O Movimento Cívico pela Linha do Tua (MCLT) acusou hoje o ministro dos Transportes de «total desrespeito» pelos habitantes do vale do Tua por ter faltado à audição, na Assembleia da República, sobre a ferrovia transmontana.
A reunião da Comissão Parlamentar de Obras Públicas para ouvir o ministro foi agendada por iniciativa do Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) e estava marcada para sexta-feira, mas António Mendonça não compareceu.
O MCLT manifesta, em comunicado, “a sua indignação pela atitude de total desrespeito manifestada pelo ministro para com a Assembleia da República e, sobretudo para com os habitantes do vale do Tua, com a sua ausência inesperada”.
O movimento questiona também a tentativa de o ministro se fazer substituir pelo secretário de Estado dos Transportes e a posição da deputada socialista e ex-secretária de Estado, Ana Paula Vitorino, que acusou os partidos da oposição de quererem fazer “chicana política e de não estarem interessados em ser esclarecidos ao rejeitarem a substituição”.
“Se o secretário de Estado está tão a par da realidade das vias estreitas do Douro, o que se passou então no lamentável episódio de Abril último, em que manifestou total desconhecimento sobre a situação da linha do Corgo, enquanto recebia três autarcas trasmontanos servidos por esta via?”, questionam os defensores da ferrovia.
Para o MCLT, “este tem sido o modus operandi deste e do anterior Governo, que tudo têm feito para se esquivarem a perguntas incómodas sobre um tema para o qual não conseguem arranjar nenhuma base de sustentação - a construção criminosa da barragem do Tua - agindo assim à margem da democracia e numa linha que se confunde de forma notável com a de uma qualquer ditadura”.
A linha do Tua esta encerrada na maior parte da sua extensão há quase dois anos, desde o acidente de agosto de 2008, o último de quatro acidentes com outras tantas vítimas mortais.
Entretanto recebeu “luz verde” a barragem de Foz Tua que vai submergir 16 quilómetros da via férrea.
De acordo com informações prestadas pela EDP à Lusa, a empresa deverá concluir ainda este mês a entrega de toda documentação exigida pela Declaração de Impacto Ambiental.
Uma das obrigações impostas é o estudo de mobilidade na zona afetada, incluindo a alternativa ferroviária que a EDP descarta apontando como alternativa à perda do comboio, as viagens de barco e de autocarro.
Toda a documentação apresentada pela EDP será analisada pela Agência Portuguesa do Ambiente e competirá ao Governo decidir se a barragem avança e a linha do Tua encerra ou não definitivamente.
O MCLT classifica de ”indesculpáveis os atrasos em relação à linha” e responsabiliza o Governo pelos “avultados prejuízos que a situação está a causar à Câmara e ao Metro de Mirandela, que assegura o transporte na via ao serviço da CP.
“Têm suportado estoicamente custos motivados pela cobiça do Governo e da EDP por impedir ou dificultar ao máximo a deslocação diária de centenas de passageiros locais, e pelo decréscimo do número de turistas que se deslocam na Linha do Tua e do efeito que têm sobre o comércio da região”, refere.
O movimento exorta os “responsáveis políticos a terem vergonha e sentido de honra e compromisso para com os cidadãos”.
Lusa, 2010-06-08
A reunião da Comissão Parlamentar de Obras Públicas para ouvir o ministro foi agendada por iniciativa do Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) e estava marcada para sexta-feira, mas António Mendonça não compareceu.
O MCLT manifesta, em comunicado, “a sua indignação pela atitude de total desrespeito manifestada pelo ministro para com a Assembleia da República e, sobretudo para com os habitantes do vale do Tua, com a sua ausência inesperada”.
O movimento questiona também a tentativa de o ministro se fazer substituir pelo secretário de Estado dos Transportes e a posição da deputada socialista e ex-secretária de Estado, Ana Paula Vitorino, que acusou os partidos da oposição de quererem fazer “chicana política e de não estarem interessados em ser esclarecidos ao rejeitarem a substituição”.
“Se o secretário de Estado está tão a par da realidade das vias estreitas do Douro, o que se passou então no lamentável episódio de Abril último, em que manifestou total desconhecimento sobre a situação da linha do Corgo, enquanto recebia três autarcas trasmontanos servidos por esta via?”, questionam os defensores da ferrovia.
Para o MCLT, “este tem sido o modus operandi deste e do anterior Governo, que tudo têm feito para se esquivarem a perguntas incómodas sobre um tema para o qual não conseguem arranjar nenhuma base de sustentação - a construção criminosa da barragem do Tua - agindo assim à margem da democracia e numa linha que se confunde de forma notável com a de uma qualquer ditadura”.
A linha do Tua esta encerrada na maior parte da sua extensão há quase dois anos, desde o acidente de agosto de 2008, o último de quatro acidentes com outras tantas vítimas mortais.
Entretanto recebeu “luz verde” a barragem de Foz Tua que vai submergir 16 quilómetros da via férrea.
De acordo com informações prestadas pela EDP à Lusa, a empresa deverá concluir ainda este mês a entrega de toda documentação exigida pela Declaração de Impacto Ambiental.
Uma das obrigações impostas é o estudo de mobilidade na zona afetada, incluindo a alternativa ferroviária que a EDP descarta apontando como alternativa à perda do comboio, as viagens de barco e de autocarro.
Toda a documentação apresentada pela EDP será analisada pela Agência Portuguesa do Ambiente e competirá ao Governo decidir se a barragem avança e a linha do Tua encerra ou não definitivamente.
O MCLT classifica de ”indesculpáveis os atrasos em relação à linha” e responsabiliza o Governo pelos “avultados prejuízos que a situação está a causar à Câmara e ao Metro de Mirandela, que assegura o transporte na via ao serviço da CP.
“Têm suportado estoicamente custos motivados pela cobiça do Governo e da EDP por impedir ou dificultar ao máximo a deslocação diária de centenas de passageiros locais, e pelo decréscimo do número de turistas que se deslocam na Linha do Tua e do efeito que têm sobre o comércio da região”, refere.
O movimento exorta os “responsáveis políticos a terem vergonha e sentido de honra e compromisso para com os cidadãos”.
Lusa, 2010-06-08
1 comentário:
Porque será, porque será, porque será que " Os Verdes " são tão vermelhos ??? mj
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