O Movimento Cívico pela Linha do Tua perdeu uma batalha mas diz que ainda não perdeu a guerra. Não conseguiu parar a barragem do Tua e a consequente destruição dos últimos 16 quilómetros da via-férrea, mas o porta-voz do Movimento realça que há mais linha no Nordeste Transmontano, o que justifica que a organização mantenha a sua actividade. “Não vai ser extinto porque a linha do Tua não são só os 54 quilómetros entre o Tua e Mirandela. Dão 134 até Bragança” salienta Daniel Conde. Além disso “há também a oportunidade de prolongar a linha até Puebla de Sanabria que vai ter uma estação de alta velocidade em breve”. Uma situação que, assegura, contrasta com o que se passa noutros países. “Portugal foi o único país da Europa Ocidental que nos últimos 20 anos perdeu passageiros no caminho-de-ferro” refere, acrescentando que “no mesmo período de tempo, Espanha ganhou 150% de passageiros. A política do caminho-de-ferro em Portugal é que é desastrosa”. Contra este desastre português, o Movimento Cívico pela Linha do Tua promete continuar a bater-se pela melhoria dos transportes ferroviários na região. CIR/Brigantia
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2 comentários:
Em relação ao artigo acima publicado recentemente na Rádio Brigantia, temos a dizer que:
Ao contrario do que ali está escrito, e para desgosto de alguns, o MCLT está longe de estar vencido. Este grupo, que se resumia em 2006 a um pequeno circulo de amigos, teve desde esses tempos uma grande adesão de simpatizantes.
Assistimos, resistimos e sobrevivemos ao governo Socrático, que tudo fez para levar adiante uma barragem que não é necessária, que custaria uma avultada quantia de que não dispomos, e que destrói património muito mais valioso do que alguma vez a barragem poderá representar.
Assistimos à distância ao abandono e descrédito dos projectos desconcertados do aeroporto da OTA, linhas de "TGV" que ligam a fronteira de Espanha a lugar nenhum, metro-Mondego que sem ter sido construído já está falido, ex-SCUTS onde implantaram portagens caríssimas, parcerias público privadas ruinosas para o Estado, e toda a ordem de obras inexplicáveis que juraram não iam custar um cêntimo aos contribuintes e agora temos o FMI a apresentar as facturas desses desgovernos e a impor a "austeridade" aos que ainda não abandonaram o nosso depauperado Estado.
Entretanto dizem que a Linha do Tua tem que encerrar pois não é sustentável, pois os milhares de Euros ali investidos fazem falta, talvez no buraco de milhões do escândalo do BPN...
Aqui estamos hoje, sem barragem ainda e com a linha parcialmente destruída, mas não é uma situação irreversível. Provavelmente o governo mudará em Junho.
Apelamos aos novos responsáveis que suspendam enquanto é tempo o gravoso projecto da barragem. A EDP poderá conservar a concessão, como seu activo, e por via da agência que constituiu com as autarquias relançar e explorar a Linha do Tua. Se uma linha substituta foi orçamentada num valor superior ao da própria barragem, não valerá a linha original muito mais?
Com o petróleo e os combustíveis em máximos históricos, não será cada vez mais lucrativo apostar em transportes alternativos ao automóvel?
Não seria vantajoso para a EDP ficar na história como "Mecenas" da Linha do Tua ajudando a sua preservação e promovendo a sua classificação como Património Nacional, em vez de patrocinar a sua destruição como os Talibans?
Convidamos o Governo que emergir em Junho a contemplar o nordeste de Portugal não como uma colónia para explorar, mas um território com grande potencial e valores autênticos que vale a pena defender e rentabilizar para benefício do país. A desertificação e destruição do nordeste empobrecem e envergonham o nosso país e é urgente inverter o rumo dos últimos tempos.
O desenvolvimento económico das regiões engrandece e enriquece Portugal, nunca como hoje precisamos tanto de estratégias para vencer e garantir um futuro melhor.
Desenvolva-se pois a Linha e o Vale do Tua, que poderão ser mais uma riqueza para Portugal!
http://www.rba.pt/noticias.php?id=2102
Ambiente
Demissão do Governo atrasa Associação de Desenvolvimento do Vale do Tua
A situação política que vive o país, com a demissão do primeiro-ministro e o Estado a cargo de um Governo de gestão, pode atrasar a operacionalização da Associação de Desenvolvimento do Vale do Tua.
Em causa o protocolo a celebrar com o ICNB para a transferência de parte do Fundo de Gestão Ambiental, que deverá agora ser adiado para depois das eleições de 5 de Junho.
“Para funcionarmos temos de assinar um protocolo para o ICNB transferir os três por cento para agência, se não não temos dinheiro. Não se o Governo agora o faz enquanto está em gestão”, disse à RBA o presidente da autarquia de Mirandela, José Silvano.
Adiada deverá ficar, também, a eleição de um presidente para a associação.
“Nós agora constituímos a associação. Depois temos de fazer eleições quando for para discutirmos os protocolos com o ICNB para a transferência de dinheiro, mas essa situação ainda não foi tratada”, explicou ainda o presidente da Câmara de Mirandela.
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