segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Nomeação da UNESCO promoveu região do Douro a "cartão de visita" de Portugal

A Comissão Nacional da UNESCO fez hoje um balanço "positivo" dos dez anos do Douro Património Mundial e rejeita qualquer possibilidade de desclassificação do território.
Em declarações à Lusa, Clara Bertrand Cabral, especialista de programa/cultura da Comissão Nacional da UNESCO, acredita que a inscrição na lista do Património Mundial tornou o Douro mais conhecido internacionalmente, atraiu mais turistas e ajudou a desenvolver toda a economia da zona.
O Alto Douro Vinhateiro (ADV) foi classificado em 14 de dezembro de 2001 como Paisagem Cultural Evolutiva Viva e Clara Cabral considera o território como um "bom cartão de visita de Portugal", pelas suas paisagens, vinhos, gastronomia e acolhimento.
Com 25 mil hectares, inseridos na Região Demarcada do Douro, o ADV engloba 13 municípios, nomeadamente Alijó, Mesão Frio, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Vila Real, Sabrosa, Carrazeda de Ansiães, Torre de Moncorvo, Lamego, Armamar, Tabuaço, São João da Pesqueira e Vila Nova de Foz Côa.
Dez anos depois, este ainda é um território de contrastes entre as lixeiras, as más construções e os empreendimentos turísticos de luxo, entre as grandes empresas produtoras de vinho e os milhares de vitivinicultores que perderam 60 por cento do seu rendimento nos últimos 15 anos.
Sobre este Douro pairam ainda receios de uma repreensão ou desclassificação por parte da UNESCO e que ganham eco a cada aniversário. Este ano, o início da construção da Barragem na foz do rio Tua veio intensificar estes temores.
Clara Bertrand Cabral admitiu que qualquer bem classificado pode ser desclassificado mas, para já, não há qualquer informação nesse sentido.
"Nunca ouvi de que o Douro pudesse ser desclassificado, não sei de onde vem essa ideia porque aqui não temos qualquer informação sobre isso", salientou.
Além do mais, explicou que qualquer processo de desclassificação "é longo", "passa por várias fases" e, antes de se concretizar, "qualquer bem tem que passar para a lista do património mundial em perigo".
"E nunca se falou sequer que o Douro pudesse ir para essa lista. Portanto não sei de onde vem essa ideia", acrescentou.
"As queixas que temos recebido do Douro, e recebemo-las também de outros sítios que são Património Mundial, são reencaminhadas a quem de direito, aos gestores e às tutelas", sublinhou.
O conceito de Património Mundial implica que um bem patrimonial de um país tem um valor excecional tão grande que possa ser partilhado com todas as pessoas.
"Portanto, inscrever [um espaço] na lista é uma maneira de mais pessoas poderem ficar a conhecer e ele ser dessa forma partilhado", frisou.
RTP

3 comentários:

mario carvalho disse...

A preocupação da ministra é bem diferente

Será que a Drªa Clara Cabral conhece bem o Douro .. e a região?

cito

ministra do ambiente impede os cidadãos de colocarem post's no seu facebook desde esta tarde e sumiu com os outros, os meus até eram bastante informativos !!!

Começou a censura o Tua incomoda-a !!


Quando falta argumentação começa a ser difícil justificar o injustificável!
Que nenhuma mentira fique sem resposta!

a nossa ministra do farmville
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http://artigosediscussao.blogspot.com/2011/11/pnbeph-rio-tua-ministra-garante-que-ja.html

Será muito difícil, se não mesmo impossível, voltar atrás com estes contratos pela simples razão de que o encaixe financeiro já aconteceu todo”, diz Assunção Cristas.

Voltar atrás com as obras na barragem do Tua não é opção. A ministra da Agricultura e do Ambiente é que o diz e explica que “para voltar atrás nesta altura, como noutras barragens, teríamos de ter largas centenas de milhões de euros para desembolsar”.

Assunção Cristas está no Parlamento a debater o Orçamento do Estado para 2012 na especialidade e detalha que este empreendimento conjunto entre o seu Ministério e do da Economia já não tem travões.



“Aquilo que de factor foi visto é que será muito difícil, se não mesmo impossível, voltar atrás com estes contratos pela simples razão de que o encaixe financeiro já aconteceu todo”, diz a ministra.




“Aconteceu no OE 2008, todos os processos administrativos foram concluídos ao nível de declarações de impacto ambiental e de recaps. A verdade é que para voltar atrás teríamos de ter largas centenas de milhões de euros para desembolsar. Não temos esse dinheiro”, afirma.

Em relação à reduzida mas existente possibilidade de impacto ambiental em área protegida, a ministra da Agricultura diz estar “preocupada”. “A inserção pode ter impacto na paisagem protegida do Douro e essa é uma matéria que estamos a acompanhar muito de perto”, garante Assunção Cristas.

“Procuramos saber exactamente qual é a sensibilidade por parte da UNESCO. É uma acção que muito limitadamente interfere na paisagem, no sentido em que a subestação só está muito parcialmente dentro da paisagem protegida. De toda a maneira, ela pode existir”, finaliza.

mario carvalho disse...

O Vale do Elba demorou 4 anos a ser desclassificado: anunciou-se a construção da ponte em 2005, em 2006 a UNESCO colocou o sítio na lista de Património Ameaçado, e em 2009, cansada de dar abébias à Alemanha, desclassificou o sítio sem apelo nem agravo.

http://aeiou.expresso.pt/vale-do-elba-dresden-perde-63-milhoes-de-euros-de-fundos-europeus=f522823

Vale do Elba: Dresden perde 6,3 milhões de euros de fundos europeus
Berlim, 25 Jun (Lusa) - A cidade de Dresden perdeu o direito a uma verba de 6,3 milhões de euros, em consequência de o Vale do Elba ter perdido o estatuto de Património da Humanidade.
19:37 Quinta feira, 25 de junho de 2009
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Berlim, 25 Jun (Lusa) - A cidade de Dresden perdeu o direito a uma verba de 6,3 milhões de euros, em consequência de o Vale do Elba ter perdido o estatuto de Património da Humanidade.

O ministro federal alemão dos Transportes, Construções e Reconstrução do Leste anunciou que Dresden não receberá mais verbas do fundo europeu destinado à conservação dos locais considerados Património da Humanidade.

O Vale do Elba estava classificado desde 2004 e perdeu hoje o estatuto, numa decisão do Comité do Património da UNESCO reunido em Sevilha, em consequência da construção de uma nova ponte rodoviária, a Waldschloesschenbruecke, que altera significativamente a paisagem.

Apesar das tentativas legais dos ambientalistas para impedir a construção da ponte, derrotadas em tribunal em todas as instâncias, a obra foi iniciada em 2007.

Em referendo então realizado, a população de Dresden manifestou-se maioritariamente a favor da nova ponte, orçada em 125 milhões de euros.

Vários intelectuais alemães, como os escritores Günther Grass e Maretin Walser, pediram a intervenção da chanceler Angela Merkel para evitar a desclassificação do Vale do Elba, mas o federalismo alemão impede uma interferência directa da federação em assuntos estaduais relacionados com planeamento urbano.

Logo que a decisão do Comité do Património da Unesco foi conhecida, o ministro federal da Cultura lamentou que os envolvidos no processo não tenham chegado a um compromisso.

A Alemanha, que até hoje tinha 33 locais considerados pela UNESCO herança cultural da humanidade, espera agora que o Comité reunido em Sevilha confira o mesmo título ao chamado "Mar de Algodão", na costa do Mar do Norte.

O Comité do Património Mundial da UNESCO é composto por representantes de 21 países, sem incluir a Alemanha.

A decisão de retirar o estatuto de Património Cultural da Humanidade ao Vale do Elba, inicialmente prevista para quarta-feira, foi tomada hoje hoje em Sevilha por 14 votos a favor e cinco votos contra, registando-se ainda dois votos nulos.

FA/ASD.

Lusa/fim


Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/vale-do-elba-dresden-perde-63-milhoes-de-euros-de-fundos-europeus=f522823#ixzz1eTMz1pGp

mario carvalho disse...

afinal... o que faz a drª Clara Cabral?