A crise também chegou ao sector hoteleiro nordestino que neste fim de ano pode ter perdido quase 6% dos turistas que habitualmente escolhiam a região como destino para as festas de entrada no novo ano.
A Região de Turismo do Nordeste Transmontano fez as contas da taxa de ocupação hoteleira no distrito de Bragança no final de Dezembro e os números apontam para um cenário que reflecte a crise, com uma retracção da procura. As perdas de visitantes andarão entre os 3.4 e os 5.8%, relativamente a 2007, mas estes números são ainda "provisórios", adiantou Júlio Meirinhos, daquele organismo, pelo que poderá verificar-se que as perdas são maiores, uma vez que as previsões iniciais apontavam para um decréscimo de 10%.
Apesar de algumas unidades terem conseguido preencher a capacidade disponível, como é o caso do Hotel-SPA de Alfândega da Fé, que esgotou as dormidas, ou das casas-retiro do Parque Natural de Montesinho, que há cerca de um mês já estavam todas reservadas, Meirinhos diz que nas unidades privadas da área protegida, nomeadamente as de turismo rural ou de habitação, o cenário é bem diferente. "Há unidades que ficaram a zero, quando no ano passado um mês e meio antes do final do ano já estavam lotadas", explicou.
A crise económica que "anda na boca de toda a gente", frisa aquele responsável, é uma das razões, no entanto a situação não será alheia ao processo de transição para a nova Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte, que obrigou à suspensão das actividades promocionais da região de turismo transmontana, enquanto se aguarda a resolução dos novos trâmites de trabalho e a realização de eleições, marcadas para este mês. Desde Março que em Trás-os-Montes não são realizadas acções promocionais, nomeadamente publicidade e participação em feiras. "Esta situação teve influência no decréscimo do número de visitantes à região", garante Júlio Meirinhos.
"O aumento da ocupação turística do Douro depende da implementação de um programa de animação ao longo do ano". Assim o pensa o chefe de projecto da Estrutura de Missão do Douro, Ricardo Magalhães. "Não basta termos quartos. Também precisamos de um conjunto de produtos que retenham o visitante", referiu ainda o responsável. No Verão e na época de vindimas a maior parte das unidades hoteleiras esgota, enquanto na época de menor procura têm uma ocupação modesta.
Daí que Ricardo Magalhães defenda a criação de "programas de animação ao longo de todo o ano", de modo a que os fluxos turísticos à região possam ser dispersos pelas quatro estações. "Temos de encontrar projectos, eventos, congressos, em suma, animação". JN
A Região de Turismo do Nordeste Transmontano fez as contas da taxa de ocupação hoteleira no distrito de Bragança no final de Dezembro e os números apontam para um cenário que reflecte a crise, com uma retracção da procura. As perdas de visitantes andarão entre os 3.4 e os 5.8%, relativamente a 2007, mas estes números são ainda "provisórios", adiantou Júlio Meirinhos, daquele organismo, pelo que poderá verificar-se que as perdas são maiores, uma vez que as previsões iniciais apontavam para um decréscimo de 10%.
Apesar de algumas unidades terem conseguido preencher a capacidade disponível, como é o caso do Hotel-SPA de Alfândega da Fé, que esgotou as dormidas, ou das casas-retiro do Parque Natural de Montesinho, que há cerca de um mês já estavam todas reservadas, Meirinhos diz que nas unidades privadas da área protegida, nomeadamente as de turismo rural ou de habitação, o cenário é bem diferente. "Há unidades que ficaram a zero, quando no ano passado um mês e meio antes do final do ano já estavam lotadas", explicou.
A crise económica que "anda na boca de toda a gente", frisa aquele responsável, é uma das razões, no entanto a situação não será alheia ao processo de transição para a nova Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte, que obrigou à suspensão das actividades promocionais da região de turismo transmontana, enquanto se aguarda a resolução dos novos trâmites de trabalho e a realização de eleições, marcadas para este mês. Desde Março que em Trás-os-Montes não são realizadas acções promocionais, nomeadamente publicidade e participação em feiras. "Esta situação teve influência no decréscimo do número de visitantes à região", garante Júlio Meirinhos.
"O aumento da ocupação turística do Douro depende da implementação de um programa de animação ao longo do ano". Assim o pensa o chefe de projecto da Estrutura de Missão do Douro, Ricardo Magalhães. "Não basta termos quartos. Também precisamos de um conjunto de produtos que retenham o visitante", referiu ainda o responsável. No Verão e na época de vindimas a maior parte das unidades hoteleiras esgota, enquanto na época de menor procura têm uma ocupação modesta.
Daí que Ricardo Magalhães defenda a criação de "programas de animação ao longo de todo o ano", de modo a que os fluxos turísticos à região possam ser dispersos pelas quatro estações. "Temos de encontrar projectos, eventos, congressos, em suma, animação". JN
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