Ao iniciar este texto, o objectivo é provar que constitui uma ignorância tentar empurrar a culpa de todos os problemas sociais, económicos, etc. no Rei que ao longo destas duas décadas nos tem governado. Teremos também de reflectir naqueles que nele acreditaram, rodearam, continuam a rodear e mais do que nunca continuam a acreditar.
Afinal de contas, não adianta de nada culpar o Rei por todos os males que nos afligem. Esta é uma atitude muito cómoda para o povo, o qual é, na realidade, o verdadeiro culpado, a partir do momento que deixa de se interessar pela política e possibilita ao Rei agir de acordo com as suas vontades particulares, deixando para trás todo um Concelho ao abandono, chegando mesmo ao ponto de desprezá-lo.
Se a política é um assunto desagradável, chegou o momento de encontrarmos os culpados.
Façamos uma retrospectiva: o povo é culpado pelos problemas, já que a maioria das pessoas não se interessa em participar nas decisões políticas.
Poderá existir uma minoria de homens que pretende reverter este quadro. Mas como? Através de revoluções? Não. Revolução alguma irá resolver o problema. Os males só cessarão quando a vontade geral assim o quiser.
E o que devemos fazer? Sentar-nos e esperar que uma luz divina clareie a visão de todos e faça com que se tornem activos e participativos os cidadãos? Não.
Não temos que esperar. Temos que acatar a vontade geral, mas isso não impede que divulguemos a nossa vontade em acreditar em novos projectos, e tentemos nós mesmos alertar o povo para um novo rumo. Mais do que nunca torna-se urgente alertar o povo para os males que o Rei e os seus compadres, disfarçados de anjos puros, quando na realidade não passam de simples e feias marionetas que um malfeitor ao longo destas duas décadas tem usado para as suas vinganças e continua a usar pela calada, com métodos que apenas são usados em terras sem uma verdadeira democracia. Não. Não. Não. Este Concelho não merecia tanta maldade e ódio.
Precisamos de dar alguns passos e quando o primeiro passo estiver completo (alertar e divulgar), passaremos ao passo dois: encontrar um presidente digno de confiança.
O que precisamos agora é encontrar alguém que cumpra o seu dever, que respeite as cláusulas do contrato social, de que tudo deve convergir para o bem comum e não para o bem particular do político. E enquanto não acharmos um presidente que respeite o contrato/prometido, trataremos de expulsar um a um do seu posto, como faríamos com um inquilino que não paga a renda. Se ele não paga a renda porque não pode, então talvez possamos ajudá-lo, fazendo algum tipo de caridade. Mas se ele não paga porque não quer fazê-lo, então teremos de expulsá-lo. O mesmo deve ser aplicado ao político que age perfidamente e não respeita o contrato social. Então o povo, consciente, deve agir, e a vontade geral deverá determinar a expulsão do presidente do seu cargo.
Iremos em busca de outro inquilino. Iremos em busca de outro político, quantas vezes for preciso, até encontrarmos algum que realmente cumpra o contrato/prometido. De uma vez por todas está na hora de expulsar o homem, “os homens” que se regem por vingança e inveja.
Sejamos objectivos e procuremos encontrar alguém para cumprir o contrato tal como deve ser.
Júlio César
12 comentários:
Avé, Júlio César! Que belo texto, enxuto, objectivo e claro. Mas quanto aos primeiro passos, eles têm vindo a acontecer nos blogues de Carrazeda, onde vão pontificando comentadores de qualidade, por exemplo, João Lopes Matos, Hélder Carvalho, Hélder Rodrigues, José Mesquita, Júlio César, "Ateu", etc, e até os próprios proprietários ajudam indirectamente a dar esses passos ao disponibilizarem generosamente estes mesmos espaços para a crítica construtiva. Os "outros" passos para tentar tirar Carrazeda do marasmo em que o fizeram cair o actual (des)governante e seus pares, têm vindo a ser dados "em bicos de pés" mas já não tardará muito que se ouçam bem sonoros e clarividentes em tudo quanto é público. Aguardemos. Só sei que nada ficará como dantes se a maioria dos bons e mais esclarecidos carrazedenses quiser.
Este anterior camarada esmaga-nos com os nomes para retirar Carrazeda do marasmo. Faça-se já a lista. João Lopes de Matos, pela sua superioridade de argumentação, o filho do Carvalho do Grémio, pela superioridade do trabalho em nome da causa, Hélder Rodrigues, pela superioridade das superioridades, José Mesquita, pela supeioridade moral. Só falta agora adicionar o nome do meu colega de escola Manuel Barreirinhas Pinto, pela superioridade do sino ou relógio da aldeia! Façam a lista!!!!!
Sim, só não queremos lá seres inferiores como este último anónimo que deve ser dos que giram na órbita da inferioridade do actual poder autárquico. Realmente destes já não precisamos mais. Já estou como a cantiga do Sérgio Godinho: p'ra melhor está bem, está bem; p'ra pior já basta assim...
Este último comentário é notoriamente escrito por um ser superior...
Diria mesmo, pelo superior dos superiores!
Voto por uma petição pela sua beatificação! Já!
Quanto a eu ser superior em termos de argumentação,não me julgo assim.Tento argumentar o que melhor sei e posso e os outros que tirem disso o que bem entenderem ou não me leiam pura e simplesmente.Para me manter vivo gosto de argumentar e agradeço a quem me proporciona uma luta leal que me permita este meu exercício mental.Para isto e para participar em tertúlias ou debates contem comigo.Para mais não.
Só quero dizer que gostei da ironia subjacente ao que estou a responder.
JLM
e antes girar na órbita do poder, por convicção, do que não girar só porque não se foi aceite.
Parece que os falhados estão a ficar nervosos... Quando perante os tristes factos políticos em que estão envolvidos não têm outra argumentação e se limitam apenas a reduzir tudo a superiores e inferiores, algo vai mal no "reino da Dinamarca".
ASFP
http://alguresemcarrazeda.blogspot.com/
tenho estado de ferias, daí nao ter publicado...
mas dentro de dias voltarei a publicar...
cumprimentos
o problema é que os falhados não existem só na governação. nas alternativas ditas superiores, era virar o disco e tocar o mesmo. o profe. josé alegre já colaborou com o poder. o profe. helder rodrigues se pudesse cá estar com o eugénio, já cá estava h. o profe. jlm é amigo ele. o profe. helder de c. está obsecado com a vingança.
Este anónimo continua a fazer juízos de valor falsos e levianos, pois nem sequer dá o benefício da dúvida a quem nunca fez parte da governação. Mas também não admira, vindo de quem vem, está tudo dito, pois não sabe dizer mais nada a não ser o diz que diz dos cafés e das esplanadas, onde passam o tempo todo a beberricar. Tipos destes não costumam ser úteis à sociedade e como não sabem fazer mais nada na vida, passam o tempo a denegrir os outros.
ASFP
A luta política tem que decorrer com mais elevação.Podemos argumentar cada um à sua maneira e mantermos respeito recíproco. Aqui nos blogues a mesma coisa. Podemos até fazer algumas picardias e manter o respeito e a amizade.Temos até que ter algum cuidado com o modo como dizemos as coisas.
Alguma brincadeira é salutar,alguma ironia também e mesmo algum azedume.Mas temos que fazer um esforço para não ultrapassarmos os limites da decência.
Se certas regras não são respeitadas, então é melhor acabar com os blogues,o que é uma pena pois há tantos assuntos que podem ser tratados por este meio.
JLM
Acho que era melhor arejar agora com as férias, encerrar os blogs e voltar em Outubro na esperança de que todos, após descanso, virão. mais "saudáveis"
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