quinta-feira, 16 de junho de 2011

Daqui e dali... Vitorino Almeida Ventura

Manuel António Pina,
um tutankamoniano para o prémio Camões (# 1)

o que me vale

o que me vale aos fins de semana
é o teu amor provinciano e bom
para ele compro bombons
para ele compro bananas
para o teu amor teu amon
tu tankamon meu amor
para o teu amor tu te flamas
tu te frutti tu te inflamas
oh o teu amor não tem com
plicações viva aragon
morram as repartições

in Ainda não é o fim nem o princípio, calma é apenas um pouco tarde.

Desde o primeiro livro de poemas, que Manuel António Pina revela um enorme pendor filosofante e sarcástico, e um meio termo entre a poesia do quotidiano e a da linguagem da linguagem, com os jogos que são evidentes, neste poema, sob a referência maior ao/do dadá surrealista Louis Aragon. Claro que

os «tesouros» de Manuel António (bem maiores do que os do sarcófago de Tutankamon) não se ficam pela poesia, mas pela ficção, pelo teatro e pela literatura infanto-juvenil. No teatro, acompanhei no Pé de Vento as actuações do meu bom amigo Rui Spranger, nas suas peças «Os piratas» e «História do sábio fechado na sua biblioteca», assim como li (com o meu filho) o «Pequeno livro da desmatemática» da colecção Assirinha, trocando por vezes o «têpluquê».

20 comentários:

Anónimo disse...

VAV no seu melhor!
Obrigada!

Anónimo disse...

Só não percebo uma coisa. No pensar-ansiaes, o professor Mesquita disse sobre o prémio: «Bem merecido!
O seu saber de “tratador de palavras” pede meças nos tempos que correm. As suas crónicas diárias no JN são uma delícia de análise quotidiana deste Portugal suave, mas injusto, com políticos e decisores que se acham demasiado importantes e sérios, com resultados abaixo do sofrível, e que Pina faz cair no ridículo. As Farpas do M. A. P. são certeiras e absolutamente necessárias num país que perde identidade, valores e sentido.» Com esta coisa das farpas, até parece que estamos na toirada! E em que é que ficamos? O prémio é devido às crónicas, como diz o professor Mesquita Montes, ou é devido à poesia, como diz o dr. Ventura? Que confusão! Quem me esclarece?
Lopes

Anónimo disse...

Essa coisa das farpas é ridícula. JAM rendeu-se agora à tauromaquia?

Anónimo disse...

Essa coisa das farpas é ridícula. JAM rendeu-se à tauromaquia?

Anónimo disse...

o bispo vermelho gosta do M.a.P, porque também é da mesma cor.

Anónimo disse...

porque é que temos de falar de cónegos e de bispos?

Anónimo disse...

por nada. aqui, agora fala-se é de toiradas. mas duvido que o bispo quisesse ser forcado, embora tenha a mania que pega de caras. tem mais estilo de bandarilheiro.

Anónimo disse...

O setôr Mesquita fica fulo com essas cenas do provinciano. O poema do Manuel António foi feito para ele?

Anónimo disse...

Caros amigos,

não vou entrar nesse jogo religioso, de estarem re_

ligados a um sectarismo sem limites. Fui colaborador do pensar-ansiaes e não tenho vergonha disso. Nem irei confundir farpas com patrocínio de ataques pessoais. Se outros (mesmo se administradores) o fazem, não devemos ir por aí.

Acho também que chamar Farpas ao que faz Manuel António Pina pode ter algum cabimento, por analogia, embora remeta para as publicações de Ramalho Ortigão e Eça de Queirós, ao ano da realização das Conferências do Casino. Já lá vai mais de um século! Havendo por subtítulo "O País e a Sociedade Portuguesa", convinha explicar as similitudes: sobre a imprensa e o jornalismo partidário ou banal (e o pensar-ansiaes estaria livre disso? e o pensar-carrazeda?); a Regeneração, e todas as suas repercussões, não só a nível político mas também económico, cultural, social e até moral (onde está isso? no centrão PS, PSD?); a religião e a fé católica (sim, mas convém exemplificar); a mentalidade vigente, com a segregação do papel social da mulher (idem, aspas); a literatura romântica, falsa e hipócrita (onde?). É preciso actualizar, demonstrar onde, ou ficam só farpas, em toiros de lide. Bílis, vertida sobre uma mesa de café.

Quanto à questão levantada por «Lopes», direi que é a opinião de José Mesquita. A minha é diferente, mas não é melhor, por isso. Tenho para mim que o prémio Camões valoriza o conjunto de uma obra, embora Luís Vaz fosse o... Poeta, e a maioria dos premiados o sejam também. Não sei se isso responde, sinteticamente, à sua pergunta.

Cumps.,

Vitorino Almeida Ventura

Anónimo disse...

VAV, agora sim, no seu melhor! Critica-se a ele próprio, para dentro e para fora. Mesmo assim não fica ao nível do meu ex-prof. Helder Rodrigues. È realmente o maior vulto da literatura carrazedense. Na exposição do Paulo Moura, em Baragança, está «ao lado de nomes consagrados da literatura portuguesa e da cultura, tais como, Adriano Moreira, A.M. Pires Cabral Miguel Torga, João de Araújo Correia, Abade de Baçal, etc. etc.
h.r.» (sic: no pensar-ansiaes). Etc. etc. Ao lado, é o maior!

Anónimo disse...

Quem é o Professor Mesquita Montes ?? Não percebi...Algum cavaleiro das esporas douradas??
Organizem-se!!!
Ass. Pão com manteiga

Anónimo disse...

Ao co-comentador de 20 de Junho de 2011 14:52, direi que

o professor Hélder Rodrigues deve estar muito feliz por o ter tido como aluno. Nota-se que o deve ter marcado muito positivamente, pois

o tem ainda como grande referência. Se acha que existe alguma rivalidade entre,

desengane-se, uma vez que já no meu livro de ensaios "Barbeiro de men" me ocupei de parte da sua obra, ao lado de Álvaro «Sardinheiro», Campos Gouveia, Gilberto Pinto, João Cardoso, Joaquim Morais e Mário Cândido Pereira, e

todos ao lado dos desenhos de Hélder Carvalho.

Cumps.,

Vitorino Almeida Ventura

Anónimo disse...

Sempre estive atento à vasta obra literária do meu antigo professor. E que rica e, sobretudo, original que ela é!
Mota (primo da Maria Limão)

Anónimo disse...

Vocês falam, falam, mas quem está na Antologia de Autores Transmontanos é o ilustre professor Hélder Rodriguez.

Perante o exposto, como vêm é fácil destruir quanto o argumento não prima pelo paradigma construtivista, o que é pena, diga-se!

Quanto ao anonimato, desculpem lá, sinto-me bem assim. Mais: prefiro passar despercebido, enquanto outros (como diz o poeta popular, António Aleixo, na quadra: “ (…) Sem ser o que são / São aquilo que eu pareço), isto é, sem saberem pegar na caneta (?), julgam-se artífices da palavra.

Neste contexto, dir-lhes-ei que, como fontes bibliográficas uso, algumas vezes, entre outros, a Nova Gramática do Português Contemporâneo de Luís Filipe Lindley Cintra e Celso Cunha, Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura, Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Editorial Verbo, História da Literatura Portuguesa de António J. Barreiros, etc., agora ao lado da Antologia de Autores Transmontanos.

Como vêm, caros comentaristas, o conhecimento é um processo instrutivo e educacional da aculturação assente no paradigma construtivista da sociologia da educação em que, a aprendizagem se vai modelando nas várias interacções que estabelecemos e realizamos a vários níveis, no âmbito da formação ao longo da vida, da interacção e da hetero-formação.

Respeitosos cumprimentos

LVS

Anónimo disse...

O nosso caro prof. h.r. entrou já sem dúvida para os anais da literatura nacional do nosso bairro. Proponho a criação do nóbil prémio literário "Álvaro Sardinheiro", bianual e pago em títulos do tesouro. Dê-se despacho!!
Ass. Conde Andeiro

Anónimo disse...

No ramalhete de pseudónimos, só cá faltava agora o LVS para pegar no rabo do touro!

Anónimo disse...

Caros amigos,

desisto. Des_

respeitam até a memória dos mortos, como é o caso do senhor Álvaro S. Julguei que queriam discutir o que escrevi sobre a obra de Manuel António Pina... Ou sobre esta, apenas.

Alimentar polémicas xpto, não me apetece.

Vitorino Almeida Ventura

Anónimo disse...

Anonimato do LVS?
Toda a gente sabe quem é o LVS!

Maria Limão

Anónimo disse...

Pelos vistos, a Maria limão sabe. Será mais um primo dela e do Mota?
Visconde da Felgueira

Anónimo disse...

Ele há cada um!