Dez câmaras municipais dos distritos da Guarda e Bragança vão formar uma agência de desenvolvimento turístico. Objectivo criar condições para atrair e fazer permanecer visitantes, aproveitando novos fundos comunitários. Os últimos retoques no Plano Estratégico de Desenvolvimento Turístico do Vale do Côa e Alto Douro foram dados numa reunião, anteontem, em Vila Nova de Foz Côa, que juntou representantes dos vários municípios. "Nos primeiros dias de Dezembro ficará arrumado", salienta o porta-voz da reunião, o autarca fozcoense Emílio Mesquita.
A constituição de uma agência de marketing e turismo é o próximo passo. "Terá parceiros privados e institucionais", nota o edil. Até estar formada "será criado um quadro técnico altamente qualificado, com experiência na área do turismo, para atrair investimentos", acrescenta.
Com esse grupo, a Associação de Municípios do Vale do Côa vai partir para o terreno e "encaixar as peças do puzzle, para que a região comece a trabalhar a sério". É que, não obstante as inúmeras potencialidades patrimoniais, continua "extremamente deprimida". Claro que o aparecimento do plano e a agência não é alheio à abertura de mais uma fornada de dinheiro vindo da Europa, através do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN).
Emílio Mesquita não adianta, para já, quanto vai custar a implementação de tudo quanto a região precisa, até porque ainda não foram feitas as contas. Por outro lado, os municípios esperam que operadores privados também se cheguem à frente. "Os municípios servirão de alavanca, mas sem economia privada não saíremos do sítio. Não podemos assumir e explorar os investimentos turísticos", assume o edil.
As câmaras municipais terão, todavia, a sua participação financeira em projectos específicos, bem como se espera que o Governo Central também ajude, nomeadamente, na melhoria das acessibilidades.
Além da promoção e agilização de meios, os investimentos terão de ser feitos em obra propriamente dita, pois a região está "praticamente deserta" de equipamentos turísticos. E se no campo da restauração todos os concelhos já dispõem de alguma oferta de qualidade, na área da hotelaria "ainda há muito a fazer". Emílio Mesquita aceita considerar o plano ambicioso, mas não utópico. Estamos no ponto zero nesta matéria, pelo que tudo o que vier é lucro", sublinha, mantendo fortes esperanças em bons resultados. "Temos que mexer isto tudo e não perder tempo a olhar para planos e a fazer mais estudos", conclui. Eduardo Pinto in JN
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