quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Cartoons



Ambulâncias sem condições para enfermeiros

A Ordem dos Enfermeiros denuncia que nesta altura não há condições mínimas nas ambulâncias para os enfermeiros acompanharem os doentes urgentes e menos ainda para que as grávidas possam dar à luz nestes veículos, como tem acontecido. Alertas que surgem depois da Ordem ter promovido dois dias de trabalho com os profissionais de enfermagem do distrito de Bragança.
Em causa estiveram as consequências da rrestruturação das urgências nos centros de saúde e o encerramento da maternidade do hospital de Mirandela. A ordem diz que é preciso actuar para por fim a estes problemas, sob o risco de poder haver consequências para os profissioanis de saúde e para os utentes. RBA
DN

Cartão do cidadão já disponível em Vila Flor

A partir de hoje, vai ser possível requerer, em Vila Flor, a emissão do Cartão do Cidadão. Vila Flor e Mourão, em Évora, são os próximos concelhos do continente a emitir aquele documento, na sequência do projecto-piloto iniciado nos Açores e na Madeira. Em Vila Flor, a requisição deve ser feita na Conservatória do Registo Civil.
O Cartão do Cidadão substitui o bilhete de identidade e os cartões de contribuinte, segurança social e saúde. O autarca local valoriza a escolha do seu concelho para ser o primeiro na região a ter este serviço, muito embora não veja grande vantagem nesse facto.
Vantagens vejo pouco, mas é sempre bom ser o primeiro” afirma Artur Pimentel que não será, por certo, o primeiro a requerer este novo cartão pois nem sabe se o pode fazer no concelho que dirige há 14 anos. “Não sei se posso tirar o cartão em Vila Flor porque o meu Bilhete de Identidade está com residência em Bragança e por isso não sei se posso, mas se puder lá estarei, serei dos primeiros”.
A partir de hoje já em possível pedir o Cartão do Cidadão em Vila Flor, o primeiro concelho de Trás-os-Montes e Alto Douro com este serviço. O novo documento tem o formato de um cartão multibanco, inclui um chip de segurança, fotografia e vários dados relativos ao seu portador.
Brigantia

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Daqui e dali... Vitorino Almeida Ventura

Jacques Ranciére e a força da arte
nos filmes de Pedro Costa


Sobre a série de Vanda e de Ventura, nos filmes de Pedro Costa, o filósofo Jacques Ranciére foi tocado por uma maneira de representar a trajectória de pessoas a que chamamos marginais como uma realidade estética. Estética não no sentido de bela, mas em que aquilo que está em questão a cada momento é o poder da palavra e do gesto num lugar.
Em "Juventude em Marcha" de Pedro Costa agrada-lhe essa capacidade épica confiada aos personagens. O facto de Ventura não ser um imigrante infeliz, doente da cabeça, desempregado, que exibe o seu sofrimento, mas, ao contrário, uma espécie de senhor de um reino longínquo, que impõe absolutamente a sua pessoa e a sua palavra, bem como o seu silêncio.
Mais diz que o cineasta não dá explicações sobre as razões sociais que fazem com que existam tais bairros nem sobre o realojamento dessas pessoas. É necessário ignorar toda essa longa cadeia de razões, para dar a um lugar, a uma personagem, a uma palavra, a um gesto, a sua potência sensível. Para fazer ouvir uma palavra que nunca é escutada, fica necessário instaurar um dispositivo estético de distância. Não as ouvimos enquanto forem tomadas sob a forma de reportagem: um pobre que fala pobre, um emigrante que fala emigrante... Apenas fazendo reconhecer a sua condição. A força da arte é, precisamente, a de sair das figuras, das formas sensíveis esperadas, para lhes dar um modo outro de presença. Isso supõe essa distância. Diante de um ecrã, não estamos perante uma pessoa, mas na posição de espectador. O que temos diante de nós não é um indivíduo que conta a sua vida, mas uma figura estética que impõe a sua potência.

vitorino almeida ventura, citando Jacques Ranciére

Post Scriptum: Em Carrazeda, o fotógrafo Leonel Castro captou o silêncio do Bairro do Iraque e dos seus senhores... Para quando uma exposição?

Novo prazo para as agro-ambientais

Prolongamento de prazo para a apresentação de candidaturas às medidas agro-ambientais. O Ministério da Agricultura decidiu dilatar o limíte para o dia 9 de Novembro. A campanha especial de apresentação de candidaturas terminava amanhã. RBA

Emigrantes de Carrazeda com mais apoio

Carrazeda de Ansiães tem, desde ontem, um Gabinete de Apoio ao Emigrante a funcionar de forma oficial. O secretário de estado das Comunidades Portuguesas assinou com a autarquia o protocolo de criação de um serviço que pretende facilitar a vida aos emigrantes.
O governante sublinha a utilidade do gabinete para quem regressa definitivamente à terra de origem, de forma a que possa ter uma perfeita reintegração “garantindo os seus direitos no estrangeiro e dando-lhes informações relativas a formas de investimento para que possam sentir-se úteis” refere António Braga.
Estes gabinetes não são úteis apenas aos emigrantes que regressam à terra, mas também para quem continua a ir procurar melhor vida noutros países, evitando “que possam ser enganados em contratos fraudulentos” exemplifica o secretário de estado.
Em Carrazeda de Ansiães, o Gabinete de Apoio ao Emigrante funciona no edifício da Câmara Municipal. O autarca local reconhece que o serviço pode ser importante para os emigrantes do concelho, cuja quantidade não está ainda contabilizada por causa do “êxodo clandestino que não teve qualquer contabilidade e por isso não temos elementos suficientes” afirma Eugénio de Castro.
O secretário de estado das Comunidades Portuguesas revelou ainda que já tem eco positivo do funcionamento de alguns destes gabinetes de apoio ao emigrante. Em todo o país já foram instalados, até o momento, cerca de 80 serviços como este. Brigantia

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Imagens com história

Zíngaros de Carrazeda de Ansiães

Gabinete de Apoio ao Emigrante

Hoje, dia 29, pelas 11 h, no Centro de Apoio Rural, realizou-se uma sessão para a assinatura do protocolo de criação do Gabinete de Apoio ao Emigrante entre a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas e a Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães.
Esse Gabinete funcionará em instalações do Município e terá a assistência da referida Secretaria de Estado.
Visa ajudar os emigrantes quando regressam, em férias, e quando partem, como agora acontece com aqueles que cumprem contratos temporários no estrangeiro.
Pensa-se que não terá necessidade de novos funcionários, aproveitando-se os que já pertencem aos quadros da Câmara Municipal.
JL

Enfermeiro de família chega a Alfândega e Vila Flor

No próximo mês inicia-se em Alfândega da Fé e Vila Flor a implementação do enfermeiro de família. Estes vão ser os últimos concelhos do distrito de Bragança a dispor desta valência. O sistema arrancou há cerca de um ano em Freixo de Espada à Cinta e começou a ser alargado a todo o distrito. Está a agora na fase final de execução, com os últimos concelhos a iniciar a experiência. Brigantia

Paulo Portas alerta para desvantagens de benefícios fiscais

Em Trás-os-Montes é a zona do país onde mais se sente o diferencial de competitividade com a economia espanhola. A opinião é de Paulo Portas, o líder do Partido Popular. Numa visita ao distrito de Bragança, o presidente do CDS/PP reuniu com a direcção do NERBA, o Núcleo Empresarial da Região de Bragança para ficar a par da dos problemas que mais atingem as empresas no interior.
Paulo Portas considera que o nordeste transmontano é a zona do país onde mais se acentua a competição com a economia espanhola e adianta que esta diferença condiciona a riqueza das zonas do interior. “O preço da electricidade é maior, o do gás é superior, o valor do IVA está muitos pontos acima” exemplifica e "são estas coisas que fazem toda a diferença” e que segundo ele podem permitir a criação de riqueza nas zonas do interior “ou levar as pessoas a desistir, por isso é preciso incentivá-las a modernizar-se e a progredir”, considera Paulo Portas.
O líder dos populares referiu ainda que o orçamento de Estado para 2008 prevê benefícios fiscais à interioridade. As empresas instaladas no interior têm uma taxa normal de IRC de 15% mas, no caso de novas empresas a taxa é reduzida para 10%. Paulo Portas considera importante a discriminação positiva das empresas, mas “para elas se deslocalizarem, essa vantagem fiscal tem de durar largos anos, porque nos primeiros anos, as empresas não dão lucro e é um investimento que tem o seu risco” refere
. Brigantia

domingo, 28 de outubro de 2007

Sol de Outono

«Acabo de ler um livro que te recomendo. Trata-se de “O Violino do Meu Pai” de Campos Gouveia. Foi editado pela Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães. É um pedaço de memória (memórias nossas) que sabe bem ler depois de jantar, noite adentro. Deixo-te um excerto:
Ali todas as pedras lhe falavam ao coração, os dedos pequenos magoados nos caminhos que, no Verão, percorria, descalço, uma cabeça aberta num jogo de pedrada, os ninhos de rola e de melro, o arco e o pião, a primeira bola de borracha, o banho nos poços das hortas ou na ribeira, uma ambulância puxada por um homem para transportar doentes ao hospital, os caçadores com muitos cães, os tiros e as cinturas cheias de coelhos, lebres e perdizes, os enormes magustos com as castanhas apanhadas à socapa nos castanheiros do doutor, os uivos dos lobos no Inverno, a nascente de água que brotava das hortas para a estrada, ali bebera a água da montanha, da raiz dos pinheiros.”» Jorge Laiginhas in Díário de Trás os Montes
lpveloso - intertoon

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Mota desafia autarcas a prescindir de IRS, Nunes diz que é demagogia

Mota Andrade desafia as câmaras do distrito de Bragança a prescindir de parte do IRS pago pelos contribuintes de forma a fixar as pessoas na região. Segundo o líder dos socialistas esta seria uma forma de seguir o exemplo do Governo que baixou em 10% o IRC para os empresários que queiram fixar-se no interior. Brigantia

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Imagens com história

Daqui e dali... João Lopes de Matos

Respostas

Há dias fiz neste blogue uma série de perguntas. Vou agora começar a dar as minhas respostas.
Pergunta: Queremos ou não que o concelho de Carrazeda persista como autarquia autónoma?
Em princípio, todos queremos que o concelho de Carrazeda permaneça.
Mas o não permanecer não é forçosamente algo de mau.
Nós temos estado ligados a determinadas dignidades que antes davam sentido à nossa existência.
A naturalidade era até há pouco um conceito fundamental. O lugar onde se saía do ventre materno determinava uma ligação a esse lugar afectiva e existencial indestrutível.
A nossa terra era até há pouco o lugar em que tínhamos nascido e gostávamos de dizer que esse lugar tinha isto e aquilo.
Hoje já não é assim: à naturalidade sobrepôs-se a residência. Afinal, nós actualmente somos da terra onde vivemos, por um lado, para não vivermos desenraizados, por outro, porque o local de nascimento (um hospital, em regra) não quer já dizer nada para nós.
Cada vez mais, portanto, a residência é, pois, a ligação válida. Por vezes, a mobilidade é tão grande que nos apetece dizer que somos do lugar em que em cada momento nos encontramos.
Isto impõe uma nova mentalidade: queremos que no lugar em que vivemos haja as soluções adequadas aos problemas.
Mas é claro que as soluções não são iguais em todos os lugares: - há muita gente concentrada, a solução é uma; - há pouca gente e dispersa, a solução é outra.
Já não é uma questão de prestígio haver, por exemplo, uma comarca num sítio. O estado actual da tecnologia e a eficiência dos serviços pode exigir outra solução que, afinal, sirva melhor toda a gente.
Podemos continuar a lutar pela permanência das soluções actualmente existentes mas, mais cedo ou mais tarde, modificando-se os pressupostos técnicos e humanos, hão-de forçosamente surgir novos rumos.
Como pode haver escolas sem alunos, - polidesportivos sem praticantes, - saneamentos sem habitantes?
A pergunta inicial terá, por agora, a seguinte resposta: - Queremos que o concelho permaneça e vamos fazer tudo para isso. Mas se o território vier a não reunir as características que um concelho actualmente deve ter, então ele desaparecerá e isso não será nenhuma tragédia porque os problemas que surgirem serão devidamente equacionados e resolvidos no novo contexto.
João Lopes de Matos

PSD teme retirada de verbas para as estradas da região

Adão Silva teme que o novo modelo de financiamento da Estradas de Portugal retire investimentos que estavam previstos para rodovias da região. Uma preocupação que levou o deputado pelo PSD na Assembleia da República a entregar no parlamento um requerimento para saber que investimentos estão previstos para o próximo ano no distrito de Bragança. Brigantia

EDP paga atraso de plano de pormenor

A EDP deverá assumir os prejuízos causados ao município de Carrazeda de Ansiães pelo atraso na implementação no terreno do plano de pormenor das termas de S. Lourenço. O plano deixou de ser executado quando surgiram as primeiras notícias da construção de uma barragem junto à foz do rio Tua. A incógnita sobre a cota da albufeira emperrou novamente processo de recuperação da estância termal.
Agora que a barragem já foi dada como certa, mas mesmo sem se saber ainda quem vai ser a concessionária, o presidente da Câmara Municipal de Carrazeda, Eugénio de Castro, diz já ter garantias da EDP que assumirá os encargos com a actualização do plano de pormenor das termas. “Já havia um compromisso por parte da EDP em assumir os encargos com essa actualização” adianta o autarca para quem esta situação “é obvia, porque a realização da obra é que impede que aquele plano seja exequível”.
Apesar de ter atrasado a recuperação das termas de S. Lourenço, Eugénio de Castro continua empenhado em que a barragem do Tua se construa, pois acredita que os benefícios serão maiores que os prejuízos. O autarca revela ainda que está prevista também uma pequena barragem para a ribeira de Linhares, também no concelho de Carrazeda, mas que não trará grandes vantagens para o município. “O benefício será para o país porque será mais uma fonte de fornecimento de energia”.
Uma pequena barragem anunciada para a ribeira de Linhares, que não traz grandes benefícios para o concelho de Carrazeda, ao contrário dos esperados pelo autarca local com a construção da barragem do Tua. Brigantia

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Oncologia com centro atrasado

O Centro Oncológico de Trás-os-Montes e Alto Douro, o primeiro a ser criado fora dos grandes centros urbanos de Lisboa, Porto e Coimbra já em 2004, tem a sua conclusão atrasada em mais de um ano, "com uma derrapagem já superior ao dobro do prazo de execução previsto e adjudicado, e descontando os cinco meses da providência cautelar", interposta por um dos concorrentes que perdeu o concurso para a obra, conforme denunciou o deputado social-democrata eleito pelo distrito de Vila Real, Ricardo Martins. JN
DN

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Daqui e dali... Rui Guerra

Ditadura das Tv´s, sem leitura! Que futuro?

As aulas começaram e entre polémicas e críticas os nossos jovens, regressam aos bancos da escola.
E para quê? Acreditamos todos, que para se prepararem melhor para o futuro e como cidadãos deste pais e do mundo com o seu saber ajudarem a construir um planeta melhor.
Aos que me ouvem dirão uns: verdade! Dirão outros: palavras leva-as o vento! Direi eu: correcto as duas coisas! Mas o que na verdade consubstancia o meu pensar é que um país sem cultura, sem conhecimento, sem civismo e respeito pelo ser humano e pela natureza não tem futuro.
Na verdade, a escola pode e deve ter um papel fulcral na prossecução destes objectivos claramente secundado pela família, onde os pais têm o papel cada vez mais difícil da sua presença ou ausência, a sociedade e a comunicação social.
Mas aos jovens tem que ser incutido o gosto, a vontade, pelo saber e conhecer o mundo que nos rodeia. E aqui lembro o quão é importante a leitura abundante, que lhes permite dominar o entender e o fazer-se entender!
Sem pretensões a mostrar caminhos a quem, por mérito ou não, está nos locais apropriados criando projectos, no sentido de se conseguir esse desiderato tão importante e tão falível na sociedade portuguesa do conhecimento, humildemente proponho em traços gerais, dever fazer-se tudo para alterar essa situação na sociedade portuguesa.
Assim sendo pergunto eu: como pode um aluno assimilar o conteúdo de um texto qualquer de história, geografia ou doutra matéria, se mesmo lendo com atenção, não entende o que leu, quantas vezes mesmo desconhecendo o significado e enquadramento das palavras mais simples? É obvio que por muito que o jovem estude, nunca o resultado será o minimamente desejável.
Em conclusão, a liberdade nos órgãos de comunicação social é imprescindível, mas nem por isso deixo de entender, devem os governos legislar, impor se quiserem, algumas limitações e programações e respectivos horários, que só prejudicam o saudável crescimento dos jovens, devendo também programas (que sei não batem recordes de audiência), mas ajudassem a nossa sociedade, especialmente os jovens, a entender-se melhor em português. E não me venham alguns com o argumento de que os filhos só vêm nas tv´s o que os pais deixam ver, o que também é verdade. Mas só para aqueles pais, cuja vida lhes permite acompanhar os filhos à noite em casa. Todos sabemos que há muitos pais fora, cujos horários de trabalho não lhes permite tal tarefa, daí entendo eu, o estado tem que assumir esse papel fiscalizador, sem dó nem piedade, em prol dum futuro melhor para os nossos jovens, logo para o nosso país.

Rui Guerra (Do programa Tribuna Livre, emitido semanalmente na Rádio Ansiães)
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segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Daqui e dali... Vitorino Almeida Ventura

Hélder de Carvalho e o surrealismo

Estava outro dia a folhear Apenas uma Narrativa de António Pedro e nem pensei no alinhamento do poeta com o regime salazarista. Vi que o livro estava dedicado a Aquilino Ribeiro e esta moralidade ainda muito viva:
"Era tão verdade que ainda não tinha acontecido".
Não era assim, numa concepção puramente ficcional, que todos deviam ler As Mentiras Verrinosas de Hélder de Carvalho e não tratá-las como se fossem notícia? O problema é que os cenários criados por ele são assumidos como factos — na tradição do Expresso, 2º Marcelo Rebelo de Sousa... —, e, não como no romance surrealista, onde tudo se joga na imaginação.

vitorino almeida ventura

Explosão fere pescador em situação ilegal

Um pescador de 54 anos ficou gravemente ferido, ontem, na sequência da explosão de artefactos de pirotecnia que estava a utilizar para pescar ilegalmente no rio Tua, em Alijó, disse fonte da GNR local. O sargento-chefe Pinto, comandante do posto da GNR de Alijó, afirmou que o homem, natural de Murça, foi pescar cerca das 9 horas no rio Tua, junto ao Amieiro, Alijó, utilizando material explosivo, designadamente bombas de foguetes, que rebentaram nas suas mãos. JN

domingo, 21 de outubro de 2007

sábado, 20 de outubro de 2007

EDP já admitiu poder baixar a cota no Tua

Barragem não afectará vinhedos nem linha de comboio

Autarcas querem reduzir cota da barragem para viabilizar a linha ferroviária do Tua e desenvolver projectos turísticos na região vinhateira do Douro.

A Barragem de Foz Tua poderá reduzir a sua cota de forma reduzir os impactos nas zonas vinhateiras da região e permitir a circulação de comboios na ferrovia do Tua. "Tivemos uma reunião com a EDP onde a empresa admitiu no caso de ser a seleccionada para a construção da barragem reduzir a cota", disse ao Expresso José Artur Cascarejo, presidente de Câmara Municipal de Alijó.
A Barragem de Foz Tua está integrada no Plano Nacional de Barragens recentemente divulgado pelo Governo. A sua execução à cota máxima (196m) implicaria a submersão da linha do Tua onde já foram gastos cerca de 3 milhões de euros na sua recuperação e afectaria parte importante de vinhas, nomeadamente, da Adega Cooperativa de Murça. As termas de Carlão e São Lourenço (Alijó e Carrazeda de Ansiães) estariam igualmente condenadas.
José Cascarejo salientou ainda que as autarquias (Mirandela, Alijó, Carrazeda de Ansiães, Murça e Vila Flor) querem que depois da construção a barragem se torne numa mais valia na região em termos e emprego e turismo: "Uma barragem não cria riqueza local. Depois de feita a zona fica um deserto. Queremos encontrar fórmulas para que esse investimento possa ser rentabilizado localmente e para isso contamos com quem vai construir a barragem".
Uma fonte de EDP, que solicitou anonimato, disse ao Expresso que a empresa "não revela a sua estratégia" para este projecto que irá a concurso público para a selecção da empresa responsável pela construção da barragem: "Apenas podemos dizer que trabalhamos com diversas cotas pelo que uma alteração na cota pode ser viável desde que a rentabilidade da barragem não seja posta em causa". Expresso
DN

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Portugueses procuram urgências da Galiza

O serviço de Urgência de Tui, cidade galega que faz fronteira com Valença, com sérios problemas de capacidade de resposta, tem vindo a ser cada vez mais procurado por portugueses. A funcionar para um universo de 19 mil habitantes da localidade, além das vizinhas Goian e Salvaterra, já de si número excessivo para os dois médicos e um enfermeiro disponíveis, a unidade está também a acolher um fluxo crescente de cidadãos residentes na margem portuguesa.
O não pagamento de taxa moderadora, a procura de "melhor assistência médica" e o encerramento do SAP de Valença, são os motivos invocados pelos utentes de Portugal para recorrer ao Ponto de Atenção Continuada (PAC) do Centro de Saúde de Tui, a menos de um quilómetro da fronteira. JN
DN

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Câmaras que tenham ultrapassado limite de endividamento vão receber menos verbas

Os 22 municípios portugueses que ultrapassaram os limites de endividamento em 2006 deverão receber menos verbas do Fundo de Equilíbrio Financeiro.
As verbas deverão ser canalizadas para o Fundo de Regularização Municipal, que será regulamentado ainda este ano. O secretário de Estado Adjunto e da Administração Local, Eduardo Cabrita, explicou que os valores a reter poderão diminuir, mediante as justificações apresentadas pelos autarcas.
A penalização incumprimento do limite de endividamento é a redução de dez por cento do duodécimo do Fundo de Equilíbrio Financeiro, até a situação estar regularizada.(...)
A lista de autarquias com as contas negras são: Ansião, Carrazeda de Ansiães, Castelo de Paiva, Guarda, Lourinhã, Macedo de Cavaleiros, Mangualde, Mondim de Basto, Nazaré, Ourique, Penamacor, Santa Comba Dão, Santarém, Torres Novas, Trancoso, Vila Franca do Campo, Vila Nova de Poiares e Vouzela. Correio da Manhã

“Reciclar é preciso!”

A empresa Resíduos do Nordeste lançou, ontem, em Carrazeda de Ansiães, o Plano de Sensibilização Ambiental para 2008. Mensageiro de Bragança

Futebol - Carrazeda de Ansiães

Associação de Futebol de Bragança
Divisão de Honra
F. C. Carrazeda de Ansiães - Argozelo.
Jogo às 15h00.
Domingo - 21 de Outubro


FUTSAL
Campeonato Distrital
F. C. Carrazeda de Ansiães - Poiares (Freixo)
Sexta - 19 de outubro - 21h30
Pavilhão da E.B. 2, 3+S de Carrazeda de Ansiães

Daqui e dali... Rui Guerra

A figueira das Paulas

Chegamos ao final de mais um ciclo. O Verão a despedir-se e o Outono a anunciar-se. É uma abundância de frutas quantas vezes esquecidas nas árvores campos fora, suplicando a quem passe “tirem-me daqui”. Mas outros tempos estão aí, e hoje é normal ver-se frutos da terra a apodrecer no campo. Dizem uns: "não vale o trabalho!" Na verdade já nada é como antes.
E este entróito meus amigos, serve apenas para vos falar de figueiras e figos, especialmente figos “pingo de mel”. É que por estes dias apanho autênticas barrigadas, dos ditos figos, que estão mesmo à mão de semear, em frente à porta da cozinha e no quintal dos meus sogros. Lá está uma dessas figueiras, que abastece grandemente a família em cada final de Verão. É um consolo e uma fartura. Como se diz. Directamente da árvore para o estômago. Nem mais e sem químicos ou outro qualquer infestante – apenas a árvore, a terra e água ao toro.
Mas os figos pingo de mel, fazem-me sempre recuar no tempo até à minha infância feita de muitas traquinices e ás barrigadas dos ditos figos que as colheitas clandestinas me proporcionavam, naquela grande figueira situada em pleno pomar das “Paulas” entre a casa destes e os Bombeiros.
Assim logo pela manhã bem cedinho, ou então lá para o final de tarde, sorrateiramente me esgueirava e empoleirava, colhendo os maiores e bem madurinhos à esquerda, à direita, onde os meus jovens braços chegassem. Gozava esta aventura sempre sozinho e empanturrando-me todos os dias desses fantásticos fogos. Eram até bem maiores do que todos os outros que então conhecia. O meu pomar era ali, no pomar das Paulas, bem ao "ladinho" dos bombeiros.
E, como um felino, ao mais pequeno ruído ali ficava quieto imobilizado, com o corpo bem colado ao grosso tronco, para melhor me esconder e segurar. Era a empregada das Paulas, que vinha cá fora, ao terraço ou um qualquer empregado agrícola, mas nunca ninguém deu por mim. Excepto quando não fui sozinho e resolvi partilhar este meu segredo com outros amigos. Aí os meus convidados para o banquete não eram amigos do silencio e estragavam tudo. Do mal o menos o capataz corria connosco. Então só havia que deixar passar algum tempo, assentar a poeira do esquecimento porque o capataz tinha mais que fazer outras lides do campo.
Ao fim de uma ou duas semanas, lá estava eu sorrateiramente, agora outra vez sozinho, ao meu banquete de final de Verão – ementa de figos pingo de mel. Por vezes acompanhados com um naco de pão do forno, que momentos únicos da minha infância.
Quantas vezes e como eu não me juntava ao resto do rancho de filhos para o pequeno almoço, lá me chamava a minha mãe da janela e ainda de barriga cheia de figos, dava também uma ajuda ao pequeno almoço familiar.
Esse pomar já não existe o cimento tomou conta desse espaço, mas por sinal a figueira ainda lá continua viçosa e com bons figos. E eu matando saudades na figueira do quintal dos meus sogros.


Rui Guerra (Do programa Tribuna Livre, emitido semanalmente na Rádio Ansiães)

Meio milhão de euros para modernizar comércio transmontano

Vinte e dois comerciantes do distrito de Bragança assinaram, na passada quarta-feira, os contratos do MODCOM – o Programa de Incentivos à Modernização do Comércio. Os projectos correspondem a um investimento total de um milhão e quatrocentos mil euros. E o apoio é de 496 mil euros. Através deste programa deverão ser criados cerca de 54 novos postos de trabalho em seis concelhos transmontanos: Bragança, Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Mogadouro e Vila Flor. Semanário Transmontano

Comércio reclama menos IVA no interior

O presidente da Federação das Associações Comerciais de Trás-os-Montes e Alto Douro reclama uma diminuição do IVA na zona de fronteira com Espanha, bem como dos impostos sobre imóveis. Justifica que a actual diferença na carga fiscal está a destruir o pequeno comércio do distrito de Bragança. Artur Nunes diz que é cada vez mais evidente que as pessoas vão fazer compras a Espanha. RBA
DN

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Douro Jazz - S. João da Pesqueira - hoje

17 de Outubro - 21.30 horas
S. João da Pesqueira
Desbundixie é um projecto que procura reviver o estilo dixieland, uma das variações do jazz surgida em Nova Orleães no princípio do sec. XX e internacionalizada por nomes como Louis Armstrong.

Câmara de Macedo na lista das mais endividadas

Numa lista recente divulgada pelo ministério das Finanças, a autarquia de Macedo de Cavaleiros aparece na décima-sexta posição das Câmaras Municipais com maior endividamento. No distrito de Bragança só é ultrapassada nas dívidas por Carrazeda de Ansiães (...) Brigantia

Reduzir produção de lixo com a ajuda das crianças

Reduzir a produção de lixo e aumentar a reciclagem. É o objectivo da Empresa Intermunicipal Resíduos do Nordeste, materializado num programa de sensibilização ambiental. Abrange cerca de cinco mil alunos do primeiro ciclo do Ensino Básico dos doze concelhos de distrito de Bragança e ainda do de Vila Nova de Foz Côa, no distrito da Guarda. O programa de sensibilização ambiental "Escola-a-Escola" começou com a entrega de um kit lúdico-pedagógico que incluia dois livros, um para pintar e outro que ensina a separar o lixo; uma caixa de lápis de cor; um caderno e outros materiais. O mote, claro está, é a reciclagem dos resíduos produzidos em casa e a utilização dos ecopontos e ecocentros. Segundo o director da Resíduos do Nordeste, Paulo Praça, a "cada vez maior produção de resíduos está a causar problemas e custos acrescidos", o que justifica o investimento na promoção da reciclagem e da diminuição do lixo produzido. "Ano após ano batem-se todos os recordes", acrescenta o responsável, estimando que este ano a produção nos 13 concelhos aumente "mil toneladas" - em 2006 deram entrada no aterro sanitário da Terra Quente 55 mil toneladas. "Temos de fazer alguma coisa para conter esta produção de resíduos", assevera. Preocupa-o que o volume de lixo aumente na proporção inversa da população, que continua a diminuir. "Se me falassem nestas questões há 20 anos, se calhar, ria-me. Hoje reconheço que é um grave problema para a sociedade", nota o presidente da Conselho de Administração da Resíduos do Nordeste e também da Câmara de Carrazeda de Ansiães, Eugénio de Castro. As crianças são vistas como as únicas capazes de poder olhar o futuro de maneira diferente e de ajudar desenvolver outra consciência ambiental. "Já não sou eu que vou aprender, mas antes os meus netos que vão para casa chatear-me a cabeça para reciclar", exemplifica o edil.
Paulo Praça revela ainda que, para estimular a temática da reciclagem do lixo, ao longo do ano serão lançadas outras iniciativas junto da comunidade estudantil, como concursos de contos, de banda desenhada e recuperação de pilhas. Eduardo Pinto in JN

Daqui e dali... João Lopes de Matos

Missiva
«Eu, Génio, me confesso a Vós, Senhor de Selores:
Caro amigo (permita que o trate assim):
Não sabe a angústia e o desespero em que tenho andado. Olho à minha volta e só vejo o deserto. Tenho meninas, é certo, mas não tenho sucessor.
Sinto-me velho e só os mal intencionados (ou ingénuos) é que podem pensar que eu passo a vida em determinadas brincadeiras. As meninas só servem para alegrar os corredores da burocracia. Para mais nada. Para que mais haviam de servir para mim?
Tenho qualquer dia que deixar o lugar que ocupo e, olhando à minha volta, só o consigo vislumbrar a si como meu sucessor. Sabe quanto me doeu esta conclusão. Mas, sempre que repetia o exercício de olhar, só o via a si.
Sei que tivemos dissenções, quezílias, arrufos.
Mas ainda existe muito de válido e profundo a ligar-nos: - as mesmas origens rurais, a mesma juventude passada no amanho das terras, os mesmos modos, e, sobretudo, as infindáveis conversas (discussões?) que tivemos os dois.
Depois de aceitar no meu íntimo a ideia de o escolher a si como meu sucessor (o que muito me custou, como deve calcular), não vai dizer-me que não.
É muito mais novo que eu e espero que diga que aceita. Sabe que me submeterei ao seu (igual ao meu) feitio truculento. Serei, nessa altura, um seu súbdito fiel e submisso e que nunca mas nunca o atraiçoará.
Aguardo ansiosamente resposta sua na volta do correio.
Não lhe telefonei porque tive medo de nos zangarmos só de ouvirmos a voz um do outro.
Responda, p. f..


Assinatura ilegível»



P.S. - Este texto deve ser entendido como uma piada e não como uma sátira.
João Lopes de Matos

Daqui e dali... Hugo Lopes


«Aqui te envio algumas fotos da zona envolvente das piscinas Municipais Descobertas.
Foi mau demais quando no passado dia 7 (Domingo) do corrente mês me desloquei até à referida área com uns familiares que estão na zona do Porto e eis que me deparo com este panorama... Acho que consegues imaginar a vergonha porque passei... Ainda me tentei desculpar que talvez tivessem sido excessos de Sábado,... mas a verdade é que volvidos 6 dias me voltei a deslocar à zona para fazer um pouco de desporto e lá estava tudo como o encontrei anteriormente...
Não sei se é falta de civismo de algumas pessoas, se será inoperância dos funcionários responsáveis pela limpeza e preservação da zona... Não tive tempo de compor as fotos, mas achei que tas devia enviar para tu fazeres delas o que mais te interessar..."foi um belo Postal que os meus familiares levaram da terra"»

Hugo Lopes

DN

100 anos de Escutismo

Cerca de 250 escuteiros participaram, anteontem, na cerimónia de Abertura do Ano Escutista, que decorreu na Praia Fluvial da Ribeira (Macedo de Cavaleiros).
Esta foi a segunda vez que a Junta Regional de Bragança do Corpo Nacional de Escutas (CNE) organizou um encontro para assinalar o arranque das actividades, numa jornada que valeu pelo convívio entre os seguidores do movimento criado por Baden Powell (B-P).P).
Vinhais, Sendim, Carrazeda de Ansiães, Bragança, Vila Flor, Miranda do Douro, Macedo de Cavaleiros e Mirandela foram alguns dos grupos participantes, sendo de destacar a presença de alguns dirigentes fundadores do CNE no distrito de Bragança, nomeadamente Zeferino Bastos (Carrazeda de Ansiães), Bárbara Gomes (Vinhais) e Hernâni Portugal (Bragança). Jornal Nordeste

terça-feira, 16 de outubro de 2007

BTT - À Descoberta de Ansiães

Domingo, 11 de Novembro de 2007
Organização: Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães



Metade do distrito sem verbas

Metade dos concelhos do distrito de Bragança não têm verbas atribuídas no plano de investimentos do Estado, o que para alguns autarcas "é irrelevante, como o próprio PIDDAC. Acabem com isso, o PIDDAC não serve para nada", defenderam, à Lusa, os presidentes das câmaras de Vila Flor e Carrazeda de Ansiães, o socialista Artur Pimentel e o social-democrata Eugénio de Castro. Estes concelhos, e mais quatro dos 12 do distrito de Bragança, não têm um cêntimo no PIDDAC para 2008. Vila Flor está nesta situação pelo segundo ano consecutivo, mas o autarca local (PS) diz que "nem por isso deixa de ter obra. Já no ano passado não tinha verbas no PIDDAC e Vila Flor tem três obras financiadas pelo Estado", disse, referindo-se à remodelação do centro de saúde, por um milhão de euros, a conservação de 11 quilómetros de uma estrada e um campo de futebol. O da Câmara de Carrazeda de Ansiães, Eugénio de Castro (PSD), dá o exemplo que considera "caricato", o do centro de saúde daquele concelho. Durante anos o centro de saúde teve "largas dezenas de milhares de contos em PIDDAC e que foi feito justamente quando só lá tinha uns 20 mil euros atribuídos. Esta é uma prova prática da relevância do PIDDAC", afirmou o autarca. Por isso, sustentou, "este documento do Orçamento de Estado não faz nenhum sentido e não se justifica".
Os dois autarcas transmontanos sustentam que há programas alternativos para obras de maior relevância e frisam, pela sua experiência de anos frente às autarquias, que "constar do PIDDAC não é sinónimo de concretização. O PIDDAC é só uma arma de arremesso político", diz o socialista Artur Pimentel.
O distrito de Bragança é contemplado no PIDDAC regionalizado do Orçamento de Estado para 2008 com pouco mais de 45 milhões de euros, com metade dos concelhos a não terem qualquer verba atribuída. JN

Seis concelhos do distrito de Bragança ficaram fora do PIDDAC. Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Macedo de Cavaleiros, Vinhais e Vila Flor não tiveram qualquer verba inscrita no plano de investimentos. Brigantia

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

domingo, 14 de outubro de 2007

O que se disse...

«A câmara não tem possibilidade de baixar (o IMI) e a minha convicção é que não deveria baixar»
.

Eugénio Castro, Presidente da Câmara de Carrazeda de Ansiães in Brigantia

Ver também:
Carrazeda de Ansiães reduz IMI

Agricultores valorizam terrenos para a barragem

Um grupo composto por cerca de 30 proprietários agrícolas da freguesia do Felgar, concelho de Torre de Moncorvo, criou um núcleo para salvaguardar os seus direitos enquanto donos dos terrenos que vão ficar submersos quando a albufeira da barragem do Baixo Sabor começar a encher.
A futura albufeira abrange quatro concelhos, Torre de Moncorvo, Alfândega da Fé, Mogadouro e Macedo de Cavaleiros, estimando-se que a reserva de água se estenda por cerca de 50 quilómetros. JN

Autarcas querem contrapartidas

Apesar de ser a favor da construção da barragem, o autarca de Carrazeda de Ansiães defende que sejam criadas algumas contrapartidas: "Desde logo condições de navegabilidade no Tua, com ligação ao Douro, e, depois, condições de acessibilidade, que substituam com vantagens a linha férrea", adianta. Também José Silvano admite que poderia mudar de "posição", se fosse garantida a navegabilidade até Mirandela e a ligação ao Douro. "Aí, sim, poderíamos retirar vantagens do turismo que já está associado ao Douro", argumenta. Público

Construção de Barragem impede manutenção do comboio no Tua

Com a decisão do Governo de avançar para a construção de uma barragem no rio Tua, parece estar definitivamente encerrada a discussão sobre a viabilidade e futuro da linha férrea, estrutura que tem sido utilizada pelo metro de Mirandela, numa extensão de 54 quilómetros. Grande parte desse troço ficará submerso pela albufeira, apesar de ainda não se saber qual a sua cota máxima. É esta a principal razão evocada pelo presidente da Câmara de Mirandela, José Silvano, para se manifestar contra o empreendimento. "Sou contra porque ainda não foi apresentada nenhuma medida de impacto positivo regional", afirma, numa altura em que praticamente se encontra isolado neste protesto. A barragem vai afectar também os concelhos de Murça, Alijó, Carrazeda de Ansiães e Vila Flor. Com excepção de Silvano, os restantes autarcas são favoráveis à obra, apesar de a sua construção implicar a submersão de uma linha férrea que ainda atrai cerca de 20 mil visitantes por ano. O vale do Tua é de extrema beleza, a linha está cravada ao longo de abruptas ravinas, que nalguns pontos chegam a ter mais de 200 metros de altura. A locomotiva parece por vezes suspensa sobre o rio. Eugénio de Castro, presidente da Câmara de Carrazeda de Ansiães, que sempre foi favorável à construção da barragem, reconhece a beleza ímpar do local, mas não hesita em fazer uma opção: "Se não for possível compatibilizar as duas coisas, temos de defender um empreendimento que tem interesse nacional e vai contribuir para o aumento de produção de energia no país", sustenta.
Termas com atraso
A decisão de avançar com o empreendimento eléctrico veio atrasar, pelo menos em dois anos, o projecto de exploração das termas de São Lourenço, neste concelho. "A barragem veio atrasar os nossos planos mas acreditamos que as próprias termas vão sair a ganhar", refere, idealizando já o potencial aproveitamento turístico que pode advir da subida do leito do rio: "Desportos náuticos, desportos radicais, turismo de montanha", exemplifica. José Silvano não partilha desta visão. "Quem conhece aquelas escarpas sabe que é impossível criar acessos à albufeira e muito menos criar hotéis ou campos de golfe", insiste.

Já a posição da autarquia de Vila Flor é "negociável", adianta Fernando Barros, vice-presidente deste município. Na óptica deste autarca os municípios abrangidos pela barragem e a empresa que ganhar o concurso de construção e exploração devem constituir uma empresa para onde deve ser canalizada parte da facturação do empreendimento: "E essas verbas devem ser aplicadas no desenvolvimento da região", defende. Público

sábado, 13 de outubro de 2007

lpveloso - intertoon

Lia pede ajuda em Bragança

É este sábado que se procede ao segundo rastreio para encontrar um dador de medúla óssea compativel com a Lia Rodrigues. Esta jovem sofre de leucemia e está internada no Hospital de São João no Porto. A Lia tem 19 anos e é estudante de Medicina. RBA

Câmara abdica dos cinco por cento do IRS para fixar pessoas e atrair investimento

A Câmara de Ponte de Lima decidiu abdicar dos cinco por cento a que tem direito no IRS dos sujeitos passivos, para estimular a fixação de pessoas e tornar o concelho mais atractivo.
De acordo com a nova Lei das Finanças Locais, até ao fim do ano os municípios podem decidir se prescindem da participação variável do Imposto sobre Rendimentos Singulares (IRS), que pode ir até aos cinco por cento.“Este é um investimento que fazemos nas pessoas e pelas pessoas”, acrescentou Daniel Campelo, sublinhando que se trata de mais um passo para tornar o concelho mais atractivo quer para viver, quer para investir. “A discriminação positiva a nível fiscal constitui a principal via para evitar a desertificação do interior”, frisou. PJ

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Amanhã - Espaço Solidariedade

Campanha de recolha de sangue
13 de Outubro - Sábado
Bombeiros Voluntários de Bragança
Para ajudar uma jovem de 19 anos, estudante, que tem leucemia e que precisa da ajuda de todos.

Rastreio à tuberculose começa segunda-feira

Está agendado para segunda-feira o início de um rastreio de tuberculose na Escola Básica 2, 3 e Secundária de Alijó. O alvo são alunos, professores e auxiliares que ficaram de fora no primeiro rastreio realizado em finais de Setembro, na sequência da identificação de cinco alunos e uma professora com aquela doença, desde Março deste ano. Eduardo Pinto in JN

Oito postos da GNR podem fechar em Bragança e Vila Real

Cinco postos da GNR podem vir a encerrar até ao final do ano no distrito de Bragança e três em Vila Real. Argozelo, Morais, Rebordelo, Sendim e Torre Dona Chama, no distrito de Bragança, são os postos que constam da proposta de reorganização do dispositivo territorial da GNR. No distrito de Vila Real estão em causa os postos de Cerva, Lebução e Pinhão. Brigantia

Daqui e dali... Vitorino Almeida Ventura

Salvador Dali, no Palácio do Freixo


Fui ver da colecção Clot — os desenhos, esculturas e quadros... de Salvador Dali, no palácio do Freixo, ao Porto. Numa fila interminável para a bilheteira,
pus-me a pensar o que fazia acorrer tanta gente ao local — como já acontecera com Paula Rego (no Museu Serralves, que bateu todos os recordes de visitas, pelo belo horrível de um corpo excessivo, tão disforme!... Oh, das mulheres com pernas abertas ao padre Amaro, onanista...). E coloquei-me as hipóteses mais bizarras:
— O facto de Dali haver um, iconoclasta proeminente, que poderia concorrer ao Concurso de Bigodes, patente no cartaz?
— O puro snobismo?
— Um erótico olhar sobre golfinhos e _ dragões das esculturas?
— A linguagem do inconsciente que fala em tantos dos seus desenhos, através de fantasmas e associações livres?
— De sua influência sobre a moda e a publicidade?
— Ou o rapto de Gala (mais do que) ao movimento sobrerrealista?
— Ou o escândalo permanente que fez a sua fortuna pessoal e o tornou para esse mesmo movimento um Avida Dollars, em anagrama?
— Seja... Que exibicionismo de seu traço tão particular, fora dos cânones da (também nossa pobre) época, tão prenhe de enlatados, e que nos devolve ao espelho o paradigma perdido da liberdade de expressão e da experimentação?
— Seja... Na sua expressão extravagante para 150 litografias da Bíblia sagrada, com epígrafes da tradição — até há bem pouco, apostólica romana —, em latim?
— Já agora: os seus trabalhos gráficos de ilustração a Padres Nossos, em várias línguas, pelo simbolismo da figura do Pai?
— Finalmente: o facto de haver filas e filas para, e as pessoas ali se sentirem confortáveis?

Assinale com um xis as hipóteses mais prováveis, para si.

vitorino almeida ventura

DN

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Daqui e dali... João Lopes de Matos

Perguntas:










  1. Queremos ou não que o concelho de Carrazeda persista como autarquia autónoma?
  2. Será isso viável?
  3. Isso depende de quê?
  4. Do aumento da população?
  5. Da riqueza produzida?
  6. Das duas coisas?
  7. O desenvolvimento e o aumento da população dependem da criação de postos de trabalho ou da subida da natalidade?
  8. A iniciativa e o dinamismo dos residentes é necessário à solução dos problemas?
  9. Poderão a Câmara e o Governo, sozinhos, fazer tudo para que haja desenvolvimento?
  10. Os imigrantes ajudariam a resolver o problema do aumento da população?
  11. Não será o envelhecimento dos habitantes impeditivo do avançar do concelho?
  12. Haverá gente nova suficiente para dar novo dinamismo ao concelho?
  13. Será necessária a participação activa dos residentes nos vários domínios: - social, educacional, religioso, desportivo, etc. - para que as soluções possam ter mais consistência?
  14. Serão necessários muitos investimentos de grandes capitalistas do concelho, do restante país ou até do estrangeiro?

João Lopes de Matos