quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Foz Tua: UNESCO diz que classificação do Douro Vinhateiro não está em risco

A classificação do Douro Vinhateiro como Património da Humanidade "não está em risco iminente", no contexto das recomendações do relatório da UNESCO, disse à Lusa fonte da organização em Paris.
A classificação do Douro Vinhateiro como Património da Humanidade "não está em risco iminente", no contexto das recomendações do relatório da UNESCO, disse à Lusa fonte da organização em Paris.
A mesma fonte confirmou que tinha sido entregue às autoridades portuguesas um relatório com várias recomendações para manter a classificação, mas que até se chegar a uma possível desclassificação "há várias etapas e não é um processo automático".
Segundo a mesma fonte, Portugal pode naturalmente seguir as recomendações, mantendo a classificação internacional, chancelada pelaOrganização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura(UNESCO).
A questão "é sensível" reconheceu a mesma fonte, que disse ter sido o relatório remetido às autoridades portuguesas, nomeadamente à comissão nacional da UNESCO que, até ao momento, não respondeu às tentativas de contacto feitas pela Agência Lusa.
Os eventuais impactos da barragem de Foz Tua no Douro Vinhateiro motivaram uma recomendação ao Estado português por parte da UNESCOque surgiu depois de uma visita a Portugal de um grupo técnico da organização, para avaliar os referidos impactos, na sequência de umaqueixa apresentada pelo Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV).
Num relatório concluído no final de junho e remetido ao Governo português em agosto, aquela equipa aponta os impactos negativos e graves da construção do empreendimento e sublinha que o Estado português não adotou todos os procedimentos a que está obrigado perante a UNESCO no processo de análise e aprovação do projeto da barragem.
De acordo com o relatório, citado hoje pelo jornal Público, a construção da barragem terá "um impacto irreversível e ameaça o valor excecional universal [que é o fundamento da classificação da UNESCO]".
Expresso

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