sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Estradão da Refer levanta suspeitas

A Refer construiu um estradão em terra batida junto à estação ferroviária do Tua. O partido "Os Verdes" quer saber se tem a ver com a barragem e requereu à Assembleia da República uma resposta do Governo.
Na edição desta quarta-feira do Jornal de Notícias, um leitor publicou, na secção respectiva, uma foto mostrando o tal estradão e opinando que tal poderia indiciar a construção de "um corredor rodoviário para o início da construção da barragem" do Tua.
O deputado do Partido Ecologista "Os Verdes", Francisco Madeira Lopes, viu, na secção "Cidadão Repórter" do JN on-line, foto e texto do leitor André Pires, e resolveu entregar no Parlamento uma pergunta dirigida ao Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, sobre "a possibilidade de estarem já a decorrer obras para a construção da barragem da Foz do Tua, com trabalhos na Linha do Tua".
Segundo Madeira Lopes, "a confirmarem-se tais factos e propósitos, tal seria extremamente grave já que a barragem da Foz do Tua ainda se encontra em fase de consulta pública do respectivo Estudo de Impacto Ambiental, não existindo ainda qualquer decisão, favorável ou desfavorável, em relação à sua construção".
Ora, enquanto o deputado de "Os Verdes" aguarda pela resposta do Ministério tutelado por Mário Lino, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDRN) mandou, ontem, técnicos à estação para tratar de averiguar as condições em que o estradão foi criado e qual a sua finalidade. "Estamos a acompanhar esta situação", confirmou, ao JN, fonte oficial daquele organismo, acrescentando que a deslocação dos técnicos teve como objectivo "apurar se a obra está dentro da legalidade, nomeadamente, se foi licenciada".
A Câmara de Carrazeda de Ansiães, através do vereador, António Augusto, disse que "a Refer, como empresa pública, não precisa de uma licença para aqueles fins passada pela autarquia, apenas tem lhe dar conhecimento". Porém, acrescentou, "não o fez atempadamente". Para explicar melhor a intervenção ali realizada, autarquia e Refer têm marcada uma reunião para a semana.
A fonte da CCDRN revelou ainda que, pela observação já efectuada, "não se deduz uma relação entre a criação do estradão e a construção da barragem". Uma constatação que há-de ser lavrada no relatório.
De resto, Guilhermina Assunção, com café junto à estação, só agradece o novo acesso, já que até agora não era fácil um carro aproximar-se da sua porta. Porém, reclama que "devia ter alcatrão e uma rede metálica a proteger a escarpa para evitar a queda de pedras".
O JN tentou, ontem, sem sucesso, ouvir a Refer.
Eduardo Pinto, JN

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Ambientalistas contestam Tribunal de Mirandela

A Plataforma Sabor Livre vai recorrer da decisão tomada pelo Tribunal Admnistrativo de Mirandela de permitir o reínicio dos trabalhos de construção da Barragem do Baixo Sabor. O tribunal recusou a adopção da providência cautelar que foi interposta pelos ambientalistas. (...) RBA

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O amnésico

Daqui e dali... João Lopes de Matos

REGIONALIZAÇÃO

Volta a falar-se se deve ou não haver divisão do país em regiões.
Tenho algumas dúvidas.
O país é tão pequeno que não sei se vale a pena serem criadas mais regiões autónomas, como as dos Açores e da Madeira.
Estas justificam-se pela lonjura e separação física do continente.Aqui justificar-se-á dividir o país em mais pedaços, com todos os órgãos existentes nas actuais regiões autónomas?
Duma coisa, porém, estou convencido: - da necessidade de descentralização. Porquê e para quê?
Porque é preciso que muitos problemas tenham uma resposta mais rápida e para que os órgãos administrativos locais possam assumir as suas responsabilidades mediante a liberdade de serem adoptadas soluções diferentes para cada zona.
O Estado deve deixar de ser a entidade longínqua, à qual possam ser atribuídas todas as culpas, tornando-nos a nós irresponsáveis.
Temos que sentir a necessidade de pensar e decidir problemas. Temos que intervir mais na vida que nos diz respeito.
Assim como está, o governo central é a única entidade que tem obrigações. Nós não as temos. E é preciso tê-las.
Como se consegue isso?
É um facto que existem freguesias e concelhos demasiado pequenos. É preciso agregar umas e outros e reduzir o número de freguesias a um décimo das existentes e o número de concelhos a um terço.
Depois, as freguesias e os concelhos já podem ficar encarregados de mais competências e autonomia mais alargada.
Quase tudo pode ser comandado a nível concelhio: a saúde, a segurança, o ensino, o lazer, etc..
Como reconheço que há assuntos que dirão respeito a mais que um concelho, devem existir órgãos que agreguem representantes concelhios e que, reunindo periodicamente, resolvam os problemas referentes a vários concelhos.
Os assuntos ditos nacionais (defesa, justiça, parlamento, relações exteriores, obras de grande vulto, etc..) serão resolvidos a nível governamental.
É preciso dar uma dimensão mínima às freguesias e aos concelhos e resolvermos localmente muitos problemas, para nos responsabilizarmos e não deitarmos as culpas todas para os órgãos centrais.
Se a regionalização ficar por esta visão minimalista, acho que será uma medida acertada.
É preciso, rumo ao desenvolvimento, correr o risco da reorganização administrativa e da descentralização.

João Lopes de Matos

Tribunal autoriza continuação das obras na Barragem do Baixo Sabor

Os trabalhos de construção da barragem do Baixo Sabor, em Torre de Moncorvo, foram reiniciados ontem, depois do Tribunal Administrativo de Mirandela recusar as providências cautelares da Plataforma Sabor Livre.
As obras estavam suspensas desde o dia 30 de Dezembro de 2008, já que a Quercus e a Liga para a Protecção da Natureza (que integram a Plataforma Sabor Livre) tinham conseguido o “decretamento provisório”, pela mesma entidade judicial, de uma providência cautelar para suspender a execução do contrato de concessão de utilização dos recursos hídricos, celebrado entre a EDP e o Instituto da Água.
No entanto, depois de decorridos os trâmites habituais neste tipo de situações, o Tribunal Administrativo de Mirandela optou por não dar seguimentos às queixas, tal como informou, ontem, em comunicado, a própria EDP. A eléctrica também revelou que foi notificada pelo Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa de que “negou as providências de intimação da EDP para a suspensão da construção da barragem”, que outras associações ambientalistas, que também integram a Plataforma Sabor Livre, haviam requerido àquele tribunal.
Perante a luz verde concedida pelos tribunais, a EDP anunciou que se encontram reunidas as “condições necessárias” para retomar as obras de construção do Aproveitamento Hidroeléctrico da Baixo Sabor, empreendimento a que atribui “significativa importância para o sector energético nacional”.
A empresa justifica com a “reserva estratégica de água que possibilitará um reforço significativo da segurança de abastecimento”, bem como com a “articulação futura com a estabilização da produção de energia eólica”.
A barragem do Baixo Sabor e considerada pela EDP um investimento estruturante da ordem dos 450 milhões de euros, com 85% de incorporação nacional, e que terá em obra cerca de 1700 trabalhadores.
Eduardo Pinto/JN/RA

Festival "didáctico" de azeite em Mirandela

Começa hoje o festival de Sabores do Azeite Novo em Mirandela. É já a quarta edição do certame cujo objectivo é dar a conhecer à população os novos azeites produzidos este ano. E também serve para anteceder o festival gastronómico que decorre durante o mês de Fevereiro.
O vice-presidente da autarquia de Mirandela, António Branco diz que o festival não se trata de uma feira mas sim de uma acção de sensibilização. Do programa fazem parte várias iniciativas que visam educar as pessoas para escolha e consumo de azeite de qualidade. Exposições sobre a oliveira e a azeitona, um curso de iniciação de Provadores de Azeite, workshops e tertúlias.
A grande aposta do programa do festival são as provas didácticas de azeite, que segundo o vice-autarca de Mirandela, são essenciais para abrir o diálogo em torno do “néctar das azeitonas”. António Branco refere que é um festival de grande importância para a região que tem na produção de azeite a sua segunda maior riqueza económica. A alheira continua a ser o maior impulsionador económico. "Com a Denominação de Origem Protegida a alheira é a indústria mais estável da região" refere o vice-autarca.O quarto Festival de Sabores do Azeite Novo irá decorrrer então em Mirandela, de 28 de Janeiro a 1 de Fevereiro, um certame com exposições, workshops, seminários e tertúlias entre outras iniciativas, com o objectivo de educar as pessoas quanto ao consumo do azeite de qualidade. Azeite este que é elaborado por vários produtores individuais e cooperativas da região de Mirandela. RBA

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Braço-de-ferro na educação

O que se disse... Lídia Jorge

«A titularidade foi dada a professores bons, excelentes, maus e muito maus. Não premiou nada, porque baralhou tudo.»
Lídia Jorge, Público

Daqui e dali... Instituto da Democracia Portuguesa IDP


Caros Associados:
Está desde hoje disponível on line - em slide show - http://www.slide.com/r/UHBY6N0I1D_RK3vlqlpe8jSIpN4VNhFl - o sumário do projecto de Desenvolvimento sustentado Tua VALE, apresentado pelo IDP em Bragança a 17 de Janeiro de 2009 no colóquio organizado pelo Movimento Cìvico da Defesa da Linha do Tua.
O Colóquio contou com a participação de autarcas da região, deputados da Assembleia da República, especialistas universitários que realizaram o Estudo Prévio de impacto Ambiental da Barragem de Foz -Tua e representantes dos movimentos. além de numerosa assistência e meios de comunicação social.
Entre os participantes, foi maioritário o parecer que a barragem de Foz Tua bloqueia o desenvolvimento do vale repartido pelos cinco concelhos de Alijó, Mirandela, vila Flor, Carrazeda de Ansiães e Murça. ao eliminar a linha férrea do Tua, que tem um enorme potencial turístico - quantificado no projecto do IDP - e que quer serve de dorsal transmontano, com potencila para ligar o Douro em Foa Tua à rede de alta velocidade espanhola em Puebla de Sanabria.
http://www.slide.com/r/UHBY6N0I1D_RK3vlqlpe8jSIpN4VNhFl
Colaboração: Mário Carvalho

Museu do Imaginário Duriense abre hoje em Tabuaço

A secretária de Estado da Cultura, Paula Fernandes dos Santos, vai inagurar este sábado, em Tabuaço, o Museu do Imaginário Duriense (MIDU) – o primeiro dos 11 núcleos do Museu do Douro, que tem sede na Régua.
A partir de agora, o MIDU terá por missão a recolha e divulgação das manifestações do imaginário tradicional da região. É o caso do património imaterial herdado, que inclui o cancioneiro, o romanceiro, as lendas e tradições, entre outros exemplos. No conceito cabem ainda aspectos da vertente utópica e imaginária das novas gerações.
A exposição "Olhares sobre Alpajares" marca o arranque daquele espaço museológico que, para além de estar sedeado no centro da vila de Tabuaço, pretende ter uma abrangência regional.
A mostra inaugural parte da lenda da construção da calçada de Alpajares, também conhecida como Calçada do Diabo, em Freixo de Espada à Cinta. Tem textos e fotografias de Egídio Santos, João Paulo Sotto Maior e Luís Ferreira Alves, e um filme realizado por Luís Saraiva.
Para o mês de Maio está prevista a abertura de um outro pólo do Museu do Douro: O Núcleo Museológico do Pão e do Vinho de Favaios (concelho de Alijó). A sua missão é a preservação e divulgação dos saberes e artefactos associados aos trigos de quatro cantos e ao vinho moscatel.
Os núcleos de Tabuaço e Favaios são os primeiros de 11 núcleos do Museu do Douro, que conta com a colaboração do Municípios para pôr a rede em prática. Vila Nova de Foz Côa vai ter dois: o Núcleo da Amêndoa e o Núcleo do Somagre - foi o principal produto da Região Demarcada do Douro até ao século XVIII, uma planta que era utilizada nas indústrias da tinturaria e dos curtumes.
Os restantes pólos do Museu do Douro são: Vinho e Viticultura Duriense (São João da Pesqueira); Seda (Freixo de Espada à Cinta); Cereja (Resende); Arrais e Barqueiros (Mesão Frio); Núcleo Interpretativo da Linha de Caminho de Ferro (Figueira de Castelo Rodrigo); Gastronomia Tradicional Duriense (Lamego) e Central do Biel (Vila Real).
Para além destes, o Museu do Douro deverá estabelecer parcerias com o Museu do Ferro e da Região de Moncorvo e com o Museu do Azeite de Mirandela.
Eduardo Pinto/RA/JN

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

XIII Feira da Caça e III Feira de Turismo

De 29 de Janeiro a 01 de Fevereiro de 2009 Macedo de Cavaleiros vai ser o palco da XIII edição da Feira da Caça e da III Feira do Turismo. Os dois eventos mostram que Macedo de Cavaleiros se converteu não só numa referência na cinegética, mas sobretudo num destino turístico no nordeste transmontano, onde sobressai a sua riqueza paisagística e o seu património cultural, aliados à qualidade dos produtos regionais, da gastronomia e do saber receber das suas gentes. Na Feira da Caça e na Feira do Turismo os visitantes vão encontrar algumas destas propostas, pontos de partida para uma visita mais alargada ao concelho.

Regia Douro Parque em Vila Real

O Centro de Excelência da Vinha e do Vinho, Regia Douro Parque, deverá constituir mais uma forma de promover os vinhos da região e ajudar os empresários da área vitivinicola. Esta é pelo menos a convicção do Reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD),parceira do projecto.
O centro está em fase de candidatura ao Quadro de Referência Estratégica Nacional e surge no sentido de criar uma rede de conhecimentos com aval cientifico para ajudar os viticultores. O reitor da UTAD lembra ainda que mais do que a criação de postos de trabalho, este centro vai ter uma actuação próxima dos empresários, que numa área com sérios problemas como a viticultura, se torna essencial. O Regia Douro Parque vai ficar sedeado em Vila Real, pela centralidade que a cidade tem. RBA
DN

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Daqui e dali... Vitorino Almeida Ventura

Que retórica
em João Lopes de Matos?

"Se alguém parte de uma concessão,
atenção ao que se segue. Na cauda
vem o veneno."

Umberto Eco.

O que mais aprecio em João Lopes de Matos é a sua profunda humanidade. Quem o lê, às vezes não se apercebe de uma Bic fina... Quando começa com uma crítica, tem sempre uma palavra amiga no outro prato da balança, para equilibrar, uma vez que ninguém tem a razão toda... Como ninguém faz um diabo em carne-e-osso. Tenta sempre ver numa tv a cores, recusando a realidade a preto e branco, como os bons westerns.

Também quando começa por uma figura de retórica clássica, a concessio ou concessão, só os mais ingénuos podem julgar que se trata de falar aos anjos. Aliás, houve em Nova Iorque uma comédia sobre o anti-semitismo que se intitulava precisamente Some of my best friends... Assim, quando Lopes de Matos diz o meu amigo beltrano falou..., o mais provável é a conclusão ter uma tese negativa, colocando no outro prato da balança uma parte menos boa — em nome de uma profunda humanidade.

Que todos temos coisas boas, mesmo os nossos adversários, e tão más, assim os nossos amigos.

Vitorino Almeida Ventura
Post Scriptum: Ao contrário de mim, Lopes de Matos, João não usa o exemplum da retórica clássica. Não cita Susan Sontag ou Umberto Eco ou, sabendo eu (e lá estou a concordar com ele, por erros meus) que o exemplo isolado não basta, tendo apenas valor psicológico, mas não argumentativo

Neve de regresso à região já cortou estradas

O mau tempo de regresso à região. Muita chuva, ventos fortes e neve. O manto branco voltou a cobrir a região durante a última madrugada e início da manhã.
As previsões indicam que a situação vai manter-se até ao meio da tarde, como adianta a meteorologista.
Neste momento, estão cortadas a Estrada Nacional 315, que liga Macedo de Cavaleiros a Alfândega da Fé, pela Serra de Bornes.
Já a EN 206 que liga a Bragança a Torre Dona Chama, na zona da Serra da Nogueira, a circulação faz-se com alguma precaução.
Carrazeda também está coberta de neve e o trânsito na EN 214, entre Vila Flor e Carrazeda recomenda muita precaução.
O IP4 está cortado nos dois sentidos entre Campeã e Ansiães. A A24 entre Vila Real e Chaves condicionada na zona de Vila Pouca de Aguiar.
Por causa do mau tempo,todo o país está hoje sob alerta laranja, o terceiro de uma escala que vai até quatro.
Rádio Ansiães/Eduardo Pinto

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Os Verdes querem Linha do Tua classificada como Património Nacional

O partido ecologista Os Verdes apresentou uma resolução na Assembleia da República, no sentido de dar indicações ao governo para accionar a classificação da Linha do Tua como Património Nacional. O objectivo é que esta classificação impeça a construção da barragem de Foz Tua, e o desaparecimento da ferrovia. (...) RBA

José Silvano acusa os outros autarcas transmontanos de se demitirem da defesa da Linha do Tua

O presidente da Câmara de Mirandela, José Silvano, acusou, ontem, os autarcas e responsáveis políticos da região de se demitirem das suas responsabilidades de debater e escolher as melhores soluções para o futuro da região.
"Não sabem o desenvolvimento que querem",
acrescentou. As afirmações foram feitas à margem do debate promovido pelo Movimento Cívico pela Linha do Tua, que teve pouca participação, inclusive por parte dos autarcas das localidades onde ainda passa a linha que será submersa pela projectada barragem da Foz do Tua.
Neste debate assumiu-se a defesa da manutenção da Linha do Tua, mas também a sua reactivação entre Mirandela e Bragança, com prolongamento para Puebla de Sanábria (Espanha), que vai ficar com uma paragem do TGV. "Devíamos pensar em termos de sustentabilidade, no que é melhor para a região", sublinhou Silvano, explicando que a construção de caminhos-de-ferro custa, em média, 125 mil euros por quilómetro, um terço do valor da construção de uma auto-estrada. Silvano sustenta que, em termos de desenvolvimento, a reclamada ligação férrea poderia ser mais útil do que a própria auto-estrada.
Esta ideia colhe a simpatia da Câmara de Bragança. O vice-presidente, Rui Caseio, deixou claro que a ferrovia é imprescindível para o desenvolvimento do município. "Devemos lutar para que Bragança seja servida por uma linha de caminho-de-ferro", insistiu recordando que a capital de distrito nordestina, a única que ainda não possui um quilómetro de auto-estrada, é uma das duas (com Viseu), que não é servida por linha férrea. E considerou que a solução pode passar pela Linha do Tua "ou não".
Quem não admite outra solução que não a preservação integral da actual linha do Tua é Manuela Cunha, do Partido Ecologista "Os Verdes", que já apresentou uma proposta de resolução na Assembleia da República "para a classificação como Património Nacional, da linha do Vale do Tua" - o que, para aquela dirigente, já deveria ter sido feito, logo após a classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património da Humanidade pela UNESCO. "Não foi informada pelo Governo das intenções de construção desta barragem", assegurou, prevendo que aquela organização vai impedir a construção da barragem ou "desclassificar o património".
José Silvano recordou que um quilómetro de linha férrea custa, em média, 125 mil euros, um terço daquilo que custa um quilómetro de auto-estrada.
Pùblico/Rádio Ansiães

domingo, 18 de janeiro de 2009

Daqui e dali... Aníbal Gonçalves

Na sexta vimos na TVI mais uma reportagem sobre a questão da Linha do Tua. Podemos ver imagens impressionantes do último acidente que aconteceu em Agosto de 2008. A pessoa entrevistada, ainda a recuperar das graves mazelas provocadas no acidente, lamenta que depois serem apuradas as causas do acidente, ninguém tenha sido responsabilizado. A pessoa que fez as imagens, marido da pessoa entrevistada, que também seguia na composição, tem raízes em Pereiros. É um defensor activo da manutenção da linha e respondeu-me assim, quando lhe falei que ia voltar à Linha: “Volta sim à nossa Linha do Tua, Caminheiro! Volta por todos nós, pela nossa cultura, pelo nosso comboio, pela nossa região de Trás-os-Montes e Alto Douro. Vamos ficar-te muito gratos pelo que ouvires sentires e mostrares!”.Com este espírito, mostro mais uma vez uma selecção de fotografias a que chamei “Linha do Tua – 54 quilómetros de Primavera”. São 108 fotografias, 2 por quilómetros, numa bela viagem de Foz-Tua a Mirandela.



Outras viagens:http://alinhaetua.blogspot.com/


Aníbal Gonçalves

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Daqui e dali... Anónimo

«Sendo eu informático de formação, percebo e subscrevo a introdução de meios pessoais de computação acompanhando a aprendizagem escolar desde o ensino básico. O que não é aceitável é a gigantesca falta de racionalidade e de sensata contenção nas despesas de interligação que os Magalhães "trazem de série". O que ninguém explica é que cada Magalhães representa um contrato para a PT, implicando uma renda mensal à PT de 25 euros pelos serviços de comunicações e, alguém vai ter de os pagar, se não forem as autarquias será o governo, ou seja, se não for o nosso dinheiro será o dinheiro nosso. Imaginem 20 ou 30 crianças numa sala de aula, cada qual com a sua ligação individual quando era tão simples partilhar uma ligação por toda a escola e reduzir drasticamente esses custos. Fora da escola, aí sim, ficaria à escolha dos pais requererem ou não a ligação 3G, pagando parte da mensalidade, isso porque há muitas famílias que já têm net em casa e o Magalhães poderia ser integrado na rede doméstica sem custos adicionais.
Um operador da concorrência oferece gratuitamente os web books pelos contratos de serviços de comunicação durante 2 anos.
Visto isto os Magalhães são um excelente negócio para a PT e para quem os "assembla". O benefício para as crianças é inegável, mas o que se critica é o despesismo, sendo certo que um serviço mais racional mantendo as benesses dos portáteis poderia ter sido atingido com contratos muito mais vantajosos para o erário público.»

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Helicóptero do INEM deve ser instalado em Macedo no próximo mês

Fevereiro é a nova data avançada pelo Ministério da Saúde para o lançamento do concurso para a aquisição dos cinco helicópteros do INEM, um deles a situar em Macedo de Cavaleiros.
Um ano depois da data que estava prevista pelo antigo ministro da Saúde, Correia de Campos, surge a previsão do lançamento para o concurso de aquisição dos cinco helicópteros, três dos quais para o interior do país e um para o distrito de Bragança, Macedo de Cavaleiros.
A implementação destes meios no terreno, prevista para Junho, vem possibilitar o encerramento de alguns SAP (Serviços de Atendimento Permanente), pelo menos esta é a convicção do Ministério da Saúde, porque no distrito, os políticos socialistas garantem que nenhum SAP irá encerrar enquanto não estiverem construídas as vias rodoviárias básicas para a região: IP2, IC5 e A4.
(...) Rádio Ansiães

"Isto é uma fantochada"

http://sic.aeiou.pt/programasinformacao/scripts/VideoPlayer.aspx?ch=nos+por+ca&videoId=%7B6B0A8D01-4214-41E5-8402-7C8C49556202%7D

O que se disse... vários

«Manuela Ferreira Leite desafiou o primeiro-ministro para um debate público, no mesmo palco mediático (TV), sobre a política económica a prosseguir pelo País, neste momento dramático e excepcional que atravessamos. José Sócrates recusou.
De que tem medo o primeiro-ministro?
»
José Pedro Aguiar-Branco

«Lembrete para 2009: informar todas as sextas-feiras o senhor ministro das Obras Públicas das inaugurações, lançamentos, adjudicações e apresentações à imprensa previstos para as quatro semanas seguintes. Não é brincadeira, é uma ordem: dezenas de empresas tuteladas por Mário Lino foram "solicitadas" a enviar relatório semanal "de forma a que o Sr. ministro tenha informação actualizada no início de cada semana".»
Pedro Santos Guerreiro

«O primeiro-ministro é um exímio dialecta, e cultivou a arte de muito falar e pouco (ou nada) dizer.»
Baptista Bastos

«O Estado sou eu, pareceu dizer José Sócrates nas entrelinhas da sua entrevista à SIC. Para além do que disse, e do que ocultou, o primeiro-ministro demonstrou que apenas lê a cartilha de uma ideologia: a que lhe garante o poder.»
Fernando Sobral

"Pedimos culpa pelo incómodo"...

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Exposição de Pintura - Biblioteca Municipal Carrazeda de Ansiães

Poemas de J. Amaral Braga
Óleos de Odete Marília

Assembleia Municipal de Carrazeda autorizou Câmara a candidatar-se à regularização de dívidas

A Assembleia Municipal de Carrazeda de Ansiães aprovou, ontem, em sessão extraordinária, a candidatura da Câmara ao Plano de Regularização de dívidas do Estado.
O prazo termina na próxima quinta-feira e a autarquia tinha alguma urgência em ter o aval da Assembleia para apresentar a sua candidatura, para pagar dívidas na ordem dos 720 mil euros.
O presidente da Câmara, Eugénio de Castro, explica que apesar de poder entrar dinheiro fresco, "não é um novo empréstimo", sendo que apenas se tranforma "dívida de curto prazo em dívida de longo prazo".
Eugénio de Castro explica ainda que se for aprovada esta candidatura será possível regularizar algumas dívidas a prestadores de serviços e fornecedores.
A Assembleia Municipal de Carrazeda de Ansiães aprovou ainda a modificação do Orçamento da Câmara para 2009, cuja versão inicial não contemplava o pagamento ao pessoal não docente das escolas do Ensino Básico do concelho.
Rádio Ansiães/Eduardo Pinto

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Mirandela referenda linha do Tua

A Câmara de Mirandela vai promover um referendo popular sobre a linha do Tua, cujo resultado pode inviabilizar a construção da barragem que ameaça a ferrovia, anunciou o autarca local, José Silvano.
Esta primeira iniciativa de auscultação da população no distrito de Bragança está apenas dependente do parecer do Tribunal Constitucional, acrescentou o presidente da Câmara.
A pergunta que o município pretende fazer, aos cerca de 26 mil eleitores do concelho de Mirandela, é: "Concorda com a manutenção da linha ferroviária do Tua?".
(...) JN

Daqui e dali... João Lopes de Matos

A Consciência (A Alma?)

Deixem-me filosofar um pouco.
Deixem-me tentar saber quem somos, como somos.
Nós nascemos quando saímos do ventre materno. Mas, nesse momento, não temos consciência de existirmos. A nossa mãe tem: - isso vê-se pelos beijos que nos dá, pelos cuidados com que nos trata, pelo chegar dos seios com que nos dá de mamar.
Nós somos bonecos animados de vida, que só agimos para comer, digerir, urinar…
Pouco a pouco, porém, vamos tomando conhecimento da voz da mãe, do aconchego das mamas, do mudar da fralda.
Conhecemos outras coisas e os outros antes de nos conhecermos a nós próprios. A consciência de sermos uma individualidade diferente das demais só chega mais tarde (para os que chega).
No entanto, estamos imbuídos de vida desde a junção do espermatozóide com o óvulo.
E se temos alma desde então, ela não se manifesta, fica à espera do desenvolvimento do cérebro até ao preciso momento em que adquirimos consciência de nós mesmos.
Será que são a mesma coisa: consciência e alma?
Desde esse momento (ter sentimento de si) até ao momento em que se perde definitivamente esse sentimento (morte da parte do cérebro destinada a conhecer-se a si próprio), a consciência (de si e do que está fora) não existe de modo contínuo mas de forma intermitente.
Não existe enquanto dormimos ou estamos sonolentos e cada momento de consciência é permanentemente interrompido por momentos da sua ausência.
E há mesmo graduações (mais acutilantes ou menos) do conhecimento de si e do resto.
Para funcionarmos com um certo equilíbrio, é mesmo desejável que não se exerça grande pressão sobre o pensamento, não aconteça ficarmos com um cansaço cerebral e com as células cerebrais esgotadas.
Assim como o nascimento (a gestação, se quisermos) dá início ao processo de aquisição da consciência, assim a morte lhe põe termo definitivamente.
Se a alma é a mesma coisa que a consciência, ela não sobreviverá ao corpo.
Se é algo de diferente, teremos de concluir que, antes de se fazer notar, ela estará numa espécie de limbo, lugar para onde voltará quando morrermos.
Mas se alma, no entanto, continuar para além da morte, como será então o seu viver? Terá presenças e ausências como quando vivos? Dormirá? Estará sempre, sempre, sempre, lúcida?Veremos, quando lá chegarmos.
João Lopes de Matos
DN

Armando Vara promovido na Caixa depois de ter saído para a administração do BCP

Armando Vara foi promovido na Caixa Geral de Depósitos (CGD) um mês e meio depois de ter abandonado os quadros do banco público para assumir a vice-presidência do Banco Comercial Portugal (BCP).O ex-administrador da CGD e ex-quadro da instituição, com a categoria de director, foi promovido ao escalão máximo de vencimento, ou seja, o nível 18, o que terá reflexos para efeitos de reforma. (...) Público

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Neve e gelo cortam trânsito de estradas de oito distritos


A neve e o gelo impedem há largas horas o trânsito em várias estradas nos Distritos de Vila Real, Viana do Castelo, Braga, Bragança, Porto, Castelo Branco, Viseu e Aveiro, informaram a GNR e a Protecção Civil.
No Distrito de Vila Real, está cortada ao trânsito a EN-2 (Vila Pouca de Aguiar-Pedras Salgadas) e, em Bragança, a EN-315 (Sambade-Alfândega da Fé), a EN-206 (Mosca-Zoio e Vila Pouca de Aguiar-Valpaços), o Itinerário Principal (IP) 4 (Murça) e todos os acessos a Carrazeda de Ansiães. Diário Digital

Ambientalistas travam obras da barragem do Sabor

A EDP suspendeu as obras da barragem do Baixo Sabor, no Nordeste transmontano, devido a uma acção judicial interposta por um conjunto de organizações não-governamentais (ONG) de ambiente. A suspensão foi decretada pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela, que em 29 de Dezembro acatou uma providência cautelar da Plataforma Sabor Livre, que congrega várias ONG, contra a barragem.
Nesta acção, os ambientalistas pedem a suspensão do contrato de concessão entre o Instituto da Água (Inag) e a EDP Produção, alegando que a autorização do Ministério do Ambiente para a obra – a declaração de impacte ambiental – já não é válida
. (...) Público

Linha do Tua em Debate - Bragança, 17 de Janeiro de 2009

O Movimento Cívico pela Linha do Tua promove um debate público sobre a Linha do Tua, no Auditório Municipal Paulo Quintela, em Bragança, no dia 17 de Janeiro de 2009, às 14h
Neste debate, subordinado a dois temas principais, "Linha e Vale do Tua - Perspectivas" e "Linha do Tua – Desenvolvimento Regional", e moderado pelo Dr. José Manuel Pavão, Presidente da Assembleia Municipal de Mirandela, estarão especialistas de várias áreas e apresentaremos alguns dos projectos e estudos realizados para a região, nos quais se demonstra existirem alternativas ao desaparecimento de uma das mais emblemáticas linhas de montanha da Europa, a Linha do Tua.

Apresentam-se em seguida algumas das individualidades convidadas, cuja presença foi já confirmada:

Prof. Doutor João Joanaz de Melo, Professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa; Dirigente do GEOTA
Prof. Doutor José Manuel Lopes Cordeiro, Professor Catedrático da Universidade do Minho; Presidente da APPI - Associação Portuguesa para o Património Industrial e membro da Direcção do TICCIH - The Industrial Committee for the Conservation of the Industrial Heritage
Prof. Doutora Livia Madureira, Professora Auxiliar da Universidade de Trás-os-Montes e Alto DouroInvestigadora do Centro de Estudos Transdisciplinares para o Desenvolvimento (CETRAD); Participou no Estudo de Impacto Ambiental do Projecto Hidroeléctrico de Foz Tua – Sócio-economia
Prof. Doutor Manuel Tão, Doutor em Economia de Transportes
Dra. Manuela Cunha, Assessora do Grupo Parlamentar Os Verdes e Dirigente do Partido Ecologista Os Verdes
Prof. Doutor Mendo Castro Henriques, Professor Auxiliar da Universidade Católica Portuguesa; Presidente da Direcção do Instituto da Democracia Portuguesa e Coordenador do projecto Tua Valley
Prof. Doutor Raimundo Delgado, Professor catedrático da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto; Coordenador do estudo da FEUP solicitado pela Comissão de Inquérito ao acidente de 22 de Agosto na Linha do Tua
Prof. Doutor Rui Cortes, Professor Catedrático da Universidade de Trás-os-Montes e Alto DouroMembro da Fundação Nova Cultura da Água
Arq. Paisagista Viviana Rodrigues, Arquitecta Paisagista, realizou estudo sobre "A importância da Linha do Tua na contribuição da paisagem"

Esperamos ainda a participação dos autarcas da região transmontana, bem como representantes das entidades culturais, politicas, educativas, turismo e outras. Em representação do Movimento Cívico pela Linha do Tua estarão, entre outros elementos, André Pires e Daniel Conde
Auditório Municipal Paulo Quintela, em Bragança, no dia 17 de Janeiro de 2009, às 14h

Misericórdia de Carrazeda assaltada durante a noite

A Santa Casa da Misericórdia de Carrazeda de Ansiães foi assaltada, hoje de madrugada. Os larápios levaram um cofre de grandes dimensões, que transportaram numa carrinha da própria instituição.
Ricardo Pereira, provedor da misericórdia de Carrazeda, disse que os ladrões forçaram a porta principal para entrar nos escritórios e que terão sido vários os autores do assalto, pois o cofre “era mesmo muito pesado”.
O cofre continha, sobretudo, “bens pertencentes a utentes da instituição”. Os malfeitores trataram também de levar o sistema de gravação da videovigilância.
O montante do prejuízo causado por este assalto à Misericórdia de Carrazeda de Ansiães ainda não foi apurado.
Rádio Ansiães/José Luís Carvalho/Eduardo Pinto

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Douro é única candidatura portuguesa que passou à fase 2 das Sete Maravilhas da Natureza

A Região Vinhateira do Douro passou à segunda fase da escolha das Novas Sete Maravilhas da Natureza, sendo a única candidatura portuguesa ao galardão, segundo um elemento da organização que propôs a candidatura.
A candidatura é uma das 261 que se mantêm na corrida, das 440 que foram votadas até hoje.
Portugal apresentou seis candidaturas: Arquipélago dos Açores, Berlengas e Ilhas Selvagens (na categoria de Ilhas), Parque Natural da Peneda Gerês (Parques e Reservas Naturais), Vale do Douro (Rios) e Ria de Aveiro (Paisagem Marítima). Rádio Ansiães

Teatro de Vila Real com mais de um milhão de pessoas

O Teatro de Vila Real já conseguiu atrair um milhão e trezentos mil visitantes. Os números divulgados pelItálicoa Direcção revelam o êxito que está a ser um equipamento que vai comemorar o seu quinto aniversário em Março próximo.
Para celebrar a efeméride foi agendado para o dia 19 desse mês, um espectáculo de música e "tap dance" irlandesa, que reúne os grupos Celtic Caos e Dealan, que evocam os antigos festivais celtas
. Rádio Ansiães

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Tua: Empresa de Ovar condenada a indemnizar Refer por retirarada ilegal de carris e travessas

A empresa O2 - Tratamento e Limpezas Ambientais foi condenada, em processo cível no âmbito do caso "Carril Dourado", a pagar 105 mil euros de indemnização à Refer por furto de carris e travessas da Linha do Tua.
Na sentença, a que a Lusa teve hoje acesso, refere-se que a ré "não apresentou qualquer contrato ou autorização para proceder ao levantamento do material, muito menos a prova do pagamento do mesmo".
Espigueiro

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Dezembro foi mais frio que o «normal»

As temperaturas registadas em Portugal em Dezembro estiveram abaixo dos valores médios, tendo-se registado temperaturas mínimas inferiores a zero durante mais de duas semanas em cinco locais, segundo o último relatório climático do Instituto de Meteorologia, informa a Lusa.
Miranda do Douro, Sabugal, Mirandela, Macedo de Cavaleiros e Carrazeda de Ansiães foram as estações em que se verificaram temperaturas mínimas abaixo de zero durante mais de quinze dias
. Portugal Diário

Daqui e dali... M. Lameiras

"O Presidente da Câmara, eu e Carrazeda"

Assim escreve (e muito bem) JLM no artigo que antecede e que, como não podia deixar de ser, merece o meu simples e modesto comentário.
Afinal é cousa pública!
O desempenho do cargo de timoneiro e a nossa Câmara Municipal, deve ser, antes do cidadão propriamente dito, o objectivo que nos conduza às apreciações por bem entendidas.
Mas só isto não chega! Por vezes não é fácil, pois há sempre a tendência para observarmos uma pessoa que num meio como o nosso, nos é mais ou menos próxima.
Todavia com um pouco de humor propositado e comedido, a "coisa" ultrapassa-se!
Porque se tratou de pessoa desde muito cedo ligada às dinâmicas Municipais, equilatava-se então da indiscutibilidade na ocupação do cargo desde que resolveu radicar-se em Carrazeda.
Quanto a mim, desde logo disse que dado o percurso na Ilha, (pouca gente o sabia) se tratava de uma aposta nem ousada nem tímida, porquanto foi desde logo a reboque do Dr. A. J. R. Sampaio, qual fracasso, qual desastre maior que a este concelho poderia ter acontecido!
Esse foi o período mais negro que este concelho viveu e, no entanto, ninguém fala nele! Foi esse período, no qual Eugénio de Castro sustentabilizou a sua segunda estadia autárquica em Carrazeda, que lhe deu para tudo.
Governava, mas não era ele! Mandava, ou não, mas não era ele!
Nada fazia, mas a prática política do quanto pior, melhor, assentava bem na sua função!
Sabia então que 4 anos passavam rápido! A infelicidade do seu Presidente, quando sofreu um ataque de coração, foi (mais uma vez) "mel que lhe caíu na sopa". Não havia segundo mandato para Sampaio!
Eugénio tinha o caminho aberto para estes todos anos de fracassos continuados!
Nunca ninguém percebeu e parece que ninguém se interroga porque razão é que desde 1989, com tantos governos da área dos eleitos (PSD), Sampaio primeiro e depois E. Castro, nem sequer aproveitaram a onda DR. GAMA de Mirandela, para que fosse sustentabilizada uma política de desenvolvimento para Carrazeda.
Isto quer dizer a todos os Carrazedenses que o realizado foi mau e muito pouco!
O dinheiro desbaratado foi tanto que acabou por nos colocar numa situação financeira caótica!
Pessoalmente nada me move contra quem quer seja, mas caros amigos, há muitas respostas e justificações por dar!
Não me conformarei NUNCA, porque o nosso concelho está numa situação impensável e os prejudicados são os nossos filhos, os nossos netos e vindouros!
Certamente que outros virão, sendo preciso que estes alertas digam aos que aí vêm que há haver alguém atento, que tudo fará para não permitir mais e tais prepotências!
Obs:- O tema não se esgotará por aqui, creio!

M. Lameiras

Aldeias vendem vento para arranjar caminhos

O vento tornou-se na grande fonte de rendimento de várias aldeias do Alto Tâmega. Há casos em que o que recebem pelas torres eólicas é superior ao que recebem do Estado.
A maioria investe em caminhos agrícolas.
No caminho de Espinheiro, nas Alturas do Barroso, em Boticas, só passavam cabras. "E mal!". Hoje, "passa lá um autocarro, se for preciso". Foi alargado e alcatroado. Ficou com quatro metros. Desde 2004, o conselho de compartes dos baldios da freguesia das Alturas do Barroso investiu cerca de 52 mil euros em alargamento e limpeza de caminhos agrícolas. A verba gasta é, toda ela, proveniente da renda que a aldeia recebe pelo aerogerador instalado em terreno baldio. Está prevista a colocação de mais 12 torres eólicas. "Já andam as gruas a colocá-las", garante o presidente do conselho directivo dos baldios, Herculano Rua. Em média, a aldeia irá receber 5000 euros por cada aerogerador. O vento está a tornar-se a grande fonte de rendimento de algumas aldeias do Alto Tâmega, que arrendaram terrenos baldios para a produção de energia eólica. Espigueiro

DN

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Daqui e dali... João Lopes de Matos

O Presidente da Câmara, eu e Carrazeda

Poderia intitular este artigo doutra maneira: "O actual Presidente da Câmara, eu e Carrazeda". Mas a redacção do título é propositada sem a palavra "actual". Quero ver mais a função que a pessoa. Quero ter o direito de fazer apreciações ao desempenho do cargo e tomar posição mais sobre os problemas e soluções do que sobre a pessoa, que eu quero respeitar. Como, aliás, devo respeitar a instituição "Câmara".
A minha postura, aliás, sobre Carrazeda é simples: - sou um reformado, já com alguma idade(cerca de 70 anos), tenho a sorte de ter uma boa reforma, que me permite não ter que me candidatar a nada e me permite ajudar os meus filhos, no que não faço mais que a minha obrigação, até porque a vida não está nada fácil para os mais novos.
Durante a minha vida, li muito, pensei muito, errei muito, acertei pouco e ganhei gosto pela discussão aberta dos problemas. Tentei cuidar da minha escrita e da minha fala de modo a não ofender ninguém, sem deixar de dizer aquilo que acho que deve ser dito.
Procurei também adquirir algum sentido de humor, para não levar a vida exageradamente a sério.
Ultimamente, ganhei alguma coragem para me expor e expor as minhas ideias (sempre prontas a serem alteradas se a isso os outros me convencerem).
Acredito, actualmente, numa sociedade aberta, em que as pessoas defendam os seus pensamentos de forma não violenta. Acredito que as soluções hão-de resultar do entrechoque das opiniões e que a luta verbal ou escrita é absolutamente indispensável a termos uma sociedade participada, dinâmica, activa, crítica. Respeitando-nos uns aos outros, claro.
Quanto ao sr. Presidente da Câmara, acho que ele teve uma formação muito ligada (desde cerca de 1960) às câmaras. E isso tem o seu lado positivo (experiência) e o seu lado negativo (ver os problemas sobretudo pelo lado de dentro e o perigo de parar no tempo, na adopção das soluções).
Fez (ou tentou fazer) algumas coisas para o concelho. E julgo que seria ele o primeiro a sentir orgulho em ter conseguido que Carrazeda não se atrasasse, como a generalidade dos concelhos do interior. Só que isso é uma tarefa árdua, ciclópica, não fácil de atingir.
Durante muito tempo, houve que dotar o concelho de infra-estruturas mínimas e, para nós, que nascemos na década de 40, só o abrir uma fraca estrada, inaugurar uma fonte ou uma ponte, era um feito notável.
Mas as coisas alteraram-se imenso. Afinal, sonhos como a biblioteca, o centro cívico, o centro de apoio rural, as piscinas, etc., etc., que pareciam grandes obras, reduzem-se a quase nada, porque se transformam em obras de fachada, não usadas. Parece que pouca gente se deu conta que tudo o que se possa fazer não é nada se não tivermos gente (e gente participativa, não gente que, como a de outros tempos, olha para as obras como algo que é só para ver e não põe sequer a hipótese de um uso (o maior e melhor possível) em prol de todos.
Nalguma medida, o sr. Presidente da Câmara foi, como quase todos nós, vencido pelas mudanças não previstas.
Não é fácil o que se apresenta pela frente: temos (ou teremos em breve) boas estradas, acesso a serviços de saúde, locais para prática de desporto e diversos entretenimentos e não temos gente.
E sabemos que o desenvolvimento que se conseguir para o interior já não irá respeitar a divisão administrativa que existe. As pessoas já não irão residir nos lugares em que têm residido até agora.
Estamos nós preparados para isso?
Eu, pela minha parte, apenas quero dar uma modesta contribuição para o encontrar das soluções que olhem para a frente.
Não quero mais que dar opiniões e sugestões ou apresentar soluções. Mas não pretendo ser eu a implementar as obras: - isso pertence, de direito, a gente mais nova.
João Lopes de Matos

Casas de Turismo Rural vazias

Antes os clientes faziam lista de espera, agora nem apareceram turistas. A crise está a provocar mossa nas casas de turismo rural transmontanas. O sinal mais evidente foi a passagem de ano. Se na transição de 2007 para 2008 quase todas as casas tinham reservas feitas, nalguns casos com dois meses de antecedência, na última passagem de ano muitas ficaram vazias.
A quebra na procura foi substancial, admite Júlio Meirinhos, da Entidade de Turismo do Porto e Norte. Este responsável apresenta a crise e a falta de promoção, devido à extinção das regiões de turismo, como principais justificações para a falta de procura das casas de turismo rural. Júlio Meirinhos refere que, apesar de tudo, para o periodo de fim de ano a quebra nas restantes infra-estruturas hoteleiras da região não ultrapassou os 5,8%. RBA

Preocupante perda de turistas em Trás-os-Montes

A crise também chegou ao sector hoteleiro nordestino que neste fim de ano pode ter perdido quase 6% dos turistas que habitualmente escolhiam a região como destino para as festas de entrada no novo ano.
A Região de Turismo do Nordeste Transmontano fez as contas da taxa de ocupação hoteleira no distrito de Bragança no final de Dezembro e os números apontam para um cenário que reflecte a crise, com uma retracção da procura. As perdas de visitantes andarão entre os 3.4 e os 5.8%, relativamente a 2007, mas estes números são ainda "provisórios", adiantou Júlio Meirinhos, daquele organismo, pelo que poderá verificar-se que as perdas são maiores, uma vez que as previsões iniciais apontavam para um decréscimo de 10%.
Apesar de algumas unidades terem conseguido preencher a capacidade disponível, como é o caso do Hotel-SPA de Alfândega da Fé, que esgotou as dormidas, ou das casas-retiro do Parque Natural de Montesinho, que há cerca de um mês já estavam todas reservadas, Meirinhos diz que nas unidades privadas da área protegida, nomeadamente as de turismo rural ou de habitação, o cenário é bem diferente. "Há unidades que ficaram a zero, quando no ano passado um mês e meio antes do final do ano já estavam lotadas", explicou.
A crise económica que "anda na boca de toda a gente", frisa aquele responsável, é uma das razões, no entanto a situação não será alheia ao processo de transição para a nova Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte, que obrigou à suspensão das actividades promocionais da região de turismo transmontana, enquanto se aguarda a resolução dos novos trâmites de trabalho e a realização de eleições, marcadas para este mês. Desde Março que em Trás-os-Montes não são realizadas acções promocionais, nomeadamente publicidade e participação em feiras. "Esta situação teve influência no decréscimo do número de visitantes à região", garante Júlio Meirinhos.
"O aumento da ocupação turística do Douro depende da implementação de um programa de animação ao longo do ano". Assim o pensa o chefe de projecto da Estrutura de Missão do Douro, Ricardo Magalhães. "Não basta termos quartos. Também precisamos de um conjunto de produtos que retenham o visitante", referiu ainda o responsável. No Verão e na época de vindimas a maior parte das unidades hoteleiras esgota, enquanto na época de menor procura têm uma ocupação modesta.
Daí que Ricardo Magalhães defenda a criação de "programas de animação ao longo de todo o ano", de modo a que os fluxos turísticos à região possam ser dispersos pelas quatro estações. "Temos de encontrar projectos, eventos, congressos, em suma, animação".
JN

domingo, 4 de janeiro de 2009

Ensino profissional mais que triplicou nos últimos dez anos em Portugal

O ensino profissional mais do que triplicou nos últimos dez anos em Portugal, tanto em número de alunos como na oferta de cursos, abrangendo actualmente quase um terço dos estudantes do secundário, indicam dados do Ministério da Educação.
Em 2009, ano em que se comemoram os 20 anos do ensino profissional em Portugal, estão a frequentar este tipo de cursos quase 91 mil alunos, dos quais 60,3 por cento em escolas secundárias públicas. O número de alunos inscritos em cursos profissionais tem mantido crescimentos constantes desde há, pelo menos, dez anos, quando estavam inscritos 27.995 alunos, apenas nas escolas profissionais. "O Governo propunha-se atingir a meta de, em 2010, ter metade dos alunos do secundário a frequentar a via qualificante e, actualmente, à entrada no 10º ano, já alcançámos o objectivo", afirmou a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, em declarações a propósito das comemorações públicas, que se iniciaram em Janeiro. Para o presidente da Associação Nacional do Ensino Profissional, no entanto, o ensino profissional abrange ainda uma parcela relativamente reduzida da população estudantil, já que a opção por cursos profissionais é feita por 30 por cento dos cerca de 300 mil alunos que frequentam o ensino secundário em Portugal. (...)Público

sábado, 3 de janeiro de 2009

DN

Autarquias recusam nomear comandantes na Protecção Civil

A maioria das câmaras do país não nomeou, ao contrário do que a lei prevê há mais de um ano, comandante operacional municipal. Logo que o diploma foi elaborado, a Associação de Municípios manifestou-se contra o cargo.
Publicada em Novembro de 2007, a lei 65/2007 define a organização dos serviços municipais de protecção civil e responsabiliza os presidentes das autarquias pela nomeação do comandante operacional. Em situação de emergência, compete-lhe coordenar o socorro, completando a malha hierárquica de comando que já existe a nível nacional e distrital. Missão particularmente importante em concelhos com vários corpos de bombeiros. (...) JN

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

O que se disse... Aníbal Cavaco Silva

«A verdade é essencial para a existência de um clima de confiança entre os cidadãos e os governantes.
É sabendo a verdade, e não com ilusões, que os portugueses podem ser mobilizados para enfrentar as exigências que o futuro lhes coloca.»

Mensagem de Ano Novo do Presidente da República
Palácio de Belém, 1 de Janeiro de 2009

Um 2009 Muito Bom!

Antero