O presidente da Câmara de Mirandela, José Silvano, acusou, ontem, os autarcas e responsáveis políticos da região de se demitirem das suas responsabilidades de debater e escolher as melhores soluções para o futuro da região."Não sabem o desenvolvimento que querem", acrescentou. As afirmações foram feitas à margem do debate promovido pelo Movimento Cívico pela Linha do Tua, que teve pouca participação, inclusive por parte dos autarcas das localidades onde ainda passa a linha que será submersa pela projectada barragem da Foz do Tua.
Neste debate assumiu-se a defesa da manutenção da Linha do Tua, mas também a sua reactivação entre Mirandela e Bragança, com prolongamento para Puebla de Sanábria (Espanha), que vai ficar com uma paragem do TGV. "Devíamos pensar em termos de sustentabilidade, no que é melhor para a região", sublinhou Silvano, explicando que a construção de caminhos-de-ferro custa, em média, 125 mil euros por quilómetro, um terço do valor da construção de uma auto-estrada. Silvano sustenta que, em termos de desenvolvimento, a reclamada ligação férrea poderia ser mais útil do que a própria auto-estrada.
Esta ideia colhe a simpatia da Câmara de Bragança. O vice-presidente, Rui Caseio, deixou claro que a ferrovia é imprescindível para o desenvolvimento do município. "Devemos lutar para que Bragança seja servida por uma linha de caminho-de-ferro", insistiu recordando que a capital de distrito nordestina, a única que ainda não possui um quilómetro de auto-estrada, é uma das duas
(com Viseu), que não é servida por linha férrea. E considerou que a solução pode passar pela Linha do Tua "ou não".Quem não admite outra solução que não a preservação integral da actual linha do Tua é Manuela Cunha, do Partido Ecologista "Os Verdes", que já apresentou uma proposta de resolução na Assembleia da República "para a classificação como Património Nacional, da linha do Vale do Tua" - o que, para aquela dirigente, já deveria ter sido feito, logo após a classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património da Humanidade pela UNESCO. "Não foi informada pelo Governo das intenções de construção desta barragem", assegurou, prevendo que aquela organização vai impedir a construção da barragem ou "desclassificar o património".
José Silvano recordou que um quilómetro de linha férrea custa, em média, 125 mil euros, um terço daquilo que custa um quilómetro de auto-estrada.
Pùblico/Rádio Ansiães
Mensagens
15 comentários:
Até que enfim, o Autarca de Mirandela começa a tratar as "coisas" pelos nomes!
Parece que,a sustentar a manutenção da linha,isso só pode ser feito do Tua a Mirandela, como linha turística.
Pretender o prolongamento até Bragança para ligar ao TGV espanhol parece não ter qualquer sentido,pois não só se destruiria a beleza da linha com a modernização necessária como obrigaria as pessoas a darem uma volta enorme para chegar de Bragança ao Porto.
Será possível por aí(linha do Tua e Douro)satisfazer as necessidades de rapidez do mundo actual,sem destruir toda a beleza do Tua e do Douro?
JLM
Pura hipocrisia política
Esse Senhor Presidente da Câmara de Mirandela è um tal show man!!!
Será que ainda ninguem percebeu que o unico concelho que tem alguma coisa a ganhar com a linha do tua é o de Mirandela???
Gostava eu de saber quantos são realmente os utentes da linha do tua, aqueles que a usam não para turismo, mas para a sua vida cotidiana. Esses devem ser muito poucos!!!
Acho que deviamos pensar no que de positivo pode trazer a construção da barragem, imaginem so o potencial que trará a albufeira que se cria desde o tua até a brunheda, os projectos turisticos que dai podem resultar, a navegabilidade desta mesma zona.
BARRAGEM SIME QUANTO MAIS DEPRESSA MELHOR
morcego1976
e imaginem o potencial que fica debaixo de agua nomeadamente morcegos
Não era este senhor que dizia que caso seja construída a barragem deveria ser colocada à cota máxima???
Deixem-se de demagogias e vamos mas é para a fente com a barragem.
Já o referi e não me canso de dizer que o Presidente da Camara de Mirandela é o único que puxa a brasa para a sua sardinha!
Ou seja, quer a linha do Tua em funcionamente pois é mais do que sabido que Mirandela está desenvolvida turisticamente dai ser a peincesa do Tua.
Agora o que me faz confusão é que os presidentes de camara, nomeadamente Carrazeda e Alijó, os mais que mais se deviam preocupar com a construção ou não da barragem, se encontrem alheados desta discussão.
Haja paciência, se não prestam o serviço para que foram nomeados e eleitos pelo povo, que se demitam, deiem trabalhar quem ainda tem força para fazer do nosso concelho uma terra próspera e de futuro.
infelizmente é isto que temos e felizmente ainda há quem se preocupe
porque é que o combóio ou lá o que é vai cheio para Mirandela?
Porque é que não pára em Santa Luzia para as pessoas irem gastar o seu dinheiro ao Amieiro, a S.Mamede ou a Alijó?
Porque não saem as pessoas em S Lourenço e vão almoçar e dormir ao Pombal ou Carrazeda comprando artigos e deixando dinheiro?
Porque não saem as pessoas na Brunheda e vão para Carrazeda comprando o azeite no Zé Gomes e o Vinho na Quinta da Brunheda e mel etc ou para Carlão ou Murça?
Prque não saem e Codeçais e vão para Carrazeda ou para a Sobreira/Murça?
Porque não saem as pessoas em Abreiro e vão para Vila Flor ou Abreiro ?
Já pensaram porquê?
Pensem por favor que prazer terão as pessoas em andar 2 horas sem condições para ir a Mirandela e vir?
Carrazeda, Alijó, Murça e Vila Flor devia era preocupar-se e trabalhar para proporcionar condições aos de fora para gastarem nas suas terras e proporcionarem outras condições económicas e de bem estar aos seus munícipes em vez de invejarem o sucesso dos outros
mario
Concordo com o Mário, e por isso mesmo defendo a barragem.
Manter a linha seria um esforço de muitos para beneficio de um só...
Alguém perguntou números dos que utilizam a linha: Em 2006 foram cerca de 50.000, em 2007 e 2008 esteve a linha muitos meses encerrada parcialmente, mesmo assim transportou varias dezenas de milhar.
Se fosse modernizada até Bragança, facilmente se triplicaria o tráfego pois serviria três cidades em vez de uma só.
Sabe-se que nem é caro, comparado com outros investimentos previstos e em curso.
Poderia a linha ser percorrida por um comboio turístico, que acrescentaria 4 ou 5 mil turistas por ano nesta região.
Em comparação, a barragem, o que traz à região que não exista já?
O QUE ESPERAMOS?
Meus amigos deixem-se de ipocrisias.Vejam quantas pessoas leva a carruagem que passa nas nossas estações,ZERO.Anda a passear o maquinista de Mirandela ao Tua.O Silvano não quer que a linha acabe porque a água da barragem não chega a Mirandela e então quer a cota máxima.
números inflaccionados. Dá-se mais importância ao turista que vem uma vez por ano do que àqueles que usam o transporte diáriamente. Esses não têm qualidade de serviço, nem de horários, nem de conforto, nem estações e apeadeiros arranjados... a beleza é a paisagem do rio tua, não a linha que está abandonada...
Tribunal Constitucional vai decidir se há ou não referendo local
Concorda com a manutenção da linha ferroviária do Tua? vai ser a pergunta proposta aos munícipes do concelho de Mirandela, caso o Tribunal Constitucional aprove a realização do Referendo Local, e que foi já aprovada em reunião de Câmara.
A veração do CDS/PP já emitiu uma declaração de voto onde explica que “a proposta devia incluir uma segunda pergunta, referente à gestão e exploração da linha pela Metro de Mirandela, que não é tida em consideração pelo Executivo PSD, muito embora essa questão pudesse ser também assumida no dito referendo, conforme refere o parecer da CNE”, referem.
“Todavia, a Vereação do CDS/PP vota favoravelmente, reiterando que o nosso pressuposto principal é defender o Vale do Tua, considerando todas as suas potencialidades, como o aproveitamento dos recursos hídricos do Rio Tua, o aproveitamento da sua flora e fauna para fins turístico-ambientais, a preservação da linha do Tua pelo seu interesse histórico-social e como instrumento de desenvolvimento turístico e económico do nosso concelho e região”, referem em comunicado os Vereadores da oposição.
A ideia surgiu por parte de um deputado da Assembleia Municipal de Mirandela, José António Ferreira, que propôs que a autarquia desencadeasse um processo para um referendo local.
A autarquia pediu, entretanto, dois pareceres, à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte e à Comissão Nacional de Eleições, pareceres positivos para a realização deste referendo. Agora o assunto vai ser levado para aprovação à Assembleia Municipal e posteriormente enviado para o Tribunal Constitucional que vai legitimar ou não a realização do mesmo.
Após ter sido enviado para o Tribunal o referendo tem que ser feitos nos 90 dias seguintes. “Como vai haver eleições europeias em Junho, parece-nos oportuno que caso a resposta do Tribunal seja favorável, realizar os dois actos eleitorais juntos aqui no Concelho de Mirandela”, avança José Silvano, Presidente da Câmara Municipal de Mirandela.
Se se vier a realizar o referendo e se tiver uma participação de 50 por cento da população o mesmo vai ser vinculativo, segundo afirmam os responsáveis. “Imaginando que o referendo é feito, mais de 50 por cento dos eleitores votam e que a decisão é para manter a linha do Tua, o Estado pode fazer à mesma a barragem, mas tem que respeitar a preservação da Linha do Tua”, alerta o autarca mirandelense.
José António Ferreira recorda que a realização deste referendo poderia levar a “que todas as pessoas se envolvessem na discussão em torno da linha do Tua”. O mentor desta ideia argumenta ainda que esta hipótese levava “ao eleitorado um conjunto de informações para que os mesmo pudessem tomar uma posição mais concertada”, recordando que os pareceres que actualmente estão disponíveis “têm mais de 800 páginas
a fonte da notícia que colei é o Jornal Terra Quente
as minhas desculpas
mario
Enviar um comentário