quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Daqui e dali... Vitorino Almeida Ventura

Na cerimónia de encerramento,
em Lamego



Fui ao teatro Ribeiro Conceição para a apoteose de Milos Forman. Hélder de Carvalho bem me avisara sobre o Baile dos Bombeiros (e o presidente do Instituto dos Vinhos de Douro e Porto, I. P, continuou, cerimónia adentro), mas ainda não o vi, apenas a Voando sobre um ninho de Cucos, Hair e The people vs. Larry Flint...

A Orquestra das Beiras acompanhou o trailer genérico sobre a obra do cineasta e depois a abertura para o filme Amadeus. Voltando à cerimónia, porém, ao receber as chaves da cidade de Lamego pelo seu presidente de Câmara, Milos Forman prometeu, definitivamente:

I’ll be back!

Sem antes deixar de explicar (respondendo a uma Crítica que lhe terão feito) sobre o riso do divino compositor, que se apoiou documentalmente numa carta de uma dama que o considerou infantil, animalesco. Mas, sim, claro que nisso ficou um pouco da sua imaginação, uma vez que ao tempo não havia como gravá-lo…
(Parece igualmente que Milos Forman se terá inspirado nas celebérrimas alterações de humor do tenista John McEnroe para a caracterização do génio imprevisível de Mozart.)

Momento alto foi igualmente a atribuição do galardão da Vintage Selection ao filme Wolfy, de intensidade dramática incomum, ao cineasta russo Vasili Sigarev, acompanhado pela actriz Merila Barzi.

Agora revendo Amadeus… Salieri, o narrador, é a figura maior. De possível crime, mas, acima de tudo, de in_
veja. Murray Abraham no papel deste músico, transformou-o bem maior do que Mozart, conseguindo aí uma vitória derradeira sobre este e Deus. Aí, sim, o Requiem se completou, para que Salieri o assinasse, transcrevendo a partitura, mas da Vida de Mozart, na confissão ao padre. Aí, sim, deixou de ser o padroeiro da mediocridade. De in_
veja, a correr-se, bem maior do que o mundo.

Vitorino Almeida Ventura

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