O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, vai hoje ao Parlamento prestar esclarecimentos sobre o acidente ferroviário na Linha do Tua, do dia 22 de Agosto, que vitimou uma pessoa e causou ferimentos a mais de três dezenas.
A comissão de Obras Públicas aprovou no mês passado a audição do ministro no Parlamento, a pedido do PCP, PEV e BE, sobre as conclusões do relatório do acidente que apontam no mesmo sentido.
Problemas ao longo da infra-estrutura, com particular incidência no local do acidente, e as deficiências que dificultam o contacto entre a roda e o carril.
Nas conclusões, existe unanimidade de que a via apresenta defeitos grosseiros e facilmente identificáveis e suficientes para justificar a ocorrência do descarrilamento, nomeadamente uma curva com medidas desadequadas, defeitos de alinhamento, de empeno, bem como travessas que necessitam de substituição imediata.
Do relatório concluiu-se ainda que há 18 anos que as travessas não são substituídas e algumas já terão cerca de 40 anos. Os pareceres apontam também falhas às automotoras do Metro de Mirandela, onde é referido que as suas características são desadequadas, assinalando problemas nas rodas, falta de lubrificação e pouco amortecimento, com a suspensão demasiado pesada.
A equipa da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, uma das entidades a quem a comissão técnica de inquérito solicitou parecer, considera que todos estes factores conjugados são motivo para a ocorrência deste acidente, que causou um morto e dezenas de feridos, acrescentando que os valores elevados de empeno da via dão lugar fundamentalmente a um movimento de balanço dos veículos e, quando combinados com irregularidades do alinhamento da via e anomalias na suspensão dos veículos, são a causa mais frequente de descarrilamento especialmente a baixas velocidades, explica a equipa coordenada por Raimundo Delgado.
Daqui se depreende que não houve erro humano neste acidente, até porque a comissão técnica de inquérito conseguiu apurar que a automotora seguia a uma velocidade de 38 quilómetros por hora, na altura do descarrilamento.
CIR/Eduardo Pinto/Rádio Ansiães
A comissão de Obras Públicas aprovou no mês passado a audição do ministro no Parlamento, a pedido do PCP, PEV e BE, sobre as conclusões do relatório do acidente que apontam no mesmo sentido.
Problemas ao longo da infra-estrutura, com particular incidência no local do acidente, e as deficiências que dificultam o contacto entre a roda e o carril.
Nas conclusões, existe unanimidade de que a via apresenta defeitos grosseiros e facilmente identificáveis e suficientes para justificar a ocorrência do descarrilamento, nomeadamente uma curva com medidas desadequadas, defeitos de alinhamento, de empeno, bem como travessas que necessitam de substituição imediata.
Do relatório concluiu-se ainda que há 18 anos que as travessas não são substituídas e algumas já terão cerca de 40 anos. Os pareceres apontam também falhas às automotoras do Metro de Mirandela, onde é referido que as suas características são desadequadas, assinalando problemas nas rodas, falta de lubrificação e pouco amortecimento, com a suspensão demasiado pesada.
A equipa da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, uma das entidades a quem a comissão técnica de inquérito solicitou parecer, considera que todos estes factores conjugados são motivo para a ocorrência deste acidente, que causou um morto e dezenas de feridos, acrescentando que os valores elevados de empeno da via dão lugar fundamentalmente a um movimento de balanço dos veículos e, quando combinados com irregularidades do alinhamento da via e anomalias na suspensão dos veículos, são a causa mais frequente de descarrilamento especialmente a baixas velocidades, explica a equipa coordenada por Raimundo Delgado.
Daqui se depreende que não houve erro humano neste acidente, até porque a comissão técnica de inquérito conseguiu apurar que a automotora seguia a uma velocidade de 38 quilómetros por hora, na altura do descarrilamento.
CIR/Eduardo Pinto/Rádio Ansiães
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