Começa esta semana o inquérito público sobre a barragem que a EDP quer construir junto à foz do rio Tua, entre Carrazeda de Ansiães e Alijó. A cota máxima ganha preferência entre autarcas, mas nem todos concordam.
Até agora só o presidente do Município de Mirandela, José Silvano, clamava pela cota de 195 metros, a máxima. "Sou contra a barragem, mas se for feita e a ter de destruir a linha ferroviária do Tua, então que seja aproveitado todo o potencial", reafirma ao JN.
Apesar de ter estado sozinho durante muito tempo nesta reivindicação, agora "todos os autarcas, menos o de Murça, estão de acordo que se a albufeira não chegar o mais acima possível não beneficia ninguém". Portanto, segundo Silvano, a opinião é partilhada também nas Câmaras de Carrazeda, Alijó e Vila Flor.
O edil murcense, João Teixeira, continua irredutível na "preferência pela cota de 170 metros", como forma preservar ao máximo a área agrícola de vinha e olival que a barragem destruirá com uma albufeira mais alta. Esta posição vai ser defendida durante os dois meses que vai durar o inquérito público, durante o qual as partes interessadas vão discutir o que mais convém ao vale do Tua.
"Estamos conscientes que a cota 170 não é aquela que propicia maior desenvolvimento aos diversos concelhos", contrapõe o autarca de Carrazeda, Eugénio de Castro. Tal como Silvano, diz que "a fazer-se a barragem, e uma vez que se inviabiliza a linha e se fere o vale, então aproveitem-se todas as potencialidades para a produção de energia, que tanta falta faz, e deixem-se as mais-valias".
Um dos entraves a uma cota maior até poderá surgir por parte da própria EDP. A empresa já pagou ao Governo 50 milhões de euros, em Abril deste ano, pela adjudicação provisória da barragem, o equivalente a uma cota de 160 metros.
No caso de ser construída a 170 vai ter de desembolsar mais 13,6 milhões, mas se chegar aos 195 metros então o valor acresce 71,8 milhões. José Silvano acredita, todavia, que o mais certo é a opção recair nos 170 metros, pois a cota máxima ficará muita cara à Energias de Portugal, quer no que tem de pagar ao Estado, quer nas indemnizações a pagar aos lesados.
Eugénio de Castro revela também que o facto da EDP já ter pago ao Governo 50 milhões de euros prejudicou o objectivo dos municípios, que queriam ver constituída uma agência de desenvolvimento para o vale do Tua. Os autarcas queriam que este organismo fosse financiado pela EDP e pelo Programa de Desenvolvimento Rural, mas, de acordo com edil de Carrazeda, uma que vez que a concessionária teve de desembolsar à cabeça aquela verba "a EDP recuou em relação à agência que seria implementada na área dos cinco concelhos".
Daí que agora os autarcas entendam que "se a EDP tem menos margem de manobra para apoiar a agência, o Governo tem mais obrigação de ser ele a participar nela". Conforme Eugénio de Castro, estão já previstas algumas diligências junto de três Ministérios: Ambiente, Obras Públicas e Economia. Aos titulares de cada pasta, os presidentes de Câmara querem transmitir a exigência de que a barragem contribua para o desenvolvimento da região. Nesse sentido, continuam a trabalhar na elaboração de caderno reivindicativo e de um estudo que defina o que melhor para o vale. O início da construção da barragem do Tua foi adiado para meados de 2010, um ano depois da data prevista inicialmente. A EDP justificou com a necessidade de introduzir novos elementos no Estudo de Impacte Ambiental. Eduardo Pinto, JN
Até agora só o presidente do Município de Mirandela, José Silvano, clamava pela cota de 195 metros, a máxima. "Sou contra a barragem, mas se for feita e a ter de destruir a linha ferroviária do Tua, então que seja aproveitado todo o potencial", reafirma ao JN.
Apesar de ter estado sozinho durante muito tempo nesta reivindicação, agora "todos os autarcas, menos o de Murça, estão de acordo que se a albufeira não chegar o mais acima possível não beneficia ninguém". Portanto, segundo Silvano, a opinião é partilhada também nas Câmaras de Carrazeda, Alijó e Vila Flor.
O edil murcense, João Teixeira, continua irredutível na "preferência pela cota de 170 metros", como forma preservar ao máximo a área agrícola de vinha e olival que a barragem destruirá com uma albufeira mais alta. Esta posição vai ser defendida durante os dois meses que vai durar o inquérito público, durante o qual as partes interessadas vão discutir o que mais convém ao vale do Tua.
"Estamos conscientes que a cota 170 não é aquela que propicia maior desenvolvimento aos diversos concelhos", contrapõe o autarca de Carrazeda, Eugénio de Castro. Tal como Silvano, diz que "a fazer-se a barragem, e uma vez que se inviabiliza a linha e se fere o vale, então aproveitem-se todas as potencialidades para a produção de energia, que tanta falta faz, e deixem-se as mais-valias".
Um dos entraves a uma cota maior até poderá surgir por parte da própria EDP. A empresa já pagou ao Governo 50 milhões de euros, em Abril deste ano, pela adjudicação provisória da barragem, o equivalente a uma cota de 160 metros.
No caso de ser construída a 170 vai ter de desembolsar mais 13,6 milhões, mas se chegar aos 195 metros então o valor acresce 71,8 milhões. José Silvano acredita, todavia, que o mais certo é a opção recair nos 170 metros, pois a cota máxima ficará muita cara à Energias de Portugal, quer no que tem de pagar ao Estado, quer nas indemnizações a pagar aos lesados.
Eugénio de Castro revela também que o facto da EDP já ter pago ao Governo 50 milhões de euros prejudicou o objectivo dos municípios, que queriam ver constituída uma agência de desenvolvimento para o vale do Tua. Os autarcas queriam que este organismo fosse financiado pela EDP e pelo Programa de Desenvolvimento Rural, mas, de acordo com edil de Carrazeda, uma que vez que a concessionária teve de desembolsar à cabeça aquela verba "a EDP recuou em relação à agência que seria implementada na área dos cinco concelhos".
Daí que agora os autarcas entendam que "se a EDP tem menos margem de manobra para apoiar a agência, o Governo tem mais obrigação de ser ele a participar nela". Conforme Eugénio de Castro, estão já previstas algumas diligências junto de três Ministérios: Ambiente, Obras Públicas e Economia. Aos titulares de cada pasta, os presidentes de Câmara querem transmitir a exigência de que a barragem contribua para o desenvolvimento da região. Nesse sentido, continuam a trabalhar na elaboração de caderno reivindicativo e de um estudo que defina o que melhor para o vale. O início da construção da barragem do Tua foi adiado para meados de 2010, um ano depois da data prevista inicialmente. A EDP justificou com a necessidade de introduzir novos elementos no Estudo de Impacte Ambiental. Eduardo Pinto, JN
7 comentários:
Força e persistência é o que eu desejo que o Senhor Presidente da Câmara de Murça tenha para fazer valer a sua tese no que respeita à cota que menos prejudique os proprietários do seu Município.
NÃO DESISTA.
Força e persistência é o que eu desejo que o Senhor Presidente da Câmara de Carrazeda tenha para fazer valer a sua tese no que respeita à cota que mais prejudique os proprietários do seu Município e o próprio Munícípio .NÃO DESISTA.
prejuízo?
no sabor pagam a 1 oiro o metro é muito bom quantos metros tem carrazeda e sabemos quanto vale se a cota inundar tudo
Mas haverá alguém que acredite que o Presidente da Câmara de Carrazeda tomará alguma posição firme para que a cota aplicada à Barragem de Foz-Tua seja a que menos prejudique os seus Municipes?.
Cá para mim ele vai defender a cota máxima, porque sendo assim defende-se a ele próprio,as Termas de (S.LOURENÇO) desaparecem e eis que para ele é um grande alivio depois de tanta promessa nas suas campanhas eleitorais ,estas ficarão sem efeito.Há coisas que eu não tolero e uma delas é a mentira, mas o Senhor Presidente mais não fêz senão mentir descaradamente ao POVO DO POMBAL.
Primeiro disse que "NAQUELE BURACO NEM UM TOSTÃO",a seguir investe lá dezenas de "CONTOS" isto ainda no tempo da antiga moeda,depois eram "AS MENINAS DOS SEUS OLHOS".
E agora Senhor Presidente?não acha que está na altura de se deslocar ao POMBAL para dizer algo àquele Povo que em si confiou cegamente durante todos estes anos?.
Seja homem e faça-o,não fuja às (RESPONSABILIDADES QUE NESTE CASO SÃO SUAS E DE MAIS NINGÉM).
Ser humilde não fica mal a ninguém só dignifica as pessoas.
Como estamos em época de Natal que é também tempo de meditação medite bem sobre o bem do Povo que sempre o elegeu.
DESEJO-LHE UM FELIZ NATAL.
Caro último anónimo, o seu oportuno comentário acrca da cota máxima é sem dúvida de louvar!
Matava o Sr Presidente de camara dois coelhos de uma cajadada só!
Mas essa de ir ao Pombal falar com os Pombalenses, têm que se lhe diga, mas sempre podem combinar uma taina, que aí acredito que vá!!!
Não sejam tão crentes quanto ao assumir de responsabilidades, a esta hora já o Sr. Presidente só pensa em sair do concelho e fazer de conta que por cá passou, mas... será que passou? Passou FÉRIAS e pouco mais, excepto as tainas claro...
Anónimo Pombalense
Que grandes democratas me saíram os Presidentes das Câmaras de Alijó,Carrazeda,Mirandela, assim como o Socialista de Vila Flor,ao defenderem a cota máxima para a barragem de FOZ-TUA.Resta apenas o bom senso do Autarca de Murça que defende a cota que menos penalize os seus Municipes.O SR SILBANO como perde a quase totalidade da linha e o seu METRO está-se nas tintas para os que ficam prejudicados,quanto ao edil de VILA FLOR como a sua região já é pouco afectada FEZ o favor aos seus colegas.Francamente DR PIMENTEL sempre pensei que o não fizesse,resumindo e concluindo:
"É TUDO FARINHA DO MESMO SACO."
OS SOCIAIS DEMOCRATAS NÃO PRATICAM A SOCIAL DEMOCRACIA E OS SOCIALISTAS MAIS UMA VÊZ METEM O SOCIALISMO NA GAVETA PARA DEFENDEREM OS AMIGOS.
AFINAL VIVEMOS NUM PAÍS EM QUE NÃO SE PODE CONFIAR EM NINGUÉM,PORQUE AFINAL NÃO HÁ DIFERENÇAS.
Tem razão o último anónimo,para uma tainada ainda era capaz de se deslocar ao Pombal,para dar satisfações não esperem lá por ele porque para isso ele não vai lá.
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