Autarcas do Douro concertam acções e estratégia comuns
«Pela primeira vez, os autarcas da Região Demarcada do Douro falam a uma só voz. Foi ponto assente numa reunião, ontem, em Tabuaço, em que a Estrutura de Missão do Douro (EMD) apresentou o programa de acção para os próximos anos. Ideias base Manter activa, a todo o custo, a linha ferroviária entre a Régua e Barca d'Alva; criar uma marca de promoção da região, agilizar processos de licenciamento de projectos e relançar o Plano de Desenvolvimento Turístico do Vale do Douro.
«Pela primeira vez, os autarcas da Região Demarcada do Douro falam a uma só voz. Foi ponto assente numa reunião, ontem, em Tabuaço, em que a Estrutura de Missão do Douro (EMD) apresentou o programa de acção para os próximos anos. Ideias base Manter activa, a todo o custo, a linha ferroviária entre a Régua e Barca d'Alva; criar uma marca de promoção da região, agilizar processos de licenciamento de projectos e relançar o Plano de Desenvolvimento Turístico do Vale do Douro.
Os autarcas subscreveram o rumo que a EMD quer trilhar, sendo que o seu chefe de projecto, Ricardo Magalhães, registou com agrado a existência, entre os responsáveis municipais, de "uma unidade Douro", que, realça, "era coisa que, há cerca de um ano, ainda não havia". A prova está na elaboração de um plano a implementar entre 2007 e 2013 e em que estão identificados 57 projectos estruturantes para a região.
Conseguida a proeza de pôr 21 municípios a puxar para o mesmo lado, "há que começar a trabalhar à escala global". Os desafios são muitos, mas há prioridades. Citando o encarregado de Missão do Douro, Carlos Lage, o chefe de projecto assumiu que "a linha-férrea do Douro não pode fechar". Ou seja, manter o troço Régua-Pocinho e reactivar a parte Pocinho-Barca d'Alva. Adiantou ainda que "se for necessário o Programa Operacional Regional estará disponível para apoiar o seu financiamento". Nos próximos meses, terá de se encontrar "o modelo de gestão da linha", que assentará em parcerias público-privadas, bem como articular com a Junta da Castela e Leão a sua exploração turística.
Segundo Ricardo Magalhães, vai ainda ser reavaliado o Plano de Desenvolvimento Turístico do Vale do Douro, na gaveta há três anos, e do qual só dois projectos avançaram a Escola de Hotelaria e Turismo de Lamego e a rede de aldeias vinhateiras (ainda decorrem obras). "Ficou-se muito aquém", reconheceu. A segunda fase do plano requer uma actualização, sobretudo para aquilatar se se mantêm as intenções de investimento de há três anos, no valor de cerca de 300 milhões de euros. Para o efeito, estão previstas reuniões diversas com um conjunto de agentes ligados à região e com as diversas tutelas. Dentro de três meses haverá novo balanço. "Quando houver faltas de decisão, não ficaremos calados", assegurou o chefe de projecto.
Entre as acções a implementar no imediato, destaca-se a sinalização do Alto Douro Vinhateiro, cuja primeira fase deverá estar concluída até às vindimas, tal como o JN avançou ontem. Também já está em execução um projecto de reabilitação dos muros de xisto, em colaboração com a Direcção Regional de Agricultura do Norte e que se vai estender até 2013. "Com sentido estratégico, acho que vamos mudar o Douro", sentenciou Ricardo Magalhães.»
Eduardo Pinto in Jornal de Notícias
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