O primeiro-ministro lançou esta manhã a primeira pedra da Barragem de Foz Tua, uma obra que faz parte do Plano Nacional de Barragens, com um custo de 300 milhões de euros e a criação de quatro mil postos de trabalho, segundo a EDP. Com a construção da barragem, cerca de 16 quilómetros da linha ferroviária do Tua vão ficar submersos. A contestação da população e ambientalistas não impediu que o projecto do Governo fosse avante.
José Sócrates afirmou que a construção de uma barragem significa dar mais oportunidade de emprego, às empresas e reduzir dependência energética externa e reduzir emissões de CO2.
"São os projetos mais difíceis em que nos devemos empenhar, porque são eles que podem mudar as coisas", afirmou o governante, referindo-se à polémica à volta da Barragem de Foz Tua, obra contestada pelos ambientalistas por causa da submersão da linha ferroviária.
O primeiro Governo Presente de 2011 arrancou hoje, no concelho de Alijó, com o arranque oficial da Barragem de Foz Tua, a primeira incluída no Plano Nacional de Barragens a entrar em obra.
Embora a hidroelétrica vá ser construída no rio Tua, entre os concelhos de Alijó (distrito de Vila Real) e Carrazeda de Ansiães (distrito de Bragança) foi o rio Douro que serviu de cenário à cerimónia de lançamento da primeira pedra.
Contestação dos ambientalistas
Em comunicado enviado às redacções, a Quercus reafirmou a sua oposição ao projecto, realçando que a construção da barragem simboliza "a morte do Turismo do Tua, da biodiversidade do Vale, do Desenvolvimento Sustentável, do Património Humano, Cultural e Arquitectónico e da Linha do Tua com mais de 123 anos de História".
O partido ecologista "Os Verdes" também manifesta em comunicado o descontentamento pelo arranque do projecto, sublinhando no entanto que o lançamento da primeira pedra não significa a concretização da obra.
"'Os Verdes' estão convictos que esta primeira pedra não é, por certo, um pilar da barragem e que debaixo da ponte de Foz Tua ainda vai correr muita água e que a luta de todos quantos se opõem à Barragem de Foz Tua, na qual o PEV teve uma forte intervenção desde a primeira hora, continuará", garante o partido.
EDP refere que barragem criará quatro mil postos de trabalho
A barragem de Foz Tua envolve um investimento de 305 milhões de euros, vai criar quatro mil postos de trabalho diretos e indiretos e deverá começar a produzir energia em 2015.
Os dados são da EDP, a concessionária do empreendimento adjudicado ao agrupamento de empresas Mota-Engil/Somague/MSF, que deverá ter a obra concluída em quatro anos.
Alternativa à linha de comboio
A EDP vai financiar em 10 milhões de euros os projetos de transportes alternativos à linha do Tua que vai ficar submersa com construção da barragem de Foz-Tua, disse à Lusa o presidente da empresa.
"O que está a ser desenvolvido para o terço da linha afetada significa arranjar alternativas do ponto de vista rodoviário para quem queira utilizar essa parte todos os dias. Neste momento não o faz, porque aquilo está parado por questões de segurança", disse à Lusa o presidente da elétrica, António Mexia.
"Além desta alternativa rodoviária, vamos arranjar do ponto de vista do turismo alternativas fluviais e a construção de um funicular que permita ter no fim uma solução muito mais eficaz do que aquela que existe hoje, que está sem condições de operacionalidade", acrescentou o responsável.
Para esse projeto modal de transporte, a EDP dedicou 10 milhões de euros.
Os 16 quilómetros de linha ferroviária do Tua que vão ficar submersos foram um ponto de discórdia no projeto, tendo atrasado o início da construção em pelo menos dois anos.
"Este é o primeiro projeto lançado ao abrigo do novo plano nacional de barragens, é um investimento de 305 milhões de euros, que cria 4.000 empregos diretos e indiretos, o que num momento em que se fala em substituição de importações, neste caso com energia gerada em Portugal e criação de emprego, acho que estamos a tratar das principais questões em Portugal", considerou António Mexia.
A barragem de Foz Tua insere-se no plano da EDP de construir 3.500 megawatts, "o maior plano a nível europeu, num total de 3,2 mil milhões de euros investidos", disse.
António Mexia considerou ainda que a barragem demonstra "como se consegue salvaguardar os interesses globais do país e da EDP e também os interesses locais".
Por isso mesmo, disse Mexia, "3 por cento da receita bruta da barragem vão ser utilizados para projetos locais, em que se destaca o projeto do novo parque nacional de Foz-Tua, que é muito importante do ponto de vista turístico".
O presidente da EDP destacou ainda que a empresa está a criar condições para que se desenvolva o empreendedorismo na região. SIC
José Sócrates afirmou que a construção de uma barragem significa dar mais oportunidade de emprego, às empresas e reduzir dependência energética externa e reduzir emissões de CO2.
"São os projetos mais difíceis em que nos devemos empenhar, porque são eles que podem mudar as coisas", afirmou o governante, referindo-se à polémica à volta da Barragem de Foz Tua, obra contestada pelos ambientalistas por causa da submersão da linha ferroviária.
O primeiro Governo Presente de 2011 arrancou hoje, no concelho de Alijó, com o arranque oficial da Barragem de Foz Tua, a primeira incluída no Plano Nacional de Barragens a entrar em obra.
Embora a hidroelétrica vá ser construída no rio Tua, entre os concelhos de Alijó (distrito de Vila Real) e Carrazeda de Ansiães (distrito de Bragança) foi o rio Douro que serviu de cenário à cerimónia de lançamento da primeira pedra.
Contestação dos ambientalistas
Em comunicado enviado às redacções, a Quercus reafirmou a sua oposição ao projecto, realçando que a construção da barragem simboliza "a morte do Turismo do Tua, da biodiversidade do Vale, do Desenvolvimento Sustentável, do Património Humano, Cultural e Arquitectónico e da Linha do Tua com mais de 123 anos de História".
O partido ecologista "Os Verdes" também manifesta em comunicado o descontentamento pelo arranque do projecto, sublinhando no entanto que o lançamento da primeira pedra não significa a concretização da obra.
"'Os Verdes' estão convictos que esta primeira pedra não é, por certo, um pilar da barragem e que debaixo da ponte de Foz Tua ainda vai correr muita água e que a luta de todos quantos se opõem à Barragem de Foz Tua, na qual o PEV teve uma forte intervenção desde a primeira hora, continuará", garante o partido.
EDP refere que barragem criará quatro mil postos de trabalho
A barragem de Foz Tua envolve um investimento de 305 milhões de euros, vai criar quatro mil postos de trabalho diretos e indiretos e deverá começar a produzir energia em 2015.
Os dados são da EDP, a concessionária do empreendimento adjudicado ao agrupamento de empresas Mota-Engil/Somague/MSF, que deverá ter a obra concluída em quatro anos.
Alternativa à linha de comboio
A EDP vai financiar em 10 milhões de euros os projetos de transportes alternativos à linha do Tua que vai ficar submersa com construção da barragem de Foz-Tua, disse à Lusa o presidente da empresa.
"O que está a ser desenvolvido para o terço da linha afetada significa arranjar alternativas do ponto de vista rodoviário para quem queira utilizar essa parte todos os dias. Neste momento não o faz, porque aquilo está parado por questões de segurança", disse à Lusa o presidente da elétrica, António Mexia.
"Além desta alternativa rodoviária, vamos arranjar do ponto de vista do turismo alternativas fluviais e a construção de um funicular que permita ter no fim uma solução muito mais eficaz do que aquela que existe hoje, que está sem condições de operacionalidade", acrescentou o responsável.
Para esse projeto modal de transporte, a EDP dedicou 10 milhões de euros.
Os 16 quilómetros de linha ferroviária do Tua que vão ficar submersos foram um ponto de discórdia no projeto, tendo atrasado o início da construção em pelo menos dois anos.
"Este é o primeiro projeto lançado ao abrigo do novo plano nacional de barragens, é um investimento de 305 milhões de euros, que cria 4.000 empregos diretos e indiretos, o que num momento em que se fala em substituição de importações, neste caso com energia gerada em Portugal e criação de emprego, acho que estamos a tratar das principais questões em Portugal", considerou António Mexia.
A barragem de Foz Tua insere-se no plano da EDP de construir 3.500 megawatts, "o maior plano a nível europeu, num total de 3,2 mil milhões de euros investidos", disse.
António Mexia considerou ainda que a barragem demonstra "como se consegue salvaguardar os interesses globais do país e da EDP e também os interesses locais".
Por isso mesmo, disse Mexia, "3 por cento da receita bruta da barragem vão ser utilizados para projetos locais, em que se destaca o projeto do novo parque nacional de Foz-Tua, que é muito importante do ponto de vista turístico".
O presidente da EDP destacou ainda que a empresa está a criar condições para que se desenvolva o empreendedorismo na região. SIC
5 comentários:
‘Portugal é hoje um paraíso criminal onde alguns inocentes imbecis se levantam para ir trabalhar, recebendo por isso dinheiro que depois lhes é roubado pelos criminosos e ajuda a pagar ordenados aos iluminados que bolsam certas leis’.
Barra da Costa, criminologista
http://inquietar-te.blogspot.com/2011/02/linha-do-tua-1_19.html
Se os transmontanos quiserem, a linha volta. Se continuarem a acreditar em promessas de presidentes, ministros e autarcas que há dezenas de anos os enganam, então não é só a esperança que lhes roubam, mas a própria memória.
"O segredo de justiça em Portugal é uma fraude”, diz Pinto Monteiro
O procurador-geral da República garante que todas as escutas que envolviam o Primeiro-Ministro foram destruídas. Em entrevista à TSF e Diário de Notícias, Pinto Monteiro defende ainda que não há segredo de justiça em Portugal
COMUNICADO
O ELOGIO DA LOUCURA
em www.linhadotua.net
http://www.aventar.eu/2011/02/20/o-impacto-ambiental-na-linha-do-tua/
http://www.edp.pt/pt/media/noticias/2011/Pages/FozTuaInicioConstrucao.aspx
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