Até ao final do ano, o rio Tua deve ver o seu curso desviado. A EDP já arrancou com a obra da barragem de Foz Tua e espera ter essa parte concretizada nos próximos meses. Segundo o presidente da EDP Produção as obras arrancaram no início de Abril. “Assinámos o contrato em Fevereiro e em Abril a obra foi iniciada, está a decorrer e contamos fazer o desvio do rio até ao final deste ano” refere António Ferreira da Costa.
No terreno já estão cerca de 200 trabalhadores mas a EDP prevê ultrapassar os valores de mão-de-obra inicialmente previstos para as obras em curso na região “A nossa previsão é atingir os 1200” tendo em conta que “no Sabor já temos 1200 e a nossa previsão era atingir os 1700. Eu acho que vamos ultrapassar na medida em que este Verão vão iniciar-se as obras no domínio dos equipamentos electromecânicos”. Também nas barragens do Picote e Bemposta, que estão a sofrer um reforço de potência, foi ultrapassado o número de trabalhadores inicialmente previsto, que rondava os 450 operários cada.
No Baixo Sabor, António Ferreira da Costa espera atingir o pico da obra em 2014, podendo chegar aos dois mil trabalhadores. Brigantia
No Baixo Sabor, António Ferreira da Costa espera atingir o pico da obra em 2014, podendo chegar aos dois mil trabalhadores. Brigantia
2 comentários:
Destruir mais umas montanhas...
http://sicnoticias.sapo.pt/programas/reportagemsic/2011/06/29/as-novas-barragens
Grande Reportagem SIC As novas barragens Está em marcha a maior iniciativa de construção de barragens desde a década de 60. Nove grandes empreendimentos hidroeléctricos deverão entrar em funcionamento nos próximos anos. Nos governos de José Sócrates, foram anunciados como forma de reduzir a dependência energética externa, criar emprego e promover o desenvolvimento local.
Com o plano de resgate financeiro em curso, há quem questione a racionalidade destes investimentos. Os críticos do programa nacional de barragens garantem que o país tem mais a perder do que a ganhar.Em Outubro de 2007, foi lançado o Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroeléctrico. José Sócrates tinha chegado ao Governo há 2 anos. No programa eleitoral, fixara o objectivo de criar de 150 mil empregos e prometera apostar na produção de electricidade a partir de fontes renováveis. A grande hídrica não constava do programa eleitoral, mas a energia eólica sim.
A iniciativa pública para a construção de 10 barragens foi apresentada com objectivos de interesse nacional, desde logo, o de reduzir a dependência energética externa do país.
O Presidente do Instituto da Água defende o programa que o INAG desenhou: "Nós não temos petróleo nem gás, o nosso petróleo e o nosso gás é a água", assegura Orlando Borges.
Das 10 barragens que foram a concurso internacional, em 2008, 8 foram concessionadas. Fridão, Foz-Tua e Alvito à EDP; Padroselos, Alto Tâmega, Daivões e Gouvães à Iberdrola; e Girabolhos à Endesa. Padroselos acabou por ser chumbada na avaliação de impacto ambiental, devido ao aparecimento de uma espécie rara de bivalve. Além das 7 incluídas no Programa Nacional, outras 2, Ribeiradio e Sabor estão a ser construídas pela EDP.
Nos vários locais onde está prevista a construção de novas barragens esgrimem-se argumentos a favor e contra. Mas, com o plano de resgate financeiro em curso, é preciso olhar para a situação do país.
Os críticos da aposta nas barragens avisam que o investimento inicial de 3 mil e 600 milhões de euros há-de reflectir-se na factura dos consumidores, multiplicado várias vezes. Pelas contas de Joanaz de Melo, professor do curso de Engenharia do Ambiente da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa (FCT UNL), o encargo total será "mais de 15 mil milhões de euros sobre os bolsos dos consumidores contribuintes."
Quanto à redução da factura energética externa, o docente da FCT UNL garante que quase não se fará sentir. As novas barragens terão uma produção média estimada por ano de cerca de 2000 GWh, 3,8% do consumo de electricidade em Portugal. Em 2010 o país consumiu 52 200 GWh de electricidade, mais 4,7% do que no ano anterior. Ou seja, a produção das novas barragens nem sequer chega para cobrir o aumento do consumo.
AS NOVAS BARRAGENS
Jornalista - Carla Castelo; Repórter de Imagem - Jorge Pelicano; Edição de Imagem - Ricardo Piano; Grafismo - Cláudia Ganhão; Produção - Isabel Mendonça; Coordenação - Cândida Pinto; Direcção - Alcides Vieira.
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