segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Daqui e dali... João Lopes de Matos

A Professora (Clotilde) Inês

Faleceu há poucos dias a Professora Inês, viúva do Prof. Armando Moreira.
Em pouco tempo desapareceram os dois elementos deste conhecido casal, que tanto marcou não só a vida do Seixo, onde vivia, como a vida de todo o concelho.
Agora coube a vez à Prof.ª Inês.
Quem com ela lidou conhece perfeitamente o dinamismo e a energia que ela possuía.
Na sua adolescência, foi a pioneira, a guia, a verdadeira caput scholae de toda uma juventude do Seixo, que, nessa altura, começou com ela a formar uma elite de pessoas, que prestigiaram e prestigiam o nome de Seixo de Ansiães.
Enquanto professora, guiou a bom rumo várias gerações de crianças, nestas deixando uma marca indelével do seu carácter.
Enquanto cidadã, deu a sua contribuição para o progresso do concelho pois fez parte de alguns elencos da Câmara Municipal.
A menina dos seus olhos foi, porém, a Santa Casa da Misericórdia, onde gastou muito da sua energia, do seu dinamismo, da sua dedicação aos outros. A ela se deve muito do que agora constitui o lar de idosos, o infantário, o serviço de assistência ao domicílio.
Da Santa Casa fez mesmo a residência dos últimos dias de vida e por lá passou no caminho para a sua última morada.
Eu, que acompanhei todos os passos da sua vida desde os tempos do Colégio de Lamego, quando na sua presença, ficava sempre impressionado com o seu irrequietismo, a sua liderança, o seu proselitismo, o seu dinamismo, a sua energia, o seu carácter, o seu espírito de dádiva.
Ao vê-la, por último, imóvel, senti profundamente quão cruel a morte é, que reduziu, assim, ao silêncio sepulcral toda a energia que possuía.
João Lopes de Matos

1 comentário:

Anónimo disse...

Gratidão II

Aquando da morte do Prof. Armando Moreira, comentei, assim, o obituário do meu Amigo João Lopes de Matos:

“Não conheci o Prof. Armando Moreira… conheço-o, agora, pelo “coração agradecido” de JLM.”

Congratulo-me por mais este sentimento de gratidão que expressa pela morte da Esposa
(Professa Inês), sua “velha Mestra”.

Os maus parabéns ao articulista por mais esta manifestação qualitativa de agradecimento.

Carlos Fiúza