O presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) disse hoje que a penalização que esta classe vai sofrer com os anunciados cortes orçamentais é a "factura" pelo seu trabalho em processos como o "Face Oculta" e "outros anteriores". DN
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7 comentários:
Com que então, caiu a máscara. Afinal sempre andaram a incomodar os boys do PS. De justiça nada, era só para incomodar. Bem me pareceu.....
"Medidas"
As palavras são um espelho admirável do caminhar da civilização, dos processos humanos, das conquistas da ciência, enfim desta ânsia de perfeição que o “bicho” homem abriga em seu peito.
E, se não, vejamos o que tem acontecido com as “medidas”.
Desde que o mundo é mundo, para se avaliarem as grandezas físicas, faz-se mister “medir”, isto é, comparar aquilo que se quer avaliar com outra grandeza ou quantidade arbitrária, que serve de termo de comparação.
Na primitividade, o homem queria “medir”? Pegava numa vara, e “media”. Reminiscência disso: a vara, medida antiga medida de comprimento, itinerária e também de superfície.
Outro processo que o primitivo homem usava era recorrer ao próprio corpo e dele tirava a forma de “medir”.
Media com os pés? Disso é prova o “pé” das medidas de comprimento e itinerárias.
Media com as mãos? Disso é prova a “polegada”, mais ou menos o comprimento da segunda falange do polegar.
Media com os cotovelos? Demonstra-o a palavra “côvado”, do latim “cubitus”, cotovelo.
Media com os braços? Aí tínhamos as “braças”.
Media com as palmas? Lá estavam os “palmos”.
Media a passo? Por isso se dizia “passo” a medida de 5 “pés”.
A própria milha nos pode fazer regressar o espírito à primitividade de processos de medir, pois “milha” (em latim millia) era correspondente a mil passos.
Tão arbitrárias têm sido as grandezas comparativas, ou as unidades, que os homens não descansam em modificações, ajustes e reajustes.
Pois bem… alguns “aprendizes de cientistas” (leia-se Associação Sindical de Juízes) já pensam, AGORA, em fabricar novos padrões comparativos!
Se assim for, o “metro”passará a ser uma velharia, tão velha como as antigas medidas são hoje, para muitos de nós, curiosas recordações.
Esta notícia de que a “Física” de amanhã pode vir a precisar de pôr de parte as medidas de hoje não está assim tão longe da realidade…
“BOYS” e “JOBS” poderão vir a ser o futuro como “MEDIDAS” da nossa sociedade?
Seria talvez um regresso à “bitola” do homem das selvas.
Carlos Fiúza
O nosso Roubim dos Bosques (rouba aos pobres para dar aos ricos) afinal também usa o lápis azul!!
Ass. PS engavetado
ainda querem mais do que aquilo que têm? Deviam era cortar ainda mais e exigir trabalho, para ver se um simples caso não demora anos...
Este sr.ganhava mais se estivesse calado!!!!!! O subsidio de 775 euros para arrendar uma casa é mais do que o ordenado de muito boa gente! Queixa-se a classe mais privilegiada! Por amor de DEUS! Mas queixam-se do quê??? Deve ser dos fracos ordenados, das regalias q n têm? Tenham mas é vergonha nessa cara, isto é mesmo gozar com quem pouco ou nada tem. Com o que ganham deveriam, como qq outro trabalhador, pagar as despesas inerentes ao dia a dia q a profissão exige. Há quem ande de terra em terra, nomeadamente os professores contratados, e não é por isso que ganham mais, ou recebem apoio para alojamento! Há quem vé para os Açores e tb paga as viagens do próprio bolso! N ha qq apoio. E desengane-se quem pensa q quem vai para os Açores dar aulas recebe mais por isso! Esta gente ja me mete NOJO! É só mamões!
JUÍZES SÃO PAGOS PARA INCOMODAR?
«O presidente da Associação Sindical dos Juízes diz que há uma perseguição dos políticos aos magistrados: "Estamos a pagar a factura de ter incomodado, nas investigações e no trabalho jurisdicional que fazemos, os boys do Partido Socialista." Temos assim que para o juiz António Martins o Estado português se explica como uma luta entre polícias e ladrões. Cá de baixo, sinto-me pequenino. Amanhã, uns colegas do Martins investigam e processam um ministro ou um deputado, e vejo o acusado a responder à la Martins: "Eu não fiz nada! Esses procuradores e esses juízes é que se estão a vingar porque eu pertenço ao Governo [ou ao Parlamento] que lhes tirou 20% de subsídio de renda de casa." Bola de pingue-pongue é o que me sinto entre raquetas de chantagistas. Com uma diferença. Se os deputados no dia 29, aprovando o Orçamento do Estado, cortarem os tais 20% aos magistrados, estão a zelar pelas contas públicas. Bem ou mal, é discutível, mas fazem aquilo para que são pagos. Já o juiz Martins quando se refere à actividade dos seus escolhe um verbo peculiar: incomodar. Mas eu pago-lhes para incomodar?! Eu pago aos magistrados para investigarem os criminosos e condenar. Qual a lista dos deputados e ministros condenados? É que isso de incomodar não é de órgão de soberania, é de quem sopra acusações e depois nada prova. E a esses eu tirava 100% do subsídio de renda. » [DN]
A ESPINHA DA DEMOCRACIA
«Esta semana, o presidente da associação sindical dos juízes, António Martins, protestou contra as medidas de austeridade orçamental, afirmando serem os juízes os principais destinatários por, e cito, "terem incomodado os boys do PS". Martins garantiu mesmo que desde 2005 estaria em causa "partir a espinha aos juízes". Seria natural que, face a estas extraordinárias acusações, os media acorressem a ouvir os pares de Martins e solicitassem ao Conselho Superior da Magistratura uma reacção; seria curial que juízes viessem a terreiro para, por iniciativa própria, se demarcarem daquilo que, apresentado como reacção a uma alegada guerra do Governo e do PS aos juízes, é antes uma declaração de guerra de um representante dos juízes a um governo e a um partido, pondo em causa a dignidade e a independência de toda a judicatura. Mas nada, silêncio. Apenas o também juiz desembargador Rui Rangel, na sua coluna no Correio da Manhã, qualificou as declarações de Martins de "tiro de canhão no pé" que "abala a confiança do povo nos juízes e na Justiça".
Não está em causa o direito de Martins, enquanto dirigente sindical ou mero juiz, protestar contra a diminuição do seu pecúlio; mas as acusações que faz ao Governo são do mesmo teor difamatório e injurioso que as que, a propósito da sua actividade como juiz, garantissem ser a sua obsessão com o PS e o Governo tal que não hesitaria em, caso a ocasião se lhe deparasse em tribunal, decidir contra tudo o que lhe cheirasse a um ou outro. Adivinha-se que o juiz Martins consideraria tal uma calúnia e exigiria dela provas em tribunal; mas adivinha-se também que o juiz Martins acha que a lei não se lhe aplica. É crível que ache até do Estatuto dos Magistrados Judiciais, que proíbe qualquer actividade político-partidária, ser só para enfeitar (ou então actividade político-partidária é só participar em comícios ou tempos de antena de partidos, vai-se a ver).
Afinal, o juiz Martins faz parte de uma classe que, criada para julgar os erros dos outros, faz profissão de fé de nunca admitir os seus e de se colocar imperialmente acima dos restantes mortais e até da lei. É muito comum nas corporações este tipo de atitude: considerar que a dignidade advém do privilégio (vide a decisão do Supremo Tribunal Administrativo que, em nome do "estatuto único" dos magistrados, fixa a respectiva idade de aposentação nos 60 anos, considerando não se lhes aplicar a lei de 2005 que aumenta progressivamente a idade de reforma até aos 65 anos em 2015 para todos os servidores do Estado), em vez de, como é evidente, admitir e praticar o contrário.
Ao garantir aos juízes irresponsabilidade quanto aos efeitos das suas decisões, a Constituição multiplicou-lhes, em tudo o resto, responsabilidade. Fez deles a espinha dorsal da democracia - assim o mereçam, assim provem tê-la. » [DN]
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