segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Daqui e dali... João Lopes de Matos

A morte da avó do Rui

Há dias faleceu, com 98 anos de idade, a avó paterna do proprietário deste blogue.
Quero apresentar-lhe aqui, publicamente, os meus pêsames, sendo certo, porém, que a falecida tinha já uma idade provecta e que era natural que morresse.
E foi este facto que me deixou pensativo: - por muitos anos que se viva, chega sempre o momento de partir. E é este partir, cedo ou tarde, que põe em causa toda a nossa existência na terra. No fundo, por muitas explicações que se arranjem, a vida está cheia de mistérios, de fenómenos tão imbuídos de dúvidas e perplexidades, que nos deixam de boca aberta, com ar de pasmados.
Qual é o sentido da vida? Que andamos cá a fazer? Guiamos nós o nosso caminho ou somos impelidos por algo ou por alguém?
Neste caso concreto, eu sei, por conhecimento directo, que a falecida lutou sempre de vários modos por elevar o nível dos filhos, numa luta sem desfalecimentos. Por isso, a vida dela teve sentido.
Eu, ao saber do seu falecimento, fiquei aturdido com o facto de constatar que a morte acaba sempre por chegar. - Nesse dia, andei desorientado, atarantado mesmo. No dia seguinte, porém, o meu impulso vital fez-me esquecer isso e continuar a viver como se fosse eterna a minha vida.
Vá lá uma pessoa perceber tudo isto!
João Lopes de Matos

7 comentários:

  1. Que sirva de máxima e de exemplo

    cito:

    "lutou sempre de vários modos por elevar o nível dos filhos, numa luta sem desfalecimentos. Por isso, a vida dela teve sentido."

    mario carvalho

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  2. Afinal o que somos?
    Por vezes a duvida invade os meus sonhos, a incerteza estremece os meus objectivos, a razão da minha existência não se quer mostrar, o medo tenta deter-me, mas nada me afecta.
    Na minha vida sou dono e senhor das decisões, soberano de tal forma que posso eliminar barreiras e destruir qualquer tipo de problema.
    A vida não me controla. Eu não me queixo da vida. Eu sou a vida, eu controlo-a, sem mim ela não existia.
    Quando me surgem as perguntas: que sou? O que faço aqui? Eu dissolvo-as num mar de respostas que crio com a ajuda da felicidade, dos sonhos, da inteligência e da confiança.
    Seria fraco ao ponto de me deixar corroer por uma dúvida ou incerteza? Não!
    Quem sou? Eu sou o imperador e a vida é meu império onde por maiores que sejam os problemas, nada me afecta.
    Porque estou aqui? Para levar este império ao seu apogeu, para lhe dar a hegemonia que merece, para marcar a diferença, para fazer historia, para viver.

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  3. Cioran, o filósofo, em torno da campa de um amigo só pôde dizer que todas as teorias sucumbiam ali.

    Não há finais felizes.

    Vitorino Almeida Ventura

    Post Scriptum: Tudo o resto já o deixei ao Rui.

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  4. O Senhor Filipe Bragança (com todo o respeito) deveria citar o autor do pensamento reproduzido.
    Quero crer que ele não será o autor...
    mas se o é, que seja. Neste caso dir-lhe-ei que o Senhor deverá ser um "animal" cultural tão feroz, que não poderemos imaginar!

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  5. O senhor “anónimo” deveria ter citado o nome que tem no bilhete de identidade.
    É fácil quando nos esconde-mos atrás de um anonimato para criticar pessoalmente alguém que nem sequer conhecemos, isto para não falar da inexistência de argumentos que sugiram tal designação.
    Com todo o respeito (ao artigo no qual inseri o meu comentário) devo dizer que este “animal cultural tão feroz” se limitou a exprimir a sua opinião reactivamente ás questões que coloquei a mim mesmo no fim de ler o artigo original.

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  6. Quem tem Fé sabe que morrer não é o fim, mas o início de uma outra vida bem melhor. Ao morrer apenas nos transfiguramos. E, sendo assim, a nossa vida não é desprovida de sentido. Vivemo-la de modo a aperfeiçoarmos, burilarmos as imperfeições do barro grosseiro de que somos feitos em prol e benefício do outro. É uma caminhada em direcção ao Pai que, como nosso Criador, ama igualmente todos os seres humanos mesmo aqueles que não crêm NELE. O importante é amarmo-nos uns aos outros como irmãos. Respeitarmos e ajudarmos o nosso semelhante a caminhar, principalmente o mais desfavorecido.

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