No distrito de Bragança nascem cada vez menos pessoas e morrem cada vez mais. É apenas uma das conclusões que traçam um quadro negro para o Nordeste Transmontano que podem ser lidas no Anuário Estatístico Regional do Instituto Nacional de Estatística, relativo a 2007. Analisando os concelhos do distrito brigantino é fácil constatar que os vários indicadores da população estão abaixo da média nacional.
O dado mais preocupante é quando observamos a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade. Em Portugal, o valor médio está fixado em 9.7 nascimentos por cada mil habitantes, no distrito, todos os doze concelhos apresentam valores bem abaixo.
Bragança, a capital de distrito, com 7.6 por mil, é compreensivelmente o concelho onde nasceram mais crianças, seguida de perto por Freixo de Espada à Cinta e Carrazeda de Ansiães com 7.4 e 7.2, respectivamente. Torre de Moncorvo é o concelho onde nasceram menos crianças no ano de 2007, um valor de 4.3 nascimentos por cada mil habitantes. Mas se o número de nascimentos já é preocupante, o que dizer da taxa de mortalidade? Todos os concelhos de Bragança estão acima da taxa nacional de 9.8 mortes por mil habitantes. Vimioso, Freixo de Espada à Cinta e Carrazeda de Ansiães no ano passado tinham 19 mortes por igual número de habitantes. O que pode indicar um elevado envelhecimento da população nestas vilas. No tópico da Densidade Populacional, o valor é de 115 habitantes por quilómetro quadrado. No distrito, Mirandela é o concelho com o valor mais elevado, com 39 habitantes por quilometro quadrado. No extremo oposto está Vimioso, com apenas dez pessoas a viverem por cada quilómetro quadrado. Há, portanto, poucas pessoas no espaço geográfico do distrito de Bragança. Face a todos estes indicadores, não é portanto de estranhar que o crescimento da população no nordeste transmontano seja negativo. Se a nível nacional, o valor centra-se no 0.17 por cento, em todos os concelhos transmontanos esse valor é negativo. É fácil concluir que em Trás-os-Montes morrem cada vez mais pessoas e nascem cada vez menos. RBA
7 comentários:
A personalidade do ano é você, o contribuinte
Você, caro leitor, caro eleitor, caro devedor, é muito importante para o País, que não o trata como um mero algarismo: trata-o como nove algarismos. A resposta é o seu número de contribuinte. Você, caro pagador de impostos, é a personalidade do ano 2008.
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Pedro Santos Guerreiro
psg@mediafin.pt
Você é a personalidade do ano 2008. Sim, você. Porquê? Eis um momento David Copperfield: a resposta está dentro da sua carteira. A sério, procure bem, está escrita num rectângulo verde de oito centímetros e meio de largura, arrumado perto do cartão de crédito e junto da carta de condução. Tem um chip e no topo diz "Direcção Geral dos Impostos".
Você, caro leitor, caro eleitor, caro devedor, é muito importante para o País, que não o trata como um mero algarismo: trata-o como nove algarismos. A resposta é o seu número de contribuinte. Você, caro pagador de impostos, é a personalidade do ano 2008.
Ninguém lhe perguntou nada, mas você deu tudo. Você está a salvar a economia, os bancos, as empresas, grandes, pequenas, micros e médias, tradicionais, multinacionais, electrónica, minas, automóvel. O que lhe dizem aqueles que lhe governam o dinheiro é que você se está a salvar a si mesmo. Não pode haver melhores intenções.
Você, caro contribuinte, comprou um banco falido, o Banco Português de Negócios. Você, caro contribuinte, salvou da bancarrota o Banco Privado Português. Você disse a todos os bancos privados que, se também precisarem, comprará partes do seu capital, participando nas injecções de dinheiro de que necessitem para vencer a crise financeira. Mas você fez ainda mais pelo sistema financeiro: mesmo depois de temer pelo dinheiro que tinha depositado, você disse que está disponível para servir de fiador, dando garantias para que os bancos se possam endividar, todos os bancos, incluindo o seu, a Caixa Geral de Depósitos, que aliás já utilizou a garantia: se o seu banco não conseguir pagar a dívida de 1,2 mil milhões contraída, paga-a você.
Mas você é generoso: nos últimos doze meses já aumentou o capital do seu banco por três vezes. E nem lhe disseram para o que era nem você achou estranho colocar mais dinheiro num banco que, apesar disso, vai baixar lucros e reduzir dividendos, devolvendo-lhe, portanto, menos do seu investimento. Aliás, você, diligente, já nem olha para o dinheiro que injecta no seu banco como um investimento, mas como filantropia: está a acudir a aflitos. Através do seu banco, você já emprestou dinheiro a multinacionais que estão perto da insolvência, já assinou contratos de financiamento para que construtoras possam asfaltar as estradas de que o País necessita para estancar a recessão e o desemprego.
Mas você, caro contribuinte, não se fica pela banca. Você já disse que as empresas industriais podem contar consigo em fusões e aquisições, pois está disponível para entrar no capital de empresas que se fundam. Você vai pagar parte dos juros de linhas de financiamento a PME, para que elas tenham crédito bonificado para, pura e simplesmente, pagarem contas e solverem a tesouraria. Você já prometeu pagar o que deve às empresas que lhe forneceram bens e serviços, embora não faça ainda ideia de como vai arranjar o dinheiro para pagar o calote.
Você vai ainda emprestar dinheiro aos funcionários públicos, sem lhes perguntar porquê ou para quê. E vai aumentar-lhes os salários bem acima da inflação. E tudo isto mesmo sabendo que todo o dinheiro que ganhou de 1 de Janeiro a 19 de Maio deste ano foi exclusivamente para pagar impostos. Mais: você é tão prestimoso que já está a empenhar os impostos dos seus próprios filhos, que terão de pagar no futuro o aumento do défice orçamental. E fá-lo sem sombra de rancor, depois de o Fisco ter ilegalmente congelado a sua conta bancária ou penhorado o seu imóvel, ter retido indevidamente reembolsos ou benefícios fiscais, tê-lo pressionado a pagar dívidas que estavam garantidas ou coagido a denunciar fornecedores.
Mas você não está sozinho, você é um cidadão europeu, onde centenas de milhões de contribuintes espanhóis, franceses, ingleses, alemães estão a fazer exactamente o mesmo. Sim, a Europa existe, ei-la unida através dos seus contribuintes, vítimas de uma crise que não é sua, mas que lhes permitiu recriar, mas não criar, um estilo de vida endividado e insustentável.
Você é a personalidade do ano porque o Estado em 2008 entrou pela economia adentro para a salvar. O Estado somos nós, eu e você, a sua mãe, o seu filho. Todos estamos a pagar para ver mas nem por isso estamos tranquilos.
Definitivamente, o dinheiro não traz felicidade.
Está de parabens o Governo por ter despenalizado o aborto. Assim como também, todas as pessoas que votaram no sim. A todos eles uma salva de palmas.
Boas Festas!
GT
Até Quando?
Gabriel Pensador
Não adianta olhar pro céu com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer e muita greve
Você pode e você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão, virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus sofreu
Num quer dizer que você tenha que sofrer
Até quando você vai ficar usando rédea
Rindo da própria tragédia?
Até quando você vai ficar usando rédea
Pobre, rico ou classe média?
Até quando você vai levar cascudo mudo?
Muda, muda essa postura
Até quando você vai ficando mudo?
Muda que o medo é um modo de fazer censura
(Refrão)
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando vai ser saco de pancada?
(Repete refrão)
Você tenta ser feliz, não vê que é deprimente
Seu filho sem escola, seu velho tá sem dente
Você tenta ser contente, não vê que é revoltante
Você tá sem emprego e sua filha tá gestante
Você se faz de surdo, não vê que é absurdo
Você que é inocente foi preso em flagrante
É tudo flagrante
É tudo flagrante
(Refrão x2)
A polícia matou o estudante
Falou que era bandido, chamou de traficante
A justiça prendeu o pé-rapado
Soltou o deputado e absolveu os PM's de Vigário
(Refrão x2)
A polícia só existe pra manter você na lei
Lei do silêncio, lei do mais fraco:
Ou aceita ser um saco de pancada ou vai pro saco
A programação existe pra manter você na frente
Na frente da TV, que é pra te entreter
Que pra você não ver que programado é você
Acordo num tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar
O cara me pede diploma, num tenho diploma, num pude estudar
E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado que eu saiba falar
Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá
Consigo emprego, começo o emprego, me mato de tanto ralar
Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra raciocinar
Não peço arrego mas na hora que chego só fico no mesmo lugar
Brinquedo que o filho me pede num tenho dinheiro pra dar
Escola, esmola
Favela, cadeia
Sem terra, enterra
Sem renda, se renda. Não, não
(Refrão x2)
Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro
(Refrão)
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Cumprimentos.
Trás-os-Montes não é só Bragança. O problema é que as mulheres fogem de Bragança... e vão parir a Vila Real ou Porto... assim fiz eu! Porquê?!... no meu caso, porque o senhor Doutor que me saiu na rifa, em Mirandela, já quase não tinha força para estar os dedos.... imagino para ajudar alguém a nescer...! DEUS ME LIVRE E GUARDE!
Quase que me atrevo a dizer: ainda bem que há crise...
Mais tarde ou mais cedo, seja porque a crise pôs a mão na consciência desta gente, ou seja porque finalmente acordaram e viram os números com olhos de ver, alguém teria que chegar à conclusão que o País que temos não suporta, se analisarmos numa óptica meramente económica, esta história da proliferação dos centros comerciais.
Parecem ratos a nascer.
Em qualquer cidadezeca, com pouco mais de meia dúzia de almas, o presidente de Câmara tem como última ambição ter o cidadezeca shoping ou cidadezeca fórum. É um género de marca de água do progresso, mas na prática é uma saloiada que só visto.
Parece que a bebedeira está a terminar. Ainda falta a ressaca.
Vamos lá ver se isto não vai acabar como os estádios para o euro-2004. Em alguns há apenas alguns poucos jogos - com pouquissimos espectadores - por ano e a sua construção custou milhões e a manutenção custa igualmente milhões.
Leiria pode ser grande, ter actividade geradora de riqueza, as suas gentes terem capacidade económica, mas daí até a este reprodução animalesca de centros comerciais em Leiria e em tantas outras cidades e cidadezecas deste País vai uma distância grande.
Isto é mais uma saloiada típica dos autarcas que nos governam: querem é shopings para os eleitores que futuramente irão eleger os eleitos irem ver as montras ( comprar só um pouco e, preferencialmente, nos saldos porque não há guito...). Claro que o shoping constroi os parques de estacionamento e, a título de contrapartidas, constroi duas ou 3 rotundas e alguns km's de avenidas que irão dar ao shoping. Estas avenidas são o progresso da cidadezeca.
Vamos lá ver se, finalmente, começa a haver tino nestas cabecinhas pensadoras ( os autarcas não, esses continuarão à grande, mas os promotores sim porque investir implica o retorno do investimento ).
do Pikas a propósito da desistencia do consórcio vencedor para a construção do Forum Leiria
em http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=347032
Distrito de Bragança está a desparecer.
QUE BOM! PODE SER QUE APAREÇA OUTRO MELHOR...
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