Mais de metade dos idosos não institucionalizados alimentam-se mal e dois terços nem sequer toma o pequeno-almoço. São dados de um estudo da DECO Proteste a mais de 3400 portugueses, entre os 65 e os 79 anos. Na região transmontana, a situação é agravada pela maior incidência de população envelhecida e isolada.
Uma alimentação saudável à base de vegetais, fruta e peixe é feita com pouca frequência e o pequeno-almoço é muitas vezes descurado. Cerca de 40 mil idosos em todo o país têm mesmo dificuldades financeiras para satisfazer as suas necessidades alimentares.
Eunice Rodrigues, nutricionista do ACES Nordeste, subscreve este estudo e fala um pouco da realidade transmontana.
“Isso é o que infelizmente tenho constatado nas consultas. Os idosos estão isolados, moram sozinhos e acabam por se desleixar um bocadinho. Acabam por ficar desanimados com a vida, não lhes apetece levantarem-se para cozinhar, fazer a sopa porque têm que partir os legumes e dá trabalho.”
Grande parte dos idosos faz as chamadas “refeições de seco”, à base de pão. Uma alimentação provocada sobretudo pelo isolamento familiar a que estão sujeitos.
Outro dos problemas dos idosos da região é, claro está, o consumo excessivo de fumeiro.
“Na maior parte das vezes, se não estão doentes, ficam, e se já estão, ficam pior. Acaba por ser um ciclo vicioso. Sabem que se comerem muito fumeiro não controlam a tensão arterial, o peso aumenta. Mas daí até porem em prática, é complicado. Se eles estiverem acompanhados, é complicado”, diz.
Segundo este mesmo estudo da DECO a maior parte dos idosos apenas faz quatro refeições por dia, um número considerado reduzido e que tendencialmente diminui com o avançar da idade.
Medicação e contas como água e luz são encaradas como bens de primeira necessidade pelos mais velhos, o que não se passa com a alimentação.
De salientar ainda que as bebidas alcoólicas fazem parte da dieta.
47% dos homens bebem mais de dois copos de vinho por dia, o que é considerado excessivo.
CIR/Brigantia
Uma alimentação saudável à base de vegetais, fruta e peixe é feita com pouca frequência e o pequeno-almoço é muitas vezes descurado. Cerca de 40 mil idosos em todo o país têm mesmo dificuldades financeiras para satisfazer as suas necessidades alimentares.
Eunice Rodrigues, nutricionista do ACES Nordeste, subscreve este estudo e fala um pouco da realidade transmontana.
“Isso é o que infelizmente tenho constatado nas consultas. Os idosos estão isolados, moram sozinhos e acabam por se desleixar um bocadinho. Acabam por ficar desanimados com a vida, não lhes apetece levantarem-se para cozinhar, fazer a sopa porque têm que partir os legumes e dá trabalho.”
Grande parte dos idosos faz as chamadas “refeições de seco”, à base de pão. Uma alimentação provocada sobretudo pelo isolamento familiar a que estão sujeitos.
Outro dos problemas dos idosos da região é, claro está, o consumo excessivo de fumeiro.
“Na maior parte das vezes, se não estão doentes, ficam, e se já estão, ficam pior. Acaba por ser um ciclo vicioso. Sabem que se comerem muito fumeiro não controlam a tensão arterial, o peso aumenta. Mas daí até porem em prática, é complicado. Se eles estiverem acompanhados, é complicado”, diz.
Segundo este mesmo estudo da DECO a maior parte dos idosos apenas faz quatro refeições por dia, um número considerado reduzido e que tendencialmente diminui com o avançar da idade.
Medicação e contas como água e luz são encaradas como bens de primeira necessidade pelos mais velhos, o que não se passa com a alimentação.
De salientar ainda que as bebidas alcoólicas fazem parte da dieta.
47% dos homens bebem mais de dois copos de vinho por dia, o que é considerado excessivo.
CIR/Brigantia
10 comentários:
Nada de novo. E ainda há quem defenda que os velhos devem permanecer nas suas casas em vez de se deslocarem para os lares!
Nada de novo.É que alguns passam mal também para poupar,quantos são os próprios filhos que ainda lhe sugam o que podem das magras reformas,claro que depois não lhe chega e eles é que sofrem.
Será que as comidas dos lares são sempre adquadas ao organismo dos nossos idosos?.
Se calhar até nem são.
MAS ENFIM.
Por vezes,ou quase sempre,há que optar pelo menor dos males:parece-me que os lares são,sem dúvida,até para que as situações mencionadas não aconteçam,o menor dos males.
Quanto à comida, nos lares a comida pode não ser boa mas também estamos a lidar com graves carências alimentares.Os idosos,em sua casa,grande parte das vezes,vivem em condições infra-humanas.
Como foi o passado ???
Hoje é mel e canja e medicamentos...
No que diz respeito aos idosos irem para os lares eu deixo a seguinte pergunta:-
Então se eles não lhes chega a reforma para comida e medicamentos como foi constatado, onde vão arranjar o dinheiro para pagarem a jóia que lhes é exigida mais a mensalidade?
Que eu saiba, nenhum idoso entra para qualquer lar sem pagar essa jóia e se a reforma não chegar para pagar a dita mensalidade terão de ser os filhos a pagar o que falta.Mas dirão,é a sua obrigação,concordo com isso,e se os filhos também não tiverem possibilidades aceitam-nos?.De certeza que não.
Então o que é que os lares querem é só dinheiro ou não é,por isso se preocupam tanto com os idosos.
MUITO BEM FALA O SÃO AO DOENTE.
NÃO BASTA DIZER COITADINHOS,MAS SIM AJUDÁ-LOS INDEPENDENTEMENTE DE ELES TEREM OU NÃO TEREM DINHEIRO PARA PAGAR.E TAMBÉM NÃO É POR FALTA DE UTENTES QUE TANTO RECOMENDAM OS LARES AOS IDOSOS POIS PELO QUE SEI TODOS ELES TÊM LISTA DE ESPERA.PALAVREADO BARATO.
TENHO DITO.
Caro anónimo que diz (COMO FOI O PASSADO).
Passado é passado não interessa,já passou,temos que olhar para o presente e trabalhar para um futuro melhor.
Não sei a sua idade,mas pergunte aos seus pais e avós como era antigamente e depois diga-me se gostava de passar por esses tempos.
Ou o anónimo nasceu em berço de ouro,ou então é daqueles que esquece as suas origens.
Deixe que lhe diga,se as pessoas não tivessem a memória tão curta se calhar teriamos o País que não temos.
É evidente que é isso mesmo:
Memória CURTÍSSIMA. Caro anónimo das 17:07
Depois de terem verificado a insuficiência alimentar dos idosos e as condições em que tantos deles se encontram, o que é que fizeram, ou estão a pensar fazer para lhes melhorar o seu bem estar?.
Por acaso já lá voltaram a levar-lhes comida e alguns mimos que eles não têm dinheiro para comprar?.Isso é que deviam fazer,porque a esses actos é que se pode chamar "MISERICÓRDIA",só essa visita e essa expontâneeidade é pura propaganda aos Lares.
De que lhes serviu a visita,se mal estavam mal ficaram,a não ser que tomem medidas "gratuitas" o que eu não creio que venha a acontecer.
É caso para dizer,tanto tens tanto vales,nada tens nada vales.
Que eu saiba só no Lar do Mogo é que se paga uma elevada quantia para entrar, o mesmo não se passa com os outros lares do Conselho. Tentei meter um parente no lar do Mogo e pediram-me 2500,00€, posteriormente veio para Carrazeda e pagada sómente a reforma que tinha da Caixa Nacional de Pensões.
22 de Janeiro de 2010 09:24
Anónimo disse...
Que eu saiba só no Lar do Mogo é que se paga uma elevada quantia para entrar, o mesmo não se passa com os outros lares do Conselho. Tentei meter um parente no lar do Mogo e pediram-me 2500,00€, posteriormente veio para Carrazeda e pagada sómente a reforma que tinha da Caixa Nacional de Pensões.
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Em primeiro lugar sinto me mal em ler uma noticia num blog completamente cheia de erros… SRº ou SRª anónimo estamos em pleno séc. XXI, atenção a esses erros.
Em segundo lugar quem coloca uma notícia destas num blog, desculpe que lhe diga mas você não tem consciência nenhuma o que é um centro social ou ate mesmo uma santa casa!
Pois olhe, hoje em dia ninguém pode pedir dinheiro de entrada para um idoso entrar num centro social ou até mesmo numa santa casa, como você diz que veio para a santa a casa e que lhe ficaram com a reforma na totalidade! Não está correcto. Pois é meu caro anónimo mais uma vez foi enganado porque nenhum centro nem nenhuma santa casa pode ficar com a totalidade da pensão.
Isto porquê? Porque existem outras coisas que o idoso precisa e o lar também não pode suportar tudo, por isso lhe deixam essa quantia da reforma do idoso, nem que não seja para a medicação e produtos de higiene.
Aqui lhe mando a legislação da segurança social onde explica esse ponto:
- Segundo o ponto 1. Do artigo III da Circular nº 3 da Direcção geral de Acção Social: A comparticipação familiar devida pela utilização de serviços e equipamentos da área da população idosa, é determinada pela aplicação de uma percentagem sobre o rendimento "per capita" do agregado familiar:
70% do rendimento "per capita" que pode ser elevado a 85% do rendimento "per capita" relativamente a utentes dependentes, que não possam praticar com autonomia os actos indispensáveis à satisfação das necessidades humanas básicas, nomeadamente actos relativos a cuidados de higiene pessoal, alimentação e a idosos necessitados de cuidados específicos de recuperação ou saúde com carácter permanente.
Outro ponto muito importante e que vejo que isso acontece cada vez mais é que as pessoas depositam lá os idosos e lá ficam nem uma visita lhes fazem… O que vejo nestas alturas, é que o mais importante é o dinheiro e não o bem-estar do idoso. E também não me acredito que a instituição lhe tenha pedido essa quantia. Enfim.
Quando as pessoas não estão no terreno que não falem do que não sabem, e mais bonito seria se dessem o nome pois assim poderíamos esclarecer as coisas melhor.
E podem acreditar que os centros sociais se preocupam muito mas muito mesmo com o bem do idoso.
Já pensaram em voluntariado? Já pensaram em ajudar? Em fazer uma visita? tudo isto não importa...
o que importa é o dinheiro...
Comecem-se a informar antes de falarem. Porque depois não têm argumentos e ficam mal com vocês mesmos.
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