quinta-feira, 31 de março de 2011
O que se disse... ABC Diário Digital - Espanha
Daqui e dali... Henrique Raposo
quarta-feira, 30 de março de 2011
Sede da agência de desenvolvimento do Tua em Mirandela não é consensual
terça-feira, 29 de março de 2011
Daqui e dali... Carlos Fiúza
Agência de desenvolvimento do Vale do Tua já está constituída

A agência conta com um capital social de 50 mil euros repartido pelas cinco autarquias da área de abrangência da linha do Tua, que detêm 51%, e a EDP que fica com 49%. Inicialmente, a agência vai dispor de um fundo de desenvolvimento de vinte milhões de euros. Dos quais, nove milhões correspondem à antecipação por parte da EDP de dez anos de rendas aos municípios, para projectos indutores de desenvolvimento. Somam-se mais nove milhões de euros de adiantamento para explorar e tratar o parque natural que vai ser feito à volta da barragem, sendo que a EDP fica com uma verba de 1,7 milhões para criação de auto-emprego e 500 mil euros para o funcionamento e montagem desta associação. Em troca da barragem, vão também ser investidos 35 milhões de euros para criar um novo plano de mobilidade que implica um pequeno troço de via-férrea da estação do Tua ao paredão, um funicular, dois barcos para levarem os passageiros até à Brunheda e comboio até Mirandela. Parte do investimento será assegurado por fundos comunitários, sendo a comparticipação nacional de dez milhões de euros, assegurada pela EDP.
“Estávamos abertos a fazê-lo e junto com os autarcas conseguimos estabelecer um programa que vai de encontro ao desejo de todas as autarquias e no qual a EDP disponibilizou um valor na ordem dos 10 milhões de euros” confirma Ferreira da Costa, administrador da empresa, acrescentando que “foi o que achamos que deveríamos fazer pelo facto de querermos desenvolver uma região”. O autarca de Alijó faz questão de sublinhar as mais-valias desta agência dizendo que é uma solução exemplar, em Portugal em matéria de construções de aproveitamentos hidroeléctricos. “Pela primeira vez não há apenas um indemnização pelos terrenos que são ocupados, há uma estratégia de desenvolvimento para todo o vale do Tua articulado entre poder locais, regionais e centrais e entre a empresa que vai fazer este empreendimento” refere Artur Cascarejo, acrescentando “foi feito o levantamento de um conjunto de projectos que com este investimento podem ser alavancados em termos de fundos comunitários”.
Já o autarca de Mirandela assume a luta perdida pela linha do Tua. José Silvano diz que agora é tempo de lutar pelas compensações adequadas para esta região. “Perdi a luta da linha a favor da barragem, agora tenho de lutar pelas contrapartidas dessa barragem” afirma o presidente da câmara, salientando que “há que defender as populações daquilo que perderam”. Os autarcas dizem que é preciso lutarem pela coesão e desenvolvimento do vale do Tua, mas o autarca de Murça já avisou que vai estar atento. “Eu lutarei para que os projectos de uma forma igualitária para todos os municípios” afirma João Luís Teixeira. Tudo aponta para que no início do Verão estejam prontos os primeiros projectos para a região do Vale do Tua. O vice-presidente da CCDRN considera que esta agencia e o resultado de um trabalho meritório dos autarcas da região e que agora é preciso saber aproveitar os investimentos.“Estamos a falar de valores extremamente avultados e alguns deles podem ser alavancados com envelopes dos fundos comunitários” afirma Paulo Gomes, salientando que “são transferências durante o tempo de vida da barragem que é mais de seis décadas”. O responsável acrescenta que “nós temos oportunidades únicas que permitem construir estes territórios em função dos seus valores e subunidades de paisagem que interessa privilegiar”. CIR/Brigantia
segunda-feira, 28 de março de 2011
Daqui e dali... Henrique Raposo
domingo, 27 de março de 2011
sábado, 26 de março de 2011
Daqui e dali... João Lopes de Matos

Todos os partidos políticos afirmam que a saída da crise (para além de outras medidas como a redução dos serviços e funcionários públicos) reside no desenvolvimento económico dos diversos sectores. Os conservadores dão a entender que a solução está em repor as actividades que existiam, entretanto destruídas,' segundo eles, sobretudo por causa da U.E. e de políticas erradas.
Vejamos, com algum cuidado, a evolução dos principais ramos: agricultura, indústria e serviços.
Quanto à agricultura, ela tem evoluído, no interior, ao longo dos anos, de uma actividade de subsistência para uma quase agricultura moderna, com um cariz muito semelhante ao sector industrial: mecanização, redimensionamento das empresas, cálculo contabilístico.
O que fez mudar a agricultura? Abandono propositado dos poderes públicos?
Parece-me ter sido, sobretudo, o abandono para o estrangeiro e para o litoral de grande parte da população rural, que não conseguia melhorar o seu nível de vida na maneira bucólica de viver, de que tanto gostava e de que todos os anos ainda agora mata saudades nas férias, a causa principal da mudança.
Estamos, no momento presente, a dar, sem querer, a estocada final no moribundo mundo rural e a paulatinamente provocar o advento do novo mundo: têm aparecido culturas já modernas mas ainda há muita coisa votada ao abandono sem se saber por enquanto qual o destino a dar-lhe.
Mas teremos, de futuro, um redimensionamento da propriedade e a introdução de novas iniciativas, que trarão, com certeza, uma nova agricultura.
O emprego, no entanto, limitar-se-á a ser sazonal ou contínuo mas diminuto.
Não dará, de certeza, para aumentar a população e para revitalizar as freguesias.
Manter-se-ão certos agregados urbanos de uma dimensão razoável, onde as pessoas viverão e de onde se deslocarão para tratar das explorações agrícolas.
Não haverá, de modo algum, um retroceder aos tempos antigos como solução dos problemas do interior.
Fiquemos hoje pela agricultura.
João Lopes de Matos
Daqui e dali... Henrique Raposo
De uma forma um tanto despudorada, está em curso uma narrativa mui científica, a saber: todos os partidos são responsáveis pela actual crise económica e financeira. É como se a nossa crise económica tivesse sido provocada na última semana e não nos últimos 15 anos. E como é bonito ver comentadores a usar aquele cliché taberneiro do "são todos iguais". Que beleza. Que bela forma de diluir as culpas de Sócrates e do PS. Sócrates está no poder há seis anos, o PS governou os últimos 15 anos (perdão: governou, vá, uns 85% dos últimos 15 anos), mas a culpa é de todos, a culpa também é do PSD e do CDS, e, já agora, do BE, e do PCP. O POUS também tem culpa?
Em 2009, numa total negação da realidade, Sócrates venceu eleições prometendo mais Estado, isto é, mais endividamento do Estado, isto é, mais dívida do Estado. Era o TGV, era o Aeroporto, era o cheque-bebé, era jogar dinheiro público (ou melhor, dinheiro dos credores) para cima de tudo o que mexia. Antes das eleições, no momento mais populista de todos, o PS baixou o IVA e aumentou em 3% os funcionários públicos. Durante todo este período, Sócrates insultava todos aqueles que criticavam estas medidas. Manuela Ferreira Leite e Paulo Portas eram retrógrados, bota-abaixistas, inimigos da modernidade (o meu favorito).
Na quarta-feira, sem admitir os erros, Teixeira dos Santos adoptou o discurso económico de Manuela Ferreira Leite e Paulo Portas . Mas não sei, vejam lá, se calhar a culpa é do PCTP-MRPP.
quinta-feira, 24 de março de 2011
Daqui e dali... Manuel Maria Carrilho
Humildade e verdade são, a meu ver, os parâmetros essenciais para se ultrapassar o difícil momento que o País que está viver. Humildade, porque é preciso reconhecer que a situação actual é o resultado de alguns graves erros cometidos nos últimos anos, sobretudo desde a Primavera de 2008, quando a crise se anunciou em toda a sua gravidade, e desde o Outono de 2009, quando se arriscou a constituição de um governo minoritário. E verdade, porque só com uma exigente autenticidade sobre a nossa situação e as suas principais causas se conseguem repor as condições de credibilidade, de coesão social e de eficácia, que são nucleares para se dar a volta à situação.
É um momento de não retorno, seja qual for o destino parlamentar do chamado PEC IV, cuja rejeição é dada como certa no momento em que escrevo (quarta-feira de manhã). E também de balanço: do balanço de um reformismo que teve na mão, em 2005, a rara oportunidade de conduzir uma mudança histórica no nosso país, em condições de absoluta excepção. E que não o conseguiu porque cedo trocou o diálogo pela arrogância, a comunicação pela manipulação e o reformismo pelo "agitismo", numa infeliz espiral de generalizada incompetência, onde se desperdiçaram as melhores energias.
De resto, seria bom perceber que a generalizada erosão que atinge hoje a legitimidade da política e a credibilidade dos partidos se deve sobretudo a isto: à crescente percepção popular da sua extraordinária incompetência, bem como da incompetência - e quantas vezes do negocismo -, das elites que lhe estão mais associadas. E há momentos em que a incompetência se pode tornar num risco para a própria democracia.
A crise internacional - do subprime, do euro - teve, claro, o seu papel, e ele foi de relevo. Mas, sobretudo, ela expôs e intensificou o que até aí tinha sido desvalorizado ou ocultado pelo optimismo oficial. Agora, enfrentamos a mais difícil crise das últimas décadas, começa a ser preciso recuar mesmo muito tempo para se encontrarem dados tão preocupantes como os que temos hoje em domínios como os da falta de crescimento (90 anos), da dívida pública (160 anos) ou do desemprego (80 anos).
É por isso que digo que, para se poder avançar para um futuro diferente, precisamos de uma ética da responsabilidade assente na humildade e na verdade. É com humildade que é preciso reconhecer que o programa que venceu as legislativas de 2009 foi, na realidade, abandonado há muito. Basta lembrar que nele não havia nem aumento de impostos, nem atrofia das prestações sociais, nem corte de salários. E que, bem pelo contrário, o que se prometeu foi um crescimento alavancado num investimento público que, simplesmente, se esfumou...
quarta-feira, 23 de março de 2011
terça-feira, 22 de março de 2011
Abraço ao Tua – Dia 27 de Março pelas 15h – na Foz do Tua
O que se disse... Daniel Oliveira
sábado, 19 de março de 2011
sexta-feira, 18 de março de 2011
O que se disse... António Costa

Daqui e dali... João Cândido da Silva
Na história que conta a batalha pela sua sobrevivência política, José Sócrates está disposto a fazer tudo. Mas o que não fez nos últimos dias é tudo menos irrelevante.
quinta-feira, 17 de março de 2011
Daqui e dali... Henrique Raposo
Daqui e dali... Daniel Oliveira
Na versão de Sócrates, o que foi apresentado e elogiado pela Europa não são mais do que propostas. É falso. São propostas fechadas. Que não foi negociado com a Europa. É falso. É a moeda de troca para garantir que o FMI não virá e que será encontrada outra forma de auxílio externo. Que está apenas a tentar precaver uma situação difícil. É falso. A situação difícil já aí está. Que está aberto a propostas da oposição. É falso. Qualquer proposta de oposição que seja mais do que um mero adereço impedira esse acordo com a Europa e, muito em especial, com a senhora Merkel.
Na terça-feira, José Sócrates fez o que faz sempre, mas de forma ainda mais despudorada: simulou uma realidade que todos sabemos só existir nas suas palavras e construiu toda a sua argumentação com base nas suas próprias mentiras. É o que fazem os mitómanos. Só não sabemos se, como eles, Sócrates acredita nas suas próprias mentiras.
As mentiras de Sócrates não fazem aumentar o défice ou as taxas de juro. Não é por temos como primeiro-ministro um homem em que a coincidência dos factos com as suas palavras só acontece por mero acaso que estamos na situação económica em que estamos. Infelizmente, a realidade é bem mais complexa do que isso. E o PEC que Sócrates apresenta, ditado pela cegueira europeia, não resolverá coisa nenhuma.
quarta-feira, 16 de março de 2011
Daqui e dali... João Lemos Esteves
1.2. Na forma, eu qualifico a entrevista como positiva para José Sócrates. Apesar das contingências do Governo e do país, José Sócrates apareceu com ar dinâmico, não aparentou cansaço (e nisto a TV costuma ser letal), resposta breve, pronta e rápida. Se tivéssemos acabado de chegar a Portugal, até diríamos que o primeiro-ministro transmite confiança aos portugueses. A jornalista, Ana Lourenço, é encantadora, uma excelente profissional e uma reputada entrevistadora - embora pouco

1.3. Já no conteúdo é que surgem os problemas insanáveis para José Sócrates. É que o Governo chegou a um ponto em que o desnorte é total: não sabe que rumo seguir e nem sequer consegue justificar o seu trabalho, o que faz ou o que diz! O Governo - todos os dias - desacredita-se a ele próprio! O que ficou então da entrevista em termos substanciais? Duas confirmações, uma pseudo-novidade e uma piada de mau gosto.
1.3.1.Duas confirmações: as próximas semanas ficarão marcadas pela vitimização do PS. José Sócrates quer transmitir a ideia de que só a união nacional em torno das medidas de austeridade por si apresentadas, por encomenda de Angela Merkel, defendem o interesse nacional. Mais: ao afirmar que nem sequer pondera que o PSD não viabilize o novo PEC, José Sócrates atira a batata quente para Passos Coelho, apelidando-o de irresponsável e mesquinho por se enredar nos interesses meramente partidários. O primeiro-ministro fez ainda saber que não apresentará nenhum pacote de medidas em Bruxelas se não for o seu. Isto tem um nome: chantagem. José Sócrates está a fazer chantagem com o PSD e - muito mais grave! - com o país. Ou é o pacote de medidas que ele unilateralmente definiu; ou não é nada. Na escola primária, as nossas professoras diziam que chantagear era feio. Para o nosso primeiro-ministro, chantagear é a sua única forma de estar e fazer política, nem que tenha de prejudicar o interesse nacional.
Por outro lado, José Sócrates teve o descaramento de admitir que não ouviu os partidos da oposição, nem tinha de o fazer, pois a sua função não era ficar parado. Confirma-se que José Sócrates tem uma visão peculiar da democracia: quem não é por ele, é contra ele e contra o país. Ouvir os partidos - que amanhã poderão constituir governo e aplicar as medidas de austeridade com que se compromete internacionalmente Portugal - é uma maçada monumental... Com a agravante de José Sócrates liderar um Governo minoritário que sabia que teria de negociar - pelo menos - com o PSD. Isto não é ser lunático e irresponsável?
1.3.2.Uma pseudo-novidade: José Sócrates vai recandidatar-se. Percebe-se: ser primeiro-ministro foi um sonho concretizado para si. Agarrou-se de tal forma ao poder que só sairá forçado - ainda que arrisque uma derrota impiedosa. Não é novidade: José Sócrates acha-se o "primeiro-ministro Sol", que incorpora o interesse nacional e tem um direito divino a governar. Até ao dia em que os portugueses o vão desmentir...
1.3.3. Piada de mau gosto: então não é que José Sócrates - com ar blazé - diz compreender a Geração à Rasca? Lágrimas de crocodilo: o seu Governo agravou drasticamente as oportunidades da juventude portuguesa. No presente e no futuro. E foi o partido de José Sócrates que, na última década, mais ajudou a afundar Portugal. Continuamos no pântano...mas ninguém é responsável. Claro...
Câmara de Carrazeda entrega escolas desactivadas

São maioritariamente juntas de freguesia, mas também há associações, clubes e centros sociais e paroquiais.
O presidente da Câmara entende que esta foi a solução para não deixar degradar aquele património “e pô-lo ao serviço da populações”. A utilidade que terá “depende muito do projecto de aproveitamento que cada instituição apresentou” refere José Luís Correia.
Em alguns casos, as instalações das escolas desocupadas já estavam a ser utilizadas ao abrigo de anteriores protocolos.
É o caso da de Foz-Tua.
“Já há algum tempo que nós tínhamos requisitado a escola à câmara. Já está a funcionar como associação e todos os sábados temos um grupo de ATL com as crianças do Tua” explica Artur Sequeria, do clube local.
Também na Brunheda o clube da terra já estava a utilizar a velha escola para centro de convívio.
“É para o pessoal da aldeia porque não temos nada em termos de cafés” adianta Carlos Pinheiro. Uma iniciativa para ajudar “as pessoas a passar o tempo”. “Já lá gastámos quase quatro mil euros em renovação de portas e janelas” salienta.
O presidente da Câmara de Carrazeda revela que há três escolas que não entraram no pacote de imóveis cedidos.
“A escola de Seixo de Ansiães, uma de Castanheiro de Norte e a de Linhares” revela o autarca, acrescentando que “vamos prepará-las para se tornarem centros de convívio e de lazer para as populações porque são aldeias bastantes grandes e não tem qualquer IPSS que já deveriam ter há alguns anos”.
Ao todo foram cedidas 26 escolas desactivadas a juntas de freguesia, associações, clubes e centros sociais e paroquiais.
O protocolo vigora por um período de 10 anos e a título gratuito.
CIR/Brigantia
terça-feira, 15 de março de 2011
Governo prepara redução do IVA para o golfe

Daqui e dali... Henrique Raposo
segunda-feira, 14 de março de 2011
Linha do Douro: Associação transfronteiriça iniciou a limpeza da linha que ligava o Porto a Salamanca

domingo, 13 de março de 2011
Adaptação moderna de "Os Lusíadas"
As sarnas de barões todos inchados
Eleitos pela plebe lusitana,
Que agora se encontram instalados
Fazendo aquilo que lhes dá na gana
Nos seus poleiros bem engalanados,
Mais do que permite a decência humana,
Olvidam-se do quanto proclamaram
Em campanhas com que nos enganaram!
II
E também as jogadas habilidosas
Daqueles tais que foram dilatando
Contas bancárias ignominiosas,
Do Minho ao Algarve tudo devastando,
Guardam para si as coisas valiosas.
Desprezam quem de fome vai chorando!
Gritando levarei, se tiver arte,
Esta falta de vergonha a toda a parte!
III
Falem da crise grega todo o ano!
E das aflições que à Europa deram;
Calem-se aqueles que por engano.
Votaram no refugo que elegeram!
Que a mim mete-me nojo o peito ufano
De crápulas que só enriqueceram
Com a prática de trafulhice tanta
Que andarem à solta só me espanta.
IV
E vós, ninfas do Coura onde eu nado
Por quem sempre senti carinho ardente
Não me deixeis agora abandonado
E concedei engenho à minha mente,
De modo a que possa, convosco ao lado,
Desmascarar de forma eloquente
Aqueles que já têm no seu gene
A besta horrível do poder perene!
sexta-feira, 11 de março de 2011
Exposição " Rótulos e Cartazes do Vinho do Porto" - Pombal - 13 de Março
Daqui e dali... Tiago Mesquita

Vi-o sorrir. O Presidente falava dos jovens e para os jovens, olhou para o lado, para o siamês que o acompanha para todo o lado, disse algo e sorriu. Este sorriso disse tudo. O olhar comprometido, perdido no vazio. Fez lembrar a versão "Zangado" dos sete anões. Os aplausos que iam acompanhando as muitas verdades debitadas pela nova versão de um mesmo Presidente, que largou o "jarrão da Vista Alegre" style e passou num ápice a líder revoltoso de uma população açaimada, acossada e enraivecida, foram autênticas pedradas a baterem no seu ego gigantesco. Derrubando-o, aos poucos. A raiva era muita e visível. Espumava.
Amanhã é dia 12, e agora pergunto-lhe senhor primeiro-ministro, também está "à rasca"?
Expresso
quinta-feira, 10 de março de 2011
IVA pode travar doação de alimentos

Daqui e dali... Carlos Fiúza
Além da vantagem de nos fazerem pensar que a vida são dois dias e que este edifício corporal que nos envolve tem de ir abaixo algum dia pelos serviços de urbanização da Câmara Universal, as doenças podem dar-nos, por vezes, outras vantagens inesperadas.
Por exemplo, a mim as doenças deram-me isto: assunto de interesse filológico-filosófico.
Venho, assim, falar da saúde e mais ainda da falta de saúde ou doença.
Escusado será definir saúde. Todos sabem o que ela é, e melhor a conhecem os que por ela aspiram e suspiram.
Saúde quer dizer, na essência, a salvação. A salvação de que? A salvação da vida, plena e feliz.
A saúde é a conservação da vida. O estado daquele que se encontrava salvus, isto é, salvo, inteiro, incólume do mal, são, era em latim salus.
Porque é que em português se interroga: “Como vai essa saúde?”. E porque é que se diz: “Boa saúde?”. Porque já no latim salus podia admitir o sentido de bom ou mau estado.
Quando falta a saúde, vem a chamada doença substitui-la.
Se há palavra triste, antipática, temida, essa palavra é doença. Feia pelo que traduz de multidão de males, cortejo de sofrimentos, rio de dores. A doença é como que a personificação do castigo de viver sofrendo.
Doença prende-se com dolens, dolentis, o que sofre, o que sente dor física ou moral.
Vemos assim que no português a palavra antónima de saúde, a doença, contem a ideia predominante de dor.
O nosso Luís de Camões que adjetivou a doença de “pálida”, falou da frialdade do seu toque e esta qualificação é expressiva:
“A pálida doença lhe tocava
Com fria mão o corpo enfraquecia.”
Estes versos camonianos (Os Lusíadas, III, 83) exprimem bem com duas simples palavras (pálida doença … com fria mão) toda a impressionante imagem do sofrimento que nega ou arrefece a vida.
E até se diz: “Boas melhoras”.
Indagarei: haverá melhoras más? Se são melhoras, a que vem o “boas”, com dizer-se “boas melhoras”?
De facto, o dito - Boas melhoras, se arrelia a arrelienta gramática, não arrelia a lógica e a triste verdade da vida, na qual há, de facto, - “boas melhoras” e há as melhoras falsas, ilusórias e, portanto, más.
Mas a doença toca a todos.
E, quando o esqueleto não é bem servido pelas carnes que o envolvem, em geral pede cama, para descansar, porque as forças escasseiam e a posição horizontal, terra a terra, é a mais cómoda.
Estamos doentes, dizem-nos… o País está doente.
Assim o soube pelo “discurso da dor” do Presidente do meu País…
…assim me foi dito que a “doença” minava esta minha Pátria.
Mas o que não me foi dito (mas que fingi ouvir) é que a doença que a todos nos corrói é só de corpo, não de espírito.
A maior riqueza desta vida é a saúde e a maior pobreza a doença.
Pois conservemos a riqueza da saúde espiritual, já que a material está cara muita vez.
Carlos Fiúza
quarta-feira, 9 de março de 2011
Pai da Fartura foi condenado e executado em Carrazeda de Ansiães

Eis alguns exemplos:
“Ó Entrudo, alarga, alarga/ o cemitério do Toural/ o povo fica contente/ e ninguém leva a mal. (…) Ó povo de Carrazeda/ que morte tão bela tens/ em vez de serdes enterrados na terra/ ides ser afogados como cães. O Centro Cívico de Carrazeda/ parece a obra de Santa Ingrácia/ queira Deus que um dia destes/ não haja uma desgraça. Tantos críticos de bancada/ tantos mirones ao sol/ ninguém tem os coisos no sítio/ para restaurar o futebol.”
O presidente da Câmara de Carrazeda, José Luís Correia, assistiu ao cerimonial, mas não tomou as dores do pai da fartura:
“Acho que não há grande razão para isso, nós estamos a fazer tudo o que podemos. Quem faz o que pode não tem razões para ser condenado”, defende o autarca. Depois de pouco mais de 10 minutos de sentença, o pai da fartura lá foi condenado a rebentar:
“Ele está aqui para ser julgado/ perante todos nós/ porque já é uma tradição/ desde o tempo dos nossos avós. Não tenham pena dele/ deste grande gabiru/ com um morteiro dos grandes/ bem enfiado no c*. Com o seu fato domingueiro/ todo cheio de botões/ vai dar tamanho estouro/ vão-lhe rebentar os… calções.”
O rebentamento do pai da fartura concluiu as actividades do dia de Entrudo em Carrazeda de Ansiães, que à tarde teve um cortejo bem participado.
CIR/Brigantia
sexta-feira, 4 de março de 2011
Condutores melhor comportados terão prémios no Carnaval

A GNR e a Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas, a ANEBE, fizeram uma parceria para premiar os mais bem comportados.
A acção decorre em todas as capitais de distrito.
O capitão João Oliveira, do destacamento de trânsito da GNR de Bragança, adianta que os condutores entre os 18 e 30 anos com 0% de álcool que forem detectados nas acções de fiscalização serão premiados com vales de prémios.
“Solicitaram-nos que caso os condutores apresentem taxas negativas sejam distribuídos panfletos informativos e uns vales que, depois de registados no site deles, dará direito a um prémio” explica.
Aos condutores serão entregues vales que poderão ser activados no site www.100porcentocool.pt.
Os prémios podem ir desde senhas de desconto de 20 euros em combustíveis BP, descontos numa cadeia de ginásios, no ACP e em lojas de material de escritório.
Esta acção decorre na madrugada de domingo em vários pontos do distrito de Bragança.
Mesmo assim, e tendo em conta as previsões de temperaturas negativas e possível queda de neve durante o fim-de-semana, a GNR pede especial atenção aos condutores.
“Será sempre uma atenção à velocidade, não conduzir se ingerir bebidas alcoólicas, respeitar os outros e ter uma condução defensiva” sublinha.
A operação Carnaval da GNR termina na próxima terça-feira. Brigantia
quinta-feira, 3 de março de 2011
Daqui e dali... Tiago Mesquita
Gastamos milhões em submarinos e somos gozados pelos americanos: "Só o orgulho visceral por um passado marítimo explica a compra dos submarinos". Eu também sinto uma forte ligação ao mar e não vou a correr comprar uma ilha, não tenho dinheiro para isso e mesmo que tivesse seria um idiota. A Justiça anda pelas ruas da amargura, mas não temos bons magistrados? Não há nada de errado com o povo português em geral, muito pelo contrário. E os políticos que nos governaram em particular nestes últimos 15 anos? Estão de parabéns? A verdade é que há políticos muito "rascas". E temos tido alguns exemplos disso.
Desfile de Carnaval das Escolas - 2011
