A Linha do Tua só vai encerrar por causa da construção de uma barragem. Palavra da secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino. Afastado está, para já, o fecho por questões de rentabilidade ou falta de segurança.
A garantia da secretária de Estado foi dada ontem, na Assembleia da República, aos representantes dos diversos grupos parlamentares, durante uma audição em sede de Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicações.
A sessão foi uma iniciativa do Grupo Parlamentar do Partido Ecologista "Os Verdes", que pretenderam questionar a governante sobre o futuro daquela via-férrea.
"A única razão porque se virá a encerrar, total ou parcialmente, a linha do Tua, é, única e exclusivamente, por causa da construção da barragem", precisou Ana Paula Vitorino, sublinhando que "se a barragem não for construída, esta linha não será desactivada".
A reduzida circulação de passageiros (115 por dia, nas contas apresentadas pela secretária de Estado dos Transportes) não será, portanto, motivo para fechar a via, até porque, segundo diz Ana Paula Vitorino, "a linha do Douro e outros ramais também têm baixa procura".
Ana Paula Vitorino realçou que o aproveitamento hidroeléctrico previsto para a foz do rio Tua "é uma barragem de desenvolvimento económico e social para Trás-os-Montes".
E, se assume que após a sua construção o emprego que vai gerar é escasso, a governante atirou que "a linha do Tua também não cria postos de trabalho". Olha, por isso, para o empreendimento como um "indutor de actividade económica", essa sim, capaz de criar emprego.
Caso a barragem avance vai ser necessário gerar alternativas de mobilidade. Porém, devido à orografia da zona, é "praticamente inviável" construir no mesmo corredor uma outra linha ferroviária. Sendo assim, "será necessário pensar num bom sistema de transportes públicos".
A secretária de Estado referiu-se ainda à reactivação do troço Pocinho-Barca de Alva, na Linha do Douro. Notou que o Governo está "disponível para fazer o investimento na infra-estrutura, desde que apareçam outras entidades que se comprometam a explorá-la".
E anunciou que a reactivação da continuação da linha no lado espanhol "nem consta dos planos do Ministério do Fomento, nem está em curso". Eduardo Pinto/JN/Rádio Ansiães
A garantia da secretária de Estado foi dada ontem, na Assembleia da República, aos representantes dos diversos grupos parlamentares, durante uma audição em sede de Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicações.
A sessão foi uma iniciativa do Grupo Parlamentar do Partido Ecologista "Os Verdes", que pretenderam questionar a governante sobre o futuro daquela via-férrea.
"A única razão porque se virá a encerrar, total ou parcialmente, a linha do Tua, é, única e exclusivamente, por causa da construção da barragem", precisou Ana Paula Vitorino, sublinhando que "se a barragem não for construída, esta linha não será desactivada".
A reduzida circulação de passageiros (115 por dia, nas contas apresentadas pela secretária de Estado dos Transportes) não será, portanto, motivo para fechar a via, até porque, segundo diz Ana Paula Vitorino, "a linha do Douro e outros ramais também têm baixa procura".
Ana Paula Vitorino realçou que o aproveitamento hidroeléctrico previsto para a foz do rio Tua "é uma barragem de desenvolvimento económico e social para Trás-os-Montes".
E, se assume que após a sua construção o emprego que vai gerar é escasso, a governante atirou que "a linha do Tua também não cria postos de trabalho". Olha, por isso, para o empreendimento como um "indutor de actividade económica", essa sim, capaz de criar emprego.
Caso a barragem avance vai ser necessário gerar alternativas de mobilidade. Porém, devido à orografia da zona, é "praticamente inviável" construir no mesmo corredor uma outra linha ferroviária. Sendo assim, "será necessário pensar num bom sistema de transportes públicos".
A secretária de Estado referiu-se ainda à reactivação do troço Pocinho-Barca de Alva, na Linha do Douro. Notou que o Governo está "disponível para fazer o investimento na infra-estrutura, desde que apareçam outras entidades que se comprometam a explorá-la".
E anunciou que a reactivação da continuação da linha no lado espanhol "nem consta dos planos do Ministério do Fomento, nem está em curso". Eduardo Pinto/JN/Rádio Ansiães
2 comentários:
BOA...
Não posso acreditar. Tenho 35 anos, vivo em França, e tenho tantas saudades da viagem que fazia com a minha Avó desde o Porto até ao Tua ! Lembro-me muito bem das belas paisagems do Douro que corriam por a janela daquele velho comboio vermelho escuro. Lembro-me do barrulho das rodas por a linha fora e dos Trasmontanos que voltavam para casa. Parece impossivel que essa linha desapareça.
Cristina - França
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