terça-feira, 11 de maio de 2010

Daqui e dali... Vitorino Almeida Ventura

O Desportivo de Chaves
E os transmontanos de raça

Há cerca de um ano, o nigeriano Samson jogava no Gondomar e, no CNO da Escola Secundária, submeteu-se a uma sessão de Júri, do qual fiz parte, para obtenção do 12º Ano. A sua Apresentação foi em inglês, com um vídeo sobre a situação política e económica do seu país. Agora,

fico muito feliz por, no Desportivo de Chaves, ir representar Trás-os-Montes na final da Taça de Portugal com o FC Porto. Ele e alguns brasileiros, de que se destaca Danilo, o costa-marfinense Bamba, o francês Karim… Em suma, uma aldeia global. Já quando vejo alguns opinion makers nacionais

falarem do Desportivo de Chaves como representativo de uma região, mas num sentido castrejo, do tempo em que se corriam os rapazes da aldeia vizinha à pedrada, quando eles ousavam ganhar-lhes, rio-me muito. Nem sei bem o que significa transmontano de raça… Li algumas partes do livro do alemão Carsten L. Wilke sobre a história dos judeus portugueses e fiquei a saber (confesso, não sabia) que a sede do cripto-judaísmo nacional sempre foi Bragança, tendo os judeus sido muito usados até Castelo Branco, sobretudo, pelos reis medievais portugueses, quando conquistavam o território aos mouros, para o seu repovoamento. No entanto, um estudo genético demonstra (o que, para muitos transmontanos que se cuidam de gema, vai terrível: em complexo de castração, um autêntico «desmame» da dose una d’ Ilusão) que é a Sul da Península que os genes judeus mais se mantiveram,

o que aponta para que no Norte se deu uma mistura, terrível para a genuinidade da raça… Mas não é na hospitalidade que se dá aos imigrantes que jogam no Chaves ou trabalham nos campos de Carrazeda que os genes sobre_

vivem?

Vitorino Almeida Ventura

6 comentários:

Anónimo disse...

Desculpa, lá , VAV, mas gostei mais do artigo do meu ex-professor Mesquita sobre o Desportivo. Termina com chave de ouro:
«Como transmontano sinto uma grande alegria por este feito do Desportivo de Chaves. Oxalá o clube seja a imagem da região, pois deve ser pelo mérito e pela qualidade que os transmontanos darão a volta a uma região deprimida e ostracizada.» É com este pensamento sintético de twitterman que ele nos conquista os corações.
Rage against the machine

Anónimo disse...

Gosto mais do realismo de JLM do que do idealismo de VAV. Os transmontanos não são assim tão hospitaleiros.
Cumps.,
LVS

Unknown disse...

Sou mais realista que VAV? - Não sei.
Sei que pretendo,isso sim,,permanentemente,fazer a síntese dos opostos,neste caso, do realismo e do idealismo.
Acho que o que VAV quis(e bem)foi dizer que do facto de o Chaves ir à final da Taça nada se pode inferir quanto às qualidades dos transmontanos, pois os jogadores são quase todos de fora.
JLM

Anónimo disse...

Eu fico feliz pelo FCP ir à final.

vitorino almeida ventura disse...

Já estava a ficar pre_
ocupado com o facto de não haver pessoas que assumissem gostar mais do que escreve JAM ou JLM do que do que eu vou lavrando. E se recusassem a ver que podem ser judeus (ou, no futuro) ciganos, que são os que agora mais se vão reproduzindo por aí! Mas

continuo a exercer o meu direito sagrado a dizer asneiras numa visão ultra-romântica da região, é verdade. Já JLM me acusou disso, mas, mesmo quando, por ex., no Pombal, estava num café e o proprietário, com uma visão dominial do estabelecimento, sem pedir licença aos clientes, mudava de canal, ou retorquia se uma bebida não estava dentro do prazo de validade que já teria bebido coisas piores, recordo isso como um sinal de boa hospitalidade.

- O que é que querem? JLM diria: são os meus genes...

A isso não oponho argumentos.

Ab.,

Vitorino

Unknown disse...

Caro VAV:
É por causa dos seus genes que eu faço um grande esforço por compreendê-lo e respeitá-lo:afinal todos nós fazemos ou somos muitas coisas independentemente da nossa vontade.Quanto a isso, há apenas uma atitude:compreensão.
JLM