sábado, 17 de novembro de 2007

Daqui e dali... Erva

A rotina é o pior inimigo do ser humano, onde está a originalidade? Onde está o nosso Eu?
Na sociedade consumista em que vivemos, onde a vida é de aparências, onde um só está satisfeito com o mal dos outros, onde «eu» sou feliz por ter um telemovel topo de gama ou um descapotavel azul, o mundo está condenado a uma monotonia, onde só um grupo de pessoas se destingue, e é designado como os 'Anormais' da sociedade, aquela pessoa que não usa allstars, sapatos de vela, riscas, o corte certo de cabelo. A essas pessoas que a sociedade chama de 'anormais' eu designo como Humano, ele/a é que é ele, ele é que é o que quiser, ele é que não se preocupa com os outros, ele é que se destingue, apesar de lhe chamarem anormal, ele é ele, ser normal é o pior que alguém pode ser, depois temos aqueles pseudo-algo, que se tentam distinguir dos outros, e que criticam os que se tentam distingir seguindo modas. Tentam ser diferentes, mas são todos iguais. Esses que se dizem 'originais' são uns falhados do pior. Têm uma necessidade de se agarrarem a algo, alguma coisa diferente, e tentam contagiar os outros, pessoas que utilizam o Tim Burton por exemplo.
Essas pessoas, são cópias de varias pessoas, são pessoas que se pensam superiores, que gozam, que investigam muito sobre X para saber, mas só para mostrar aos outros, Eu e Tu podemos pertencer a esses dois 'estilos' distintos, mas aqueles que se realmente destacam, não são aqueles que fazem desenhos muitos giros, até podem ter um certa pseudo-originalidade. Mas a unica originalidade nesta sociedade consumista, ignorante, pertence aos 'Anormais'.
Erva

2 comentários:

Tiago disse...

Mergulhei no vazio não sinto nada, em nada penso, todo o meu mundo abstracto se transformou numa enorme e fria nuvem de coisa nenhuma. Se olho em frente só vejo uma simples escuridão, se me oiço a mim próprio cai sobre meu corpo uma dura tempestade de pensamentos originada pela minha poderosa mente, se falo, os meus fúteis sons perdem-se na imensidão do mundo sonoro, ninguém me ouve ninguém me vê. Os meus pensamentos tornaram-se solitários, pobres e pessimistas.
Mas acredito que um dia a minha voz vai sobrepor-se às outras e que a mentalidade das pessoas irá crescer.
Sinto-me só neste mundo de ninguém, sinto diferente neste mundo de igualdade fingida.
Estou farto de ver pessoas que se queixam, que dizem que têm um problema quando o seu clube de futebol perde, que desesperam quando o computador decide ser um pouco mais lento. Estou farto de ver pessoas que não vivem, que se lamentam, que se odeiam que se vão arrastando pelas ruas do seu pessimismo medonho.
Fico feliz quando vejo que existem pessoas que pensam como eu, fico motivado quando sei que a originalidade e o bom sentido crítico dá os seus primeiros passos na reconquista de uma sociedade com mais força mental.
Tens razão quando dizes que as pessoas têm necessidade de se agarrar a algo, isso poderia ser bom se aquilo ao qual elas se agarram, as motiva-se para dinamizarem a sua vida.
Eu, assim como tu acredito que posso mudar o mundo através da minha opinião,
mas para quê falar quando as palavras caem no esquecimento? O problema da nossa sociedade está na incapacidade de esta dar importância ás pequenas coisas ás pequenas vozes, enquanto estou a falar contigo conseguimos chegar a um acordo de ideias no entanto se falar com outra qualquer pessoa sou chamado de louco.
É muito difícil alterar a opinião de alguém se este alguém vive agarrado a um passado ou a uma tradição, eu movo-me porque me agarro ao sonho de marcar a diferença.
Mas por enquanto continuaremos a ser os loucos “anormais” que tentam ser diferentes num mundo globalizado.

mc disse...

De nada adianta esconder-se nos arranha-céus que constrói, troca informações via Internet ou vangloriar-se dos carros velozes que inventa: o homem é um animal que, fundamentalmente, só se difere dos parentes primatas por não ter o corpo coberto de pêlos. Com muita ousadia e um toque de irreverência, o zoólogo Desmond Morris defende esta tese no livro O Macaco Nu. O autor propõe um olhar diferente sobre o Homo sapiens, mostrando como os instintos ancestrais se manifestam no comportamento do animal que ocupou a crista da onda no processo de evolução.