sábado, 20 de outubro de 2007

EDP já admitiu poder baixar a cota no Tua

Barragem não afectará vinhedos nem linha de comboio

Autarcas querem reduzir cota da barragem para viabilizar a linha ferroviária do Tua e desenvolver projectos turísticos na região vinhateira do Douro.

A Barragem de Foz Tua poderá reduzir a sua cota de forma reduzir os impactos nas zonas vinhateiras da região e permitir a circulação de comboios na ferrovia do Tua. "Tivemos uma reunião com a EDP onde a empresa admitiu no caso de ser a seleccionada para a construção da barragem reduzir a cota", disse ao Expresso José Artur Cascarejo, presidente de Câmara Municipal de Alijó.
A Barragem de Foz Tua está integrada no Plano Nacional de Barragens recentemente divulgado pelo Governo. A sua execução à cota máxima (196m) implicaria a submersão da linha do Tua onde já foram gastos cerca de 3 milhões de euros na sua recuperação e afectaria parte importante de vinhas, nomeadamente, da Adega Cooperativa de Murça. As termas de Carlão e São Lourenço (Alijó e Carrazeda de Ansiães) estariam igualmente condenadas.
José Cascarejo salientou ainda que as autarquias (Mirandela, Alijó, Carrazeda de Ansiães, Murça e Vila Flor) querem que depois da construção a barragem se torne numa mais valia na região em termos e emprego e turismo: "Uma barragem não cria riqueza local. Depois de feita a zona fica um deserto. Queremos encontrar fórmulas para que esse investimento possa ser rentabilizado localmente e para isso contamos com quem vai construir a barragem".
Uma fonte de EDP, que solicitou anonimato, disse ao Expresso que a empresa "não revela a sua estratégia" para este projecto que irá a concurso público para a selecção da empresa responsável pela construção da barragem: "Apenas podemos dizer que trabalhamos com diversas cotas pelo que uma alteração na cota pode ser viável desde que a rentabilidade da barragem não seja posta em causa". Expresso

2 comentários:

Anónimo disse...

Pois... Uma situação ja esperada... Pois abrir os cordões à bolsa???? Vida dificil. Mas penso que é uma mais valia permanecer a linha em funcionamento.

Manuela

Anónimo disse...

Oxalá dessas discussões se faça a luz e fiquem todos a ganhar,especialmente os eternamente condenados transmontanos nordestinos.OXALÁ!
É que se pudermos ter a albufeira e manter a linha do Tua e os vinhedos, fico muito feliz.Quem me dera!Aí então tiro-lhes o chapéu meus senhores.Ah e já agora obrigado do fundo do coração.
Com sinceridade um amigo.
Rui Guerra