terça-feira, 25 de setembro de 2007

Daqui e dali... Rui Guerra

Sacrifícios

Sei que me vou repetir, mas sinceramente nunca será por demais repetir ou salientar aquilo que de bom ainda vai acontecendo País fora.
A situação económica do País, todos sabemos é péssima há já muitos anos a esta parte. Infelizmente não parece dar sintomas de melhorias. Apesar das muitas restrições e reduções no que a despesas públicas respeita, especialmente na sua grande maioria com reflexos na vida de todos nós (mas assumidamente sobre os funcionários públicos deste país), os olhos “justiceiros” dos nossos governantes são os principais senão os únicos culpados das maleitas da Nação.
Posto isto e como é fácil constatar que o apertar do cinto não é para todos e há gente na administração pública que continua a usufruir de todas as mordomias, é sempre de louvar quem delas abdica voluntariamente, em prol do bem comum e da comunidade em geral.
Os administradores do Hospital Pedro Hispano em Matosinhos, que por direito próprio consignado na lei, poderiam ter viatura de serviço, cujo encargo total custaria ao erário público umas centenas de milhar de euros, entenderam aplicar esse dinheiro na aquisição de equipamentos de saúde fundamentais para socorro dos doentes da área da neurologia.

Este é o exemplo claro de que o exemplo deve vir de cima, administradores, gestores políticos etc.

Só assim terão força moral para exigir sacrifícios ao cidadão comum. Doutro modo é como pregar no deserto e as suas palavras ocas apenas causam revolta e tristeza.
Assim o País real não avança porque os cidadãos não acreditam, não confiam nos seus dirigentes.

Rui Guerra (Do programa Tribuna Livre, emitido semanalmente na Rádio Ansiães)

5 comentários:

Anónimo disse...

Não meu caro.
Os funcionários, no caso públicos trabalham para a empresa estado e quando uma empresa não possui recursos financeiros para satisfazer os seus compromissos reduz na despesa do pessoal etc. etc.
Aqui existe uma diferença. É que o volume de negócios desta empresa resulta da cobrança de impostos a um universo de empresas e outros funcionários para sustentar os seus próprios funcionários ( se calhar em demasia ) e para cobrir o passivo.
Só que as outras empresas despedem trabalhadores e abrem falência. A empresa estado não abre falência nem despede pura esimplesmente os ses trabalhadores.
Todos sabemos que a verdadeira solução passaria pelo despedimento de funcionários, mas, mas, mas...
Quanto às poupanças vindas de cima, não poderia estar mais de acordo.

Anónimo disse...

COMO RESUMO ESTÁ PERFEITO!
É JÁ AGORA ACRESCENTO: O ESTADO TEM EXCEDENTES EXACTAMENTE PELAS BENESSES QUE DAVA E CONTINUA A DAR AOS SEUS FUNCIONÁRIOS. ERA MUITO, DEMASIADO APETECÍVEL TER O ESTADO COMO PATRÃO,
... EM RELAÇÃO AOS RESTANTES TRABALHADORES.
CONVENHAMOS QUE É ASSIM.

Anónimo disse...

É bom de ver que os bloguistas amigos sabem que sou funcionário e por azar dos impostos.Pelos tempos fora entrou demasiada gente na admnistração pública em "levadas eleitorais"-pós eleição Cavaco,pós eleição Guterres,daí ter exactamente consciência que é preciso reduzir e assim reduzir despesas ao Estado-como tal assumo essa evidência e sei vai acontecer.Mas quero aqui dizer,que como em tudo há excelentes funcionários que merecem sem qualquer sombra de dúvida o que ganham,disso não tenho dúvidas!Tal como também há empresários que pagam escrupulosamente os seus impostos e outros não.E alguém tem de arrecadar os impostos(bons ou maus-não me permito discutir tal,agora),pena é que não nos aproximemos dos Nórdicos para com civismo também pagarmos "deveres"(impostos) e não apenas exigir direitos.Sem receitas não pode haver escolas universidades estradas-investimento público,afinal e aqui sim gostava de ver mais gente a reclamar que o dinheiro arrecadado pela via dos impostos,fosse finalmente e duma forma justa gasto prioritáriamente em regiões deprimidas e abandonadas há anos(pelos sucessivos governos),assumindo assim uma posição critica fosse ou não o governo das nossas cores.A tal chamaria coragem politica!E eu estaria ao lado desses sem duvida(porque antes de ser deste ou daquele ideário politico,sou antes de mais transmontano e Português!)
E quando digo que o exemplo deve vir de cima,reitero e subscrevo inteiramente este meu pensamento que aqui já repeti noutras ocasiões.Só assim aceito sacrificios(não posso dizer ao meu filho que não vá á discoteca gastar dinheiro mas eu vou pró café jogar ás cartas-batota),daí o EXEMPLO DEVE VIR DE CIMA.
Quando era apenas isto que eu queria focar,causa-me estranheza o amigo bloguista utilizar apenas uma linha referindo-se á questão essencial que evoquei, e usar 15 linhas a subscrever o despedimento dos maus da fita deste País-os funcionários públicos(desde o tempo de Manuela Ferreira Leite como Ministra das Finanças).
Um abraço amigo,deste que se assina RUI GUERRA(anónimo não)

Anónimo disse...

Não o censuro a si nem a nenhum funcionário público e é claro como em todo o lado, hà padres bons e maus padres.
Acho que os srs funcionários entendem como uma critica a eles cada vez que este tema é debatido. Nada de mais errado! A torneira aberta de outros tempos nos vários governos é que deve ser culpabilizada e V. Exa diz isto mesmo.
Quanto a si não sei bem quem é e só agora sei que é funcionário e logo dos impostos!
Cruzes canhoto...
Não leve a mal.
Gosto da maneira sentida e sã como escreve.
Fatima

Anónimo disse...

Fátima,aceite as minhas desculpas pela forma algo agressiva, como esplanei o meu pensar.Confesso,fi-lo assim julgando dirigir-me a alguém que me conheceria bem mas comentava sempre como anónimo os meus textos.Aceite as minhas sinceras desculpas,não é meu timbre ser assim.Embora defenda com unhas e dentes as minhas convicções,não gosto de reagir assim.Ficvo aborrecido comigo mesmo. Afinal não era o caso,é apenas alguém que tem pensar próprio,nem sempre concordando mas aceitando as diferenças.Estou certo?ainda s/ o anterior assunto:
Claro que depois das vacas gordas vêm as magras,que é a reduçaõ de lugares na função pública.
Infelizmente criou-se há muitos anos em Portugal a cultura,que ser funcionário público(nem que fosse porteiro)é que era bom,nem que mais não fosse por via da reforma.Entretanto,por vezes dava para ir fazendo outras coisas.Todos os dirigentes politicos,tiveram culpa.Deixaram que essa ideia germinasse,criasse raízes na mente dos Portugueses,encontraram claro está bons pretextos -os eleitorais-, e assim acto após acto, o politico(ou partido)ganhador,recompensava os seguidores,criando-se até por vezes lugares,sem qualquer sentido,onde eram encaixados,qual puzle a propósito.
Assim um dia a corda tinha que rebentar,e aí está,ameaçou M.F.Leite e está a fazê-lo este governo.Poucos Portugueses não terâo familiar nos quadros da função pública,daí o cenário que se avizinha vai tocar a todos,vamos esperar para ver.Pena é que se tenham criado expectativas aos que entraram "limpamente"por via de concursos ás claras e até exames rigorosos e que para isso se esforçaram e trabalharam árduamente,pois nimguém sabe que critérios vão prevalecer.Pois dos que entraram pela porta do cavalo e até nem nunca se esforçaram muito por cumprir,nada há a dizer.E para quê?
Claro que a anunciada redução de pessoal,vai reduzir a despesa(ou não irá?),também lá no topo se devem reduzir ao máximo as despesas desnecessárias.E esse exemplo dos Administrdores do H.Pedro Hispano é exemplo "dum bom exemplo-"
Rui Guerra-