segunda-feira, 14 de março de 2011

Linha do Douro: Associação transfronteiriça iniciou a limpeza da linha que ligava o Porto a Salamanca

Cerca de três dezenas de voluntários portugueses e espanhóis iniciaram no passado fim-de-semana a limpeza de um troço da linha de caminho de ferro que liga as estações de Fuentes de San Esteban (Espanha) e o Pocinho (Vila Nova de Foz Côa).
Esta primeira intervenção levada a efeito pela Associação transfronteiriça Todavía teve início na localidade de Lumbrales (Espanha) estando programada a conclusão dos trabalhos de limpeza e desobstrução da via para o próximo mês de Abril.
O representante espanhol da associação Todavía, José Herrero, disse que as instituições e governos ibéricos não encontraram uma saída para o futuro da linha e por esse motivo teve se mobilizar a sociedade civil de ambos os lados da fronteira para se encontrar uma solução para dar vida à via.
Nem a chuva que se faz sentir demoveu os voluntários de levarem a efeito um trabalho que consideram “cívico” de “enriquecimento cultural e turístico” de uma região afastada dos centros de decisão como Madrid ou Lisboa.
No projecto de revitalização da ferrovia colaboraram pessoas sem interesses económicos ou pessoal, apenas se movem utilizando as suas máquinas e ferramentas para transformar uma legado histórico num ponto de interesse cultural e turístico,” salientou o responsável.
Os defensores da ferrovia do Douro que fazia a ligação entre o Porto e Salamanca garantem que não querem com as suas acções “denunciar” nada, mas apenas “actuar em defesa do património ferroviário".
A ideia passa por abranger todo o traçado de linha férrea entre Fuentes de San Estaban-Lumbrales-Barca d’Alva- Pocinho- Estação do Côa.
Há uma série de pequenos veículos movidos a energia solar, a pedais ou até mesmo a outros tipos de combustíveis” que poderão ali circular sem obrigar a grandes intervenções nos túneis ou outras obras de arte” garantiram os responsáveis da associação Todavía.
A região transfronteiriça do Douro internacional esta dotada de verdadeiras “obras de arte do testemunho deixado pelos impulso dos caminhos-de-ferro”, mas também “por obra da natureza”.
São estas vertentes que terão de ser aproveitadas no futuro para fazer convergir à região transfronteiriça do Douro, um desenvolvimento sustentável tão necessário,” defendem os partidários da via transfronteiriça.A linha do douro ente Fontes de San Esteban e o Pocinho tem cerca de 20 quilómetros e extensão estando desactivada há mais de duas dezenas de anos. RBA

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