O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, António Mendonça, disse hoje que as novas estradas transmontanas vão ter portagens e que os utilizadores também terão de contribuir para um investimento prometido para fazer justiça a uma região isolada.
O ministro surpreendeu hoje a plateia de um colóquio, em Vila Flor, acerca do potencial das novas estradas, ao responder a uma pergunta do público sobre se as vias em construção vão ter portagens.
“Eu há pouco falei que aqui na região são mais de dois mil milhões de euros em termos dos três projetos: túnel do Marão, Douro Interior e autoestrada transmontana. Nós vamos ter de pagar”, respondeu o ministro.
As três obras estão a ser construídas em regime de concessão e apenas o Túnel do Marão foi anunciado pelo Governo como tendo portagens por ser uma alternativa ao sinuoso IP4.
O primeiro ministro, José Sócrates, apresentou há mais de um ano a autoestrada Transmontana como a “autoestrada da justiça” sem portagens no troço que atravessa o Distrito de Bragança por ser uma região sem vias de comunicação estruturantes e ainda sem um quilómetro de autoestrada.
A concessão do Douro Interior inclui o IP2 e o IC5, dois itinerários sem perfil de autoestrada, reclamados há décadas para desencravar a região.
António Mendonça explicou que os consórcios destas empreitadas têm agora a seu cargo o financiamento da construção, mas vão receber ao longo de trinta anos uma renda por aquilo que estão a fazer agora”.
“Como é que se financia isso, é com a actividade económica, com impostos, direta ou indiretamente. Tem de haver aqui outras dimensões para o contributo das pessoas e, portanto que os agentes económicos, as pessoas que beneficiam das infraestruturas mais diretamente também tenham uma contribuição para que isto possa ser levado para afrente”, declarou.
O ministro garantiu que “não é possível fazer este nível de investimento de outra maneira”.
“Ninguém gosta de pagar”, afirmou, mas considerou que do “que se trata aqui relativamente à questão das portagens é um contributo das pessoas que utilizam para que de facto este esforço de modernização e de construção de novas infraestruturas possa ser levado a cabo”.
A posição do ministro surpreendeu sobretudo aqueles que vão ser servidos pelo IP2 e IC5, nomeadamente autarcas como o presidente da Câmara de Carrazeda de Ansiães, o social democrata José Luís Correia, que disse ter ficado “preocupado”.
“Claro que me deixa preocupado e muito porque enquanto que há regiões que estão a beneficiar há muitos anos de itinerários como os que estão a ser construídos aqui sem pagarem, provavelmente querem que nós comecemos a pagar dentro de pouco tempo”, disse.
“O que é muito injusto. Já estamos há mais de vinte anos à espera destas estradas”, acrescentou.
Para o presidente da Câmara de Vila Flor, o socialista Artur Pimentel, “seria bom que não houvesse portagens, mas alguém tem de pagar”.
“A mim o que me interessa neste momento é a solidariedade de todo o país, é a coesão territorial que efetivamente existe na construção dessas estradas”. i
O ministro surpreendeu hoje a plateia de um colóquio, em Vila Flor, acerca do potencial das novas estradas, ao responder a uma pergunta do público sobre se as vias em construção vão ter portagens.
“Eu há pouco falei que aqui na região são mais de dois mil milhões de euros em termos dos três projetos: túnel do Marão, Douro Interior e autoestrada transmontana. Nós vamos ter de pagar”, respondeu o ministro.
As três obras estão a ser construídas em regime de concessão e apenas o Túnel do Marão foi anunciado pelo Governo como tendo portagens por ser uma alternativa ao sinuoso IP4.
O primeiro ministro, José Sócrates, apresentou há mais de um ano a autoestrada Transmontana como a “autoestrada da justiça” sem portagens no troço que atravessa o Distrito de Bragança por ser uma região sem vias de comunicação estruturantes e ainda sem um quilómetro de autoestrada.
A concessão do Douro Interior inclui o IP2 e o IC5, dois itinerários sem perfil de autoestrada, reclamados há décadas para desencravar a região.
António Mendonça explicou que os consórcios destas empreitadas têm agora a seu cargo o financiamento da construção, mas vão receber ao longo de trinta anos uma renda por aquilo que estão a fazer agora”.
“Como é que se financia isso, é com a actividade económica, com impostos, direta ou indiretamente. Tem de haver aqui outras dimensões para o contributo das pessoas e, portanto que os agentes económicos, as pessoas que beneficiam das infraestruturas mais diretamente também tenham uma contribuição para que isto possa ser levado para afrente”, declarou.
O ministro garantiu que “não é possível fazer este nível de investimento de outra maneira”.
“Ninguém gosta de pagar”, afirmou, mas considerou que do “que se trata aqui relativamente à questão das portagens é um contributo das pessoas que utilizam para que de facto este esforço de modernização e de construção de novas infraestruturas possa ser levado a cabo”.
A posição do ministro surpreendeu sobretudo aqueles que vão ser servidos pelo IP2 e IC5, nomeadamente autarcas como o presidente da Câmara de Carrazeda de Ansiães, o social democrata José Luís Correia, que disse ter ficado “preocupado”.
“Claro que me deixa preocupado e muito porque enquanto que há regiões que estão a beneficiar há muitos anos de itinerários como os que estão a ser construídos aqui sem pagarem, provavelmente querem que nós comecemos a pagar dentro de pouco tempo”, disse.
“O que é muito injusto. Já estamos há mais de vinte anos à espera destas estradas”, acrescentou.
Para o presidente da Câmara de Vila Flor, o socialista Artur Pimentel, “seria bom que não houvesse portagens, mas alguém tem de pagar”.
“A mim o que me interessa neste momento é a solidariedade de todo o país, é a coesão territorial que efetivamente existe na construção dessas estradas”. i
2 comentários:
Nao faz sentido que as novas estradas Transmontanas sem perfil de auto-estrada sejam portajadas. Não são em lado nenhum, nem em Portugal nem no resto da Europa. Existe com certeza algum equívoco por parte do Sr Ministro das obras públicas.
Que saudades tenho dos comentários do meu camarada Samorinha, sobre estas matérias!
Atento
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