sexta-feira, 11 de junho de 2010

Distrital do PSD contra encerramento de escolas

A comissão política distrital do PSD vai opor-se ao encerramento de escolas primárias na região com menos de 21 alunos.
O presidente da estrutura já tinha anunciado esta posição enquanto autarca de Mirandela, mas ontem na festa do partido, em Moncorvo, José Silvano anunciou que o PSD não aceita o fecho dos estabelecimentos de ensino sem o consentimento das câmaras municipais.
A distrital está contra este encerramento de escolas” porque “o que se está a passar é uma medida avulsa que vem contrariar o reordenamento que estava nas cartas educativas” explica.
As escolas que tiveram de fechar ou é com o acordo das câmaras e das juntas de freguesia ou nós seremos frontalmente contra porque vem desertificar as aldeias e pôr em causa o planeamento que se fez com o ministério há um ano e meio” e que previa o encerramento das escolas apenas “quando os centros escolares estivessem concluídos, e ainda não estão” salienta.
Os autarcas da região estiveram reunidos, quarta-feira, com o secretário de estado da educação para debater este assunto.
Segundo José Silvano, o governante “foi sensível a este apelo e afirmou-nos que só haverá encerramentos negociados com as autarquias locais. Se não houver acordo, o encerramento pode ser adiado”.
A distrital do PSD contra o encerramento de escolas primárias na região com menos de 21 alunos.
Brigantia

5 comentários:

Unknown disse...

O PCP discorda,o BE também,Os Verdes igualmente,o CDS, neste momento, não sei.Mas o PSD porque razão discorda ele?
Claro que há casos particulares que merecem uma atenção especial.Mas daí, até exigir,para tomar qualquer medida, o acordo das câmaras e (pasme-se) das juntas de freguesia,vai uma grande distância.Se os presidentes das juntas tivessem poder de veto,então mesmo não havendo alunos,ainda assim os professores permaneceriam nas escolas para não haver desertificação:nenhuma aldeia ficaria deserta porque ,pelo menos,teria lá um professor.
As razões apresentadas pela ministra não os convencem:-Não é melhor os alunos serem ensinados por um professor que tenha a seu cargo um ano apenas que quatro anos? Não é preferível os alunos estudarem convivendo do que estando praticamente isolados?
Não será mais fácil ter várias valências(educação física,inglês,música,etc.)num só espaço do que em em diversos e isolados locais?
Penso que o governo está no bom caminho,com isso devemos estar de acordo.Nada impede, no entanto, que se estudem as particularidades de cada caso e que só se ponham em marcha os processos que já tenham condições para avançar.
JLM

Anónimo disse...

falou bem jlm. aliás, seria bem mais importante a manutenção das Urgências. claro que era ridículo haver um professor para zero alunos ou mesmo um. mas continua a ser ridículo (mas isso o governo não mexe nos boys) ter um presidente da junta para um ou dois ou mesmo vinte ou trinta cidadãos.
X-man

Anónimo disse...

O encerramento das escolas e outros serviços publicos é uma inevitabilidade, de facto não hà condições económicas para sustentar um estado de tão grandes dimensões. O que eu ainda não consegui perceber é porque esta reestruturação não começa de cima para baixo, ou seja:
1ºGoverno e seus acessores,
2ºAssembleia da Républica,
3ºCâmaras Municipais,
4ºJuntas de Freguesia,
5ºEmpresas Municipais,
Etc. Etc.Etc
Depois sim, adquire-se moral para avançar noutras direcções. E tenho esperança que se fosse este o caminho a seguir quando chefasse às escolas já haveria algum não politico que por acaso estivesse no governo e que chegaria a conclusaõ que era necessário fixar gente no interior e que por isso seria necessário reabrir serviços e obrigar os que ainda existem a tratar bem e com o minimo de competêcia as gentes resistentes,porque entre não ter serviços e ter os que temos,é preferivel não ter nenhum.

Anónimo disse...

Grande "chico esperto" este Silvano. Diz então ele que "“As escolas que tiveram de fechar ou é com o acordo das câmaras e das juntas de freguesia ou nós seremos frontalmente contra" Ora, como se pode ler do comunicado do Governo, também é essa a posição do Governo: -
"Reordenamento da rede escolar melhora ensino público

2010-06-01

O Conselho de Ministros de 1 de Junho aprovou uma Resolução que define os critérios de reordenamento da rede escolar, de forma a adaptá-la à escolaridade obrigatória de 12 anos, favorecer a promoção do sucesso escolar e combater o abandono e consolidar a organização dos agrupamentos de escolas. Foi decidido que, em regra, os estabelecimentos públicos do 1.º ciclo do ensino básico deverão funcionar com um mínimo de 21 alunos, minorando os riscos de abandono e insucesso escolar, que são comprovadamente mais elevados nas escolas de menores recursos.

A programação do encerramento das escolas, que não cumpram o referido requisito mínimo, a concretizar no próximo ano lectivo ou, no limite, até ao final do ano lectivo de 2010-2011, será definida em articulação com as câmaras municipais competentes, de modo a que os alunos a transferir, cerca de 3,5% do universo do ensino do primeiro ciclo, sejam encaminhados para centros escolares recentes e criando também soluções em matéria de rede de transporte escolar."
Depois diz ele, que o encerramento das escolas provoca a desertificação. Então e até aqui, que havia escolas e professores, quem provocou a desertificação ?

Unknown disse...

Claro que assim como se impõe a reorganização escolar,também se impõe a reorganização administrativa(câmaras e juntas),a reorganização judicial e a reorganização da saúde.
Se não fizermos estas reorganizações,para tornarmos os respectivos serviços mais eficientes e mais baratos,corremos o risco de eles se tornarem menos úteis,menos eficientes e mais caros e,em consequência,insustentáveis.
Defender,actualmente mais que nunca,os serviços não se traduz apenas e sobretudo na luta pela sua manutenção mas,acima de tudo,na luta pela sua modernização,pela economia de meios,em suma,pela sua sustentabilidade e eficácia.
Para isso,é preciso não contemporizar excessivamente com um espírito conservador,que apenas quer estar parado,como se nos dias de hoje isso fosse possível.
JLM