As obras da barragem do Baixo Sabor, em Torre de Moncorvo, podem vir a ser suspensas. O Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa deu razão a uma providência cautelar interposta pela Plataforma Sabor Livre.
Esta organização, que reúne vários movimentos ambientalistas, ganha assim mais uma batalha na guerra que tem mantido contra a construção do aproveitamento hidroeléctrico. “Esperamos que conduza a uma vitória final nesta luta de longos anos”, disse, ao JN, Paula Chaínho, representante da Plataforma, pois considera que é um “erro muito grave” construir uma barragem que “destrói um importante património natural”.
Explica que foram interpostas diversas acções em tribunal, tanto a nível nacional e comunitário, para impedir a construção de uma barragem no rio Sabor, que se baseiam na “caducidade da Declaração de Impacte Ambiental (DIA)”.
Segundo Paula Chaínho, este documento, sem o qual não é possível começar os trabalhos de construção, teve uma primeira emissão com validade até 2006, que viria a ser prorrogada até 2008, caducando em 15 de Junho desse ano. Portanto, antes de 30 de Junho, data em que foi assinado o contrato para a construção da barragem.
“O secretário de Estado do Ambiente acabou por prorrogar a validade da declaração até 2009, mas do nosso ponto de vista é uma ilegalidade”, sublinha a dirigente ambientalista, porque, esclarece, “a legislação da avaliação de impacte ambiental não prevê a possibilidade de uma nova prorrogação”.
A Plataforma Sabor Livre defende que para haver uma nova DIA válida, “tem de ser feito um novo estudo de impacte ambiental e uma nova consulta pública, o que não ocorreu”.
Daí que tenha sido pedida a suspensão da eficácia da DIA existente, tendo o Tribunal Administrativo de Lisboa ordenado a suspensão das obras, em despacho emitido a 3 de Dezembro último.
A EDP não se pronuncia, para já, sobre esta matéria, mas Paula Chaínho acredita que possa vir a “interpor uma resolução fundamentada em que poderá alegar que não pode parar a obra por motivos de interesse nacional”. No entanto, continua a acreditar que há “uma ilegalidade e que a obra deve ser suspensa”.
O presidente da Câmara Municipal de Moncorvo, Aires Ferreira, ainda não reagiu à possibilidade de ver parada uma obra pela qual lutou durante vários anos. JN
Esta organização, que reúne vários movimentos ambientalistas, ganha assim mais uma batalha na guerra que tem mantido contra a construção do aproveitamento hidroeléctrico. “Esperamos que conduza a uma vitória final nesta luta de longos anos”, disse, ao JN, Paula Chaínho, representante da Plataforma, pois considera que é um “erro muito grave” construir uma barragem que “destrói um importante património natural”.
Explica que foram interpostas diversas acções em tribunal, tanto a nível nacional e comunitário, para impedir a construção de uma barragem no rio Sabor, que se baseiam na “caducidade da Declaração de Impacte Ambiental (DIA)”.
Segundo Paula Chaínho, este documento, sem o qual não é possível começar os trabalhos de construção, teve uma primeira emissão com validade até 2006, que viria a ser prorrogada até 2008, caducando em 15 de Junho desse ano. Portanto, antes de 30 de Junho, data em que foi assinado o contrato para a construção da barragem.
“O secretário de Estado do Ambiente acabou por prorrogar a validade da declaração até 2009, mas do nosso ponto de vista é uma ilegalidade”, sublinha a dirigente ambientalista, porque, esclarece, “a legislação da avaliação de impacte ambiental não prevê a possibilidade de uma nova prorrogação”.
A Plataforma Sabor Livre defende que para haver uma nova DIA válida, “tem de ser feito um novo estudo de impacte ambiental e uma nova consulta pública, o que não ocorreu”.
Daí que tenha sido pedida a suspensão da eficácia da DIA existente, tendo o Tribunal Administrativo de Lisboa ordenado a suspensão das obras, em despacho emitido a 3 de Dezembro último.
A EDP não se pronuncia, para já, sobre esta matéria, mas Paula Chaínho acredita que possa vir a “interpor uma resolução fundamentada em que poderá alegar que não pode parar a obra por motivos de interesse nacional”. No entanto, continua a acreditar que há “uma ilegalidade e que a obra deve ser suspensa”.
O presidente da Câmara Municipal de Moncorvo, Aires Ferreira, ainda não reagiu à possibilidade de ver parada uma obra pela qual lutou durante vários anos. JN
Foto Aníbal Gonçalves
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