Liberdade de expressão
Há valores e princípios que regem a nossa vida social.
Estes valores e princípios devem ser respeitados.
Um dos princípios fundamentais é a liberdade de expressão.
Ela permite-nos formar juízos sem limites de pensamento e, mais que isso, exprimir esses juízos sem receio de ser prejudicado ou perseguido.
A liberdade de expressão traz consigo a tolerância perante os juízos expostos, sejam eles por vezes duros.
Há que deixar passar muita coisa e não ficar ofendido por tudo e por nada.
Parece-me, no entanto, que qualquer princípio tem os seus limites: os limites que resultam do respeito pelos outros princípios.
O pôr em prática destas ideias, contrárias, plenas de uma dialéctica permanente, é muitas vezes difícil.
Só direi que quando se puser a dúvida entre o aceitar ou o rejeitar há que optar pelo aceitar, entre a ofensa ou a frontalidade há que acreditar nesta, de molde a que a vida decorra sem peias, receios ou medos.
Tenho, porém, de convir que há situações em que é preciso tomar posição pelo menos através do questionar se a liberdade não estará a tornar-se ofensa não ligeira (que há que deixar passar) mas grave - a merecer uma apreciação da opinião pública (que se deseja aberta e tolerante) ou mesmo de uma entidade isenta, maxime, o juiz.
Direi ainda que tudo isto é altamente discutível e deve ser discutido.
João Lopes de Matos
Estes valores e princípios devem ser respeitados.
Um dos princípios fundamentais é a liberdade de expressão.
Ela permite-nos formar juízos sem limites de pensamento e, mais que isso, exprimir esses juízos sem receio de ser prejudicado ou perseguido.
A liberdade de expressão traz consigo a tolerância perante os juízos expostos, sejam eles por vezes duros.
Há que deixar passar muita coisa e não ficar ofendido por tudo e por nada.
Parece-me, no entanto, que qualquer princípio tem os seus limites: os limites que resultam do respeito pelos outros princípios.
O pôr em prática destas ideias, contrárias, plenas de uma dialéctica permanente, é muitas vezes difícil.
Só direi que quando se puser a dúvida entre o aceitar ou o rejeitar há que optar pelo aceitar, entre a ofensa ou a frontalidade há que acreditar nesta, de molde a que a vida decorra sem peias, receios ou medos.
Tenho, porém, de convir que há situações em que é preciso tomar posição pelo menos através do questionar se a liberdade não estará a tornar-se ofensa não ligeira (que há que deixar passar) mas grave - a merecer uma apreciação da opinião pública (que se deseja aberta e tolerante) ou mesmo de uma entidade isenta, maxime, o juiz.
Direi ainda que tudo isto é altamente discutível e deve ser discutido.
João Lopes de Matos
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