«Imagine-se participante de um concurso televisivo. Pergunta Que tipo de objectos pode encontrar em pequenas lixeiras nas encostas do Alto Douro Vinhateiro? Diga tudo o que lhe vier à cabeça e verá que dificilmente vai errar uma. Uma guitarra desfeita, uma sanita partida, um cão morto, as calças que não servem, um pneu velho, os sofás que passaram de moda
A variedade não caberia neste texto, mas terá de caber nos camiões do grupo SUMA, que até ao final deste ano vai limpar os pontos críticos nas margens do rio Douro e seus afluentes. (...)
Limpeza em curso
O exemplo dado é apenas um dos muitos no Douro. Para acabar com estes atentados ambientais, Alfredo Carvalho dá a receita "As autoridades têm de lhes carregar com multas pesadas". Ora, de acordo com o Tenente Eduardo Lima, comandante do destacamento da GNR da Régua, as coimas aplicadas a quem depositar resíduos no meio ambiente "rondam sempre os 500 euros" para pessoas singulares. Mas o valor final varia consoante a gravidade da infracção e se houver reincidência. No caso de pessoas colectivas, a coima é multiplicada por cinco. "Com coimas pesadas as pessoas retraem-se mais", observa.
O problema das lixeiras clandestinas tem representado uma verdadeira dor de cabeça para os autarcas. (...)
O projecto de erradicação das dissonâncias ambientais do Douro é promovido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte e pelo Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos. O grupo SUMA tem nove meses para "eliminar a incúria e resgatar a dignidade" que é devida ao Alto Douro Vinhateiro, Património da Humanidade. Já foram limpos os pontos críticos dos concelhos de Lamego, Mesão Frio, Régua e Santa Marta de Penaguião. Neste momento os trabalhos decorrem em Vila Real, seguindo-se os municípios de Alijó, Armamar, Carrazeda de Ansiães, Sabrosa, S. João da Pesqueira e Tabuaço.» JN
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