Doze de Fevereiro de 2007, uma automotora da Metro de Mirandela cai ao rio Tua, na zona das Fragas Más, perto do apeadeiro de Castanheiro do Norte, em Carrazeda de Ansiães, provocando a morte a três pessoas (maquinista, chefe de comboio e revisor) e ferindo outras duas (passageiros).
Depois de praticamente um ano encerrada, os acidentes voltaram, em 2008. Primeiro, com uma Dresin (Abril), depois com outra automotora da Metro de Mirandela (Junho). Finalmente, em Agosto, nova tragédia com a queda de uma composição que transportava 47 passageiros. A automotora descarrilou entre a estação de Brunheda e Tralhão, provocando a morte a uma mulher de 47 anos e dezenas de feridos.
Perante este cenário, o presidente da Metro Ligeiro de Mirandela (MLM) considera que Março será decisivo para saber a verdadeira intenção do Governo. "Já não vale a pena ter ilusões", confessa José Silvano. O presidente da MLM afirma que "já não se pode continuar a enganar o povo com pequenas intervenções na linha". Para o autarca, é preciso que o Governo "assuma de uma vez se quer a linha ou pela barragem".
Para o autarca, não há dúvidas. Se optar pela linha, "não acredito que gaste milhões e depois faça a barragem". Por outro lado, se a opção for a barragem, então "é evidente que fecha a linha", conclui.
Em Novembro, a secretária de Estado dos Transportes admitiu a existência de falhas humanas na detecção ou correcção dos erros da linha, onde aconteceu o acidente de Agosto, tendo sido ordenadas averiguações internas na CP e na Refer. Entretanto, decorre, até terça-feira, a consulta pública do Estudo de Impacto Ambiental da construção da barragem de Foz-Tua que, caso avance, irá submergir a linha. JN
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