José Sócrates anunciou que iria fazer uma campanha eleitoral como a de Obama, à custa de voluntários; acabou por fazer uma mais parecida com a de Kadhafi, à custa de desgraçados. Em primeiro lugar, porque se preocupou em forjar. Na ausência de voluntários genuínos como os do Presidente dos EUA, o PS tratou de recrutar imigrantes pobres e fragilizados (indianos, paquistaneses, moçambicanos) para darem o seu apoio nos comícios em troca de comida.
Em segundo lugar, porque se empenhou em esconder. Quando os números da execução orçamental eram maus e mostravam que o Estado não conseguia reduzir a despesa, o Governo adiou pagamentos para ocultar os verdadeiros valores e anunciar uma falsa redução do défice na véspera do debate com Passos Coelho.
Finalmente, porque apostou em ameaçar. Desde o início da campanha, Sócrates é protegido por um grupo de vândalos com camisolas a dizer “Defender Portugal”.
Nos últimos dias, esse grupo (que confunde a defesa do líder com a defesa do País) envolveu-se em confrontos violentos com duas pessoas: um elemento de um blogue e um popular com um megafone. A direcção do partido poderia distanciar-se destas cenas. Mas prefere solidarizar-se.
É isto que nos deixa muito mais perto de uma tirania africana do que de uma democracia desenvolvida. Sábado
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