sábado, 3 de novembro de 2007

Linha do Tua ainda aguarda pareceres

Quase nove meses depois do acidente e ainda não certeza sobre o início dos trabalhos de reposição da linha do Tua. A reabertura da via está ainda dependente de pareceres técnicos de segurança. O inquérito da Procuradoria também está por concluir. Os trabalhos de reposição da linha do Tua, no local do acidente de 12 de Fevereiro deste ano, e que provocou três mortos, encontram-se concluídos mas a reabertura da via está dependente de pareceres técnicos sobre a segurança da infraestrutura, revelou fonte da REFER. O gabinete de Comunicação e Imagem da empresa responsável pela linha adiantou à Lusa que foram concluídos, dentro do prazo, os trabalhos de reposição da infraestrutura na zona acidentada, próximo da Estação de Santa Luzia. Os trabalhos foram adjudicados, em Agosto, à empresa TECNASOL FGE, Fundações e Geotecnia, SA por cerca de 96 mil euros.
O prazo de execução era de sessenta dias e a REFER apontou então o final de Outubro como data para a reabertura da linha em toda a sua extensão.

Um desabamento de pedras foi a causa apontada, em dois inquéritos, para o acidente que arrastou uma carruagem do metro de Mirandela ao serviço da CP por uma ravina de 60 metros em direcção ao rio Tua. Fonte da Procuradoria-Geral da República disse à agência Lusa, sobre o seu trabalho de investigação, que o seu inquérito continua ainda a decorrer não havendo, até ao momento, quaisquer conclusões que se possam revelar.
Recorde-se que, desde o acidente, ocorrido em Fevereiro, o comboio só circula entre Mirandela e Brunheda, com o restante percurso, entre a Brunheda e o Tua e a consequente ligação à linha do Douro, a ser feito de táxi.

De acordo com a fonte da REFER esta situação deverá prolongar-se por pouco tempo já que a empresa prevê que, “dentro de alguns dias, será retomada a circulação em toda a linha”, embora não adiante ainda uma data concreta. De acordo com a informação disponibilizada à agência Lusa, está a decorrer neste momento “a fase final de avaliação relacionada com a segurança da operação” e só depois de esta ser ultimada é que será possível retomar a circulação. Na sequência do acidente e dos trabalhos de reparação do troço acidentado, a linha foi alvo de vistorias para determinar as condições de segurança, estando a reabertura dependente dos pareceres técnicos. PJ

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