muita sensibilidade e, que nada faz, também me espanta!!

Anónimo disse...

Antes sensíveis parados do que insensíveis em movimento.Seria gravíssimo o erro de levar a barragem em frente.