quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

O que se disse... Aníbal Cavaco Silva

«A verdade é essencial para a existência de um clima de confiança entre os cidadãos e os governantes.
É sabendo a verdade, e não com ilusões, que os portugueses podem ser mobilizados para enfrentar as exigências que o futuro lhes coloca.»

Mensagem de Ano Novo do Presidente da República
Palácio de Belém, 1 de Janeiro de 2009

3 comentários:

Anónimo disse...

«...É sabendo a verdade, e não com ilusões que os Portugueses podem ser mobilizados para enfrentar as exigências que o futuro lhes coloca.» Bem compreendo!
Esta verdade, válida para toda a sociedade e em cada circunstância, serviu para o discurso do "nosso" Presidente Cavaco Silva, que dirigido à Nação, quis como destinatário óbvio o Governo de Portugal e particularmente o "nosso" PM José Sócrates!
É certo que já passaram alguns anos sobre a data em que Cavaco deixou de ser 1º Ministro de Portugal!
(...)
Agora que é preciso solidariedade entre todos, Cavaco colocou para trás das costas o seu discurso sobre o Estatuto Autonómico dos Açores, lembrando exactamente a esperança, a responsabilidade partilhada, etc..
Afinal foi apenas há "dois" dias que ele veio com cara de zangado, irado mesmo, dizer aos Portugueses que a democracia em Portugal estava ferida e que muitos dos seus acessores e outras, lhes davam razão!
Após dois dias veio com panos quentes e atecetra, para que o Governo não responda, para que Sócrates se contenha!
Sócrates aos costumes disse nada e mandou dizer que Cavaco disse bem!
POBRE DE NÓS, INOCENTES PORTUGUESES, que já nos esquecemos que Cavaco, para o bem e para o mal, foi Primeiro Ministro de Portugal!
Que hoje, Cavaco se esqueceu de dizer às Organizações Sindicais (só falou nos Partidos Políticos)
para serem solidários com o País e que, nestas circunstâncias, podem avançar para o CAOS!
Cavaco disse assim a Sócrates, CÁ SE FAZEM CÁ SE PAGAM, sem no entanto ter deixado de parecer bonzinho aos olhos dos Portugueses!
Não teremos de esperar muito para ver o País, quiçá, ingovernável como Cavaco muito deseja!
Aí então veremos o verdadeiro Sócrates!
Ou COVARDE, ou CORAJOSO!
Não esperaremos muito!

Unknown disse...

É preciso falar verdade e é preciso mentir.Tudo está em saber como se consegue que o país se desenvolva.E o que é falar verdade?É ser realista e,portanto,segundo alguns,pessimista?Mas o optimismo,a crença nas nossas capacidades,é absolutamente indispensável para sairmos do buraco em que nos encontramos.
Parece-me que é preciso ser realista mas acreditar.
Por outro lado, não sei que medidas concretas são propostas para resolver os problemas.
É preciso reestruturar e racionalizar serviços?É melhor deixar tudo como está ou até voltar atrás?
Quase tudo deve ser feito pelos poderes públicos ou a iniciativa privada é muito importante?
A agricultura,o comércio ,os serviços e a indústria devem ser reesetruturados e modernizados?
Toda a economia deve ser remodelada ou devem ser apoiadas as estruturas actuais?
Como é possível criar,nos tempos actuais,unidades produtivas duradouras?
Tenho tantas dúvidas, Jesus!
JLM

Anónimo disse...

Foi notório como Cavaco não engoliu bem a espinha cravada na garganta por causa da questão dos Açores, ao produzir um discurso miserabilista e deixando implícita a ideia de que tudo o que está e vier de mau, é culpa do governo actual. Cavaco poderia ter sido bem mais honesto ao explicar aos portugueses as verdadeiras razões de tal crise (recessão económica mundial; gigantescas fraudes de banqueiros influentes em todo o mundo; a crise do petróleo; as grandes fugas ao fisco e os paraísos fiscais; a especulação desmedida dos grandes negociantes que dominam e prosperam nas Bolsas, etc. etc.). De tudo isto Cavaco se esqueceu, antes apresentando um semblante contristado, de padre sofredor de uma qualquer paróquia, a cultivar a política dos coitadinhos que os portugueses são. Não seria melhor e mais sensato apresentar (apesar da crise mundial), um discurso de esperança, de ânimo e de coragem para os portugueses enfrentarem o difícil futuro próximo que temos aí? Quer dizer, o discurso foi realista quanto à crise que se vive (não só em Portugal), mas ignorou tendenciosamente a explicação de tal facto. Em suma, tratou-se de um discurso habilidoso e não inocente no aspecto político, principalmente para as batalhas políticas que se vão desenrolar no presente ano. Falta saber é se haverá alguém do seu partido opositor ao governo, com categoria para aproveitar este brinde presidencial. É minha convicção que não haverá alternativa para o actual governo que, perante tantas dificuldades, tem tido uma coragem política e social inultrapassáveis.