Os autarcas transmontanos consideram que o hoje poderá ser um "dia histórico" para a região, com o anúncio da construção de estradas reivindicadas há mais de duas décadas, no único distrito do país sem um quilómetro de auto-estrada. O presidente da Câmara de Miranda do Douro, Manuel Rodrigo, referiu, ao JN que "se trata de um momento muito importante para a região" que está mal servida de acessibilidades. O primeiro-ministro, José Sócrates, desloca-se a Bragança acompanhado do ministro das Obras Públicas, Mário Lino, para anunciar a concessão da auto-estrada transmontana e do Douro Interior, cujas concessões serão as primeiras a desenvolver pelas Estradas de Portugal em regime de parceria público-privada. Trata-se de um investimento de 1,2000 milhões de euros para a concepção, construção e exploração da A4, entre Vila Real e Bragança, e a concessão de novas acessibilidades ao Douro Interior, adiantou fonte do Ministério das Obras Públicas. Os autarcas têm muita expectativa relativamente à visita de José Sócrates e aguardam também o lançamento dos concursos de mais duas vias, consideradas fundamentais no distrito, o IP2 e o IC5, ambas com conclusão estava prevista até 2012. No entanto, estão desconfiados porque o convite que receberam para a cerimónia, que terá lugar no Teatro Municipal de Bragança, refere apenas a A4 e a do Douro Interior. O autarca de Miranda do Douro diz-se "perplexo" porque não foi feita qualquer referência ao IC5, que ligará Miranda do Douro à Póvoa do Varzim, considerada uma via estruturante, pois atravessará seis concelhos daquele distrito, nomeadamente Carrazeda de Ansiães, Alfândega da Fé, Mogadouro, Torre de Moncorvo, Macedo de Cavaleiros e Miranda do Douro. "Não há qualquer projecto para esta via, estamos apreensivos, pois já é altura de avançar", referiu. A deslocação de José Sócrates acontece na sequência de o Conselho de Ministros ter anunciado anteontem que a A4, entre Amarante e Bragança, IC26, que ligará Mesão Frio, Régua e Santa Marta de Penaguião, serão as primeiras concessões a desenvolver pelas Estradas de Portugal em regime de parceria público-privada. JN
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