sexta-feira, 30 de maio de 2008


Daqui e dali... Mário Cardoso

FOME

Temos ouvido falar ultimamente, que existe fome em Portugal. A pobreza aliada à fome, a baixos níveis de vida e exclusão social sempre existiu e infelizmente nunca nenhuma ideologia política a conseguiu erradicar de facto na prática… seja em Portugal ou no resto do mundo com excepção da Suécia e da Noruega onde os níveis de pobreza são muito baixos devido a políticas sociais muito eficazes.
Mas Portugal não é Suécia ou Dinamarca, e mesmo que tivéssemos os mesmos recursos económicos e o mesmo PIB que estes países têm, continuaria a haver muita pobreza e má gestão dos recursos…
Por todo o mundo há uma tendência generalizada do aumento do preço dos cereais em especial do trigo e do arroz, devido ao aumento galopante do preço do petróleo. Este fenómeno reflecte-se na nossa economia e sobretudo nos bolsos dos mais desfavorecidos.

Existem dois milhões de pobres em Portugal o que equivale a um terço dos portugueses. O banco alimentar contra a fome refere que um milhão de portugueses passa fome diariamente. Já são muitas as famílias para quem, há uns tempos atrás, seria impensável este cenário de dificuldade e hoje recorrem, sem alternativa, ao banco alimentar porque o seu salário não chega para pagar as contas correntes. Torna-se difícil gerir o orçamento quando os ordenados não acompanham o crescimento dos preços dos bens essenciais, dos combustíveis e do aumento constante das taxas de juro... O endividamento das pessoas “aliciadas pelos bancos” prejudicou muito a classe média, empobreceu-a posso dizer mesmo que a estrangulou… A banca é perversa e todos nós sabemos que ela não dá nem oferece nada a ninguém. Têm uma estratégia de marketing persuasiva e persistente que leva os mais incautos e impulsivos a comprar muitas vezes sem terem necessidade, não sabendo que irão ficar mais pobres ainda…
Ferias em destinos exóticos pagos em prestações baixas em que a primeira mensalidade é grátis, todos os bancos oferecem as melhores vantagens no crédito à habitação, compre hoje pague só amanhã e esse amanha pode transformar-se num dia amargo…
Sem querer, as pessoas “cegam-se” deixam-se levar pelo impulso, mas será que a culpa é só do cidadão?
Porque não emana o Governo um decreto-lei que limite o Marketing de instituições financeiras junto dos Média?
A classe média poderá vir a ser os novos pobres de amanhã. As estatísticas dizem que há 200 mil portugueses que passam fome, que são os sem abrigo, os idosos que sobrevivem com um rendimento miserável que muitas vezes não chega para pagarem os medicamentos, quanto mais para comerem. Existe também a fome envergonhada e esta não está nas estatísticas. Estes são a classe média. O Sr Primeiro Ministro, “como seria de esperar”, diz que está tudo bem…
Mas será que estamos numa verdadeira e preocupante crise? Ou será que a riqueza está toda ela mal distribuída e as receitas do estado mal investidas?
O quadro poderá não ser tão negro, porque vem aí muito investimento em obras públicas como o novo aeroporto, TGV, auto-estradas, barragens etc…
A Economista Manuela Silva diz que é necessário uma resposta séria no plano social e político. O governo tem a responsabilidade de criar um fundo de emergência social para acabar com a fome em Portugal. Penso que a resposta poderá ser então uma maior justiça social e equidade de rendimentos. Quanto à crise internacional espero que seja passageira e que os líderes do mundo evitem a especulação e deixem de ser reféns dos interesses dos grandes grupos económicos…

Mário Cardoso

Centro Oncológico atrasado

Dois anos depois do anúncio da abertura do Centro Oncológico de Vila Real, o serviço continua de portas fechadas. Para o deputado, Ricardo Martins, este é um atraso inquaificável, ainda assim, justificável para a administração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro. A obra está pronta desde Agosto de 2006, mas quase dois anos volvidos o serviço ainda não abriu. RBA

José Sócrates vai adjudicar túnel do Marão

A cerimónia de assinatura de adjudicação da concessão do Túnel do Marão deverá ser presidida pelo primeiro-ministro, José Sócrates, em Amarante, amanhã, pelas 11 horas, junto ao local onde termina a actual A4, segundo revelou, ontem, fonte do governo civil de Vila Real.

O troço, que vai ligar Amarante e Vila Real (passando ainda por Baião e Peso da Régua), em cerca de 32 quilómetros, e que inclui um túnel de 6,7 quilómetros que atravessa toda a serra (entre Padronelo e Campeã), vai ser construído por um consórcio liderado pela Somague e é o primeiro de oito troços lançados pelo actual governo, num total de 1.650 quilómetros de auto-estrada. JN

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Passes sobem em todo o País excepto os sociais de Lisboa e Porto

Os títulos de transporte vão aumentar em todo o País, já a partir de Julho, à excepção de Lisboa e Porto. É que a promessa do Governo de congelar os passes, afinal, apenas se aplica às transportadoras que integram o sistema do passe social destas duas regiões metropolitanas.
Os passageiros dos transportes colectivos fora destas áreas vão ter de desembolsar mais pelos seus títulos de transporte a partir do dia 1 de Julho. A Associação Nacional dos Transportes Rodoviários de Passageiros (Antrop) fixou o aumento dos títulos em 6% . DN

Daqui e dali... Sabre07

Candidatos a Presidente da Câmara(PC):

Mais uma acha, que o tempo vai mau.
Constitui-se arguido o actual PC, com os crimes que se descrevem a seguir.
-Este concelho fica localizado no deserto, dentro do pequeno oásis do distrito, culpa do PC.
-Só passa por aqui quem tem GPS desorientado ou necessidades imperiosas, culpa do PC.
-Raras são as empresas sedeadas nesta maravilhosa terra, culpa do PC.
-O Concelho é pobre, culpa do PC.
-A agricultura já não é rentável, e vai ficando a monte, culpa do PC.
-A indústria é de pequeníssima dimensão, e foge para outras paragens, geralmente o litoral, culpa do PC.
-O turismo é uma eterna criança, e com futuro adiado, culpa do PC.
- O comércio é de subsistência, culpa do PC.
A fauna já debandou à muito, culpa do PC.
A flora (virgem) já foi, culpa do PC.
Confirmam-se os factos e o réu e condenado à pena de jejum autárquico durante quatro anos, a ser cumprida na íntegra, após 2009, dado a persistência destes crimes durante alguns mandatos. Fim de citação.

Voltando a este Concelho, é notório a insatisfação e o desânimo instalados no espírito (fado) carrazedense, no domínio do progresso, passando pela melhoria do nível de vida e terminando na criação de empregos. Partindo destes pressupostos, podemos continuar o rosário de queixumes, de imputar responsabilidades a torto e a direito, seguindo este caminho é certo e sabido que não vamos a lado algum, mas dás-nos imensa alegria, gozo e satisfação, conseguimos passar muito das nossas responsabilidades ou insuficiências para terceiros e com esta paixão cega conseguimos culpar o PC por necessidades não satisfeitas quando compete a nível superior, leia-se governo.

Vamos ao essencial, deve o actual PC recandidatar-se? Falo em renovação.

Nas últimas autárquicas renovou a equipa, ficou mais jovem, todos sabem que assim foi, podemos sempre discutir, se as apostas foram bem feitas, mas será uma discussão estéril porque como é bom de ver, cada um nós tem ideias diferentes, seria pessoalizar os candidatos e não as suas capacidades para as funções ou trabalho produzido. Sempre podemos dizer que não participamos nessas escolhas, o que é verdade, mas que não se negue a renovação que existiu.

Quero chegar ao ponto, dar lugar aos novos, frase muito badalada.
Para qualquer potencial candidato, será importante a idade? Ou os projectos que apresenta?

Quanto aos projectos: deve haver plano de actividades, objectivos realistas e metas exequíveis, quem as tem? Quem as poderá ter? É que não basta ter ideias é fundamental ter capacidade económica para a sua realização, e na situação actual desta Câmara, tenho muitas dúvidas que alguém com sentido de responsabilidade possa assumir e cumprir qualquer programa de trabalho (lá estou a levar as coisas a sério).

Serei pessimista ou realista?
O conhecimento procura-se no desconhecido, confirma-se este dizer.

Para que não fiquem dúvidas contesto pontualmente a gestão autárquica, (a democracia deu-nos essa liberdade) muitas coisas faria de forma diferente, focalizo as promessas não cumpridas, uma ou outra nunca irá ser concretizada, todos temos opinião e raramente será compartilhada ou igual, mas também tenho a certeza que dificilmente se pode aspirar a um futuro mais risonho só porque se mudam os actores. Para mudar deve ser para melhor, neste momento (ainda é cedo?) só fumo negro.

Qual será o melhor candidato?

Por mim, voto nos desempregados, nos do rendimento de inserção social (sem ofensa). Vá lá, mostrem que são capazes, colaborem no progresso desta autarquia, façam as vossas candidaturas, sempre ficam com emprego, ou será que este não é apelativo e sedutor?

Com o desespero de mudança, vale tudo.

Sabre07

Preço do gasóleo obriga ao abandono de tractores e o regresso aos animais

Muitos agricultores de Trás-os-Montes ponderam voltar a recorrer aos animais na agricultura, pondo de parte as máquinas agrícolas, devido ao aumento constante do preço do gasóleo agrícola. Desde o ano passado aquele combustível aumentou de 70 para cerca de um euro, referiu Abreu Lima, vice-presidente da CAP (Confederação dos Agricultores Portugueses).

As subidas constantes aumentam o custo de produção. A utilização de máquinas agrícolas na agricultura da região tem aumentado nos últimos anos. Actualmente a maior parte da agricultura já se faz com recurso da mecanização, estima-se que existam cerca de 10.500 tractores no distrito de Bragança, até porque cada vez mais há falta de mão-de-obra, mas os velhos tempos da utilização de animais como o burro ou o boi podem estar de volta. Abreu Lima considera que os aumentos são “brutais”, especialmente no gasóleo verde. “Os custos de produção saem extraordinariamente mais agravados, mas a rentabilidade não aumenta na mesma proporção”, explicou. Estes aumentos estão a criar situações de “enorme gravidade e imensa preocupação” para os agricultores, muitos deles já com idade avançada e sem uma agricultura competitiva. Nos últimos meses o chamado gasóleo verde tem subido duas vezes acima do combustível normal, o que para Abreu Lima, é revelador de que a penalização é brutal relativamente aos custos e aos preços do ano passado. “Não se justificam minimamente”, disse. “Se porventura houvessem aumentos idênticos aos do combustível normal, mas o combustível verde aumentou acima do outro”, acrescentou. Verifica-se com isto uma clara intenção de penalizar o agricultor, na opinião do responsável da CAP.São já muitos os agricultores da região que estão a abandonar as máquinas, nomeadamente o tractor, e a recorrer novamente aos animais. “Por essa via não se pode pedir ao agricultor competitividade, não pode haver competitividade de custos com a agricultação tradicional comparativamente à situação industrializada”, acrescentou.

Os agricultores estão a ser muito penalizados relativamente à crise actual, principalmente os transmontanos, por vivem numa região de minifúndio, com pequena propriedade. “Somos desafiados para ter competitividade, mas não nos criam as condições necessárias para isso”, lamentou.

Os agricultores olham para Espanha, onde têm electricidade verde e combustíveis mais baratos, condições e apoios do Estado. “Aqui não temos nada disso, nem temos uma política mais ou menos segura que o Estado português continua a não nos garantir”, referiu o dirigente, que considera que o agricultor transmontano vai caindo cada vez mais. “O momento actual é pior do que aquele que se vivia no ano passado”, frisou.

Os problemas dos agricultores são os de sempre, mas agora agravados. Foram algumas destas preocupações que os agricultores da região manifestaram durante a quarta edição do Dia do Agricultor, realizado ontem em Macedo de Cavaleiros, um concelho onde o sector primário ainda representa uma das principais ocupações da população. O presidente da Câmara, Beraldino Pinto, disse que para além da homenagem que se presta ao agricultor, também se oferece a possibilidade de eles poderem discutir assuntos de interesse.

Os seguros agrícolas são outra preocupação, uma vez que são muitos os agricultores que não aderem a estas medidas de protecção. Abreu Lima defende que deviam ser repensados na forma como estão constituídos, porque “não são garantias ao agricultor”. Para a CAP a solução ideal seria promover um seguro ao rendimento e não um seguro à situação pontual, uma vez que há culturas que podem ser abrangidas pelo seguro agrícola actual, mas há outras, como a oliveira, que não têm vantagem em aderir a esse tipo de situação. “Numa situação anormal que possa surgir, obviamente que os apanha desprevenidos”, explicou.

No passado sábado uma queda anormal de granizo destruiu várias culturas em São Pedro Velho (Mirandela), e a maioria dos agricultores não dispõe de seguros de colheita. O sistema actual não motiva a adesão.

A CAP tem a “máxima desconfiança” relativamente ao PRODER (Quadro de Apoio à Agricultura), um dos temas em destaque, relativamente ao que abrange e às áreas que cobre, pois exceptua a maior parte da tradição agrícola portuguesa para privilegiar determinadas áreas que não são tradicionais no país. “Esperamos para ver, alertamos todas as instâncias relativamente ao documento antes da sua aprovação, nomeadamente a Comissão Europeia, o Governo e o Presidente da República, mas não fomos ouvidos”, referiu. O Informativo

quarta-feira, 28 de maio de 2008

DN

Daqui e dali... Vitorino Almeida Ventura

Scolari

é realmente o melhor treinador virtual do mundo... Não precisa de ir ver os jogadores ao vivo, nem os jogos nem. Em sua táctica perfeita, o 4x3x3, de um qual espírito superior que recusa fazer bluff e surpreender os adversários, cabem sempre a Nossa Senhora de Caravaggio e o Padre Nosso, ao balneário com… As bandeirinhas nas janelas e a padeira de Aljubarrota. Depois ainda dizem que a selecção não tem colectivo! Que marquetingue infalível, pago a peso de ouro por um povo sobre-endividado, mas tão dado a luxos, em seu órgão corporativo, à imagem real do Antigo Regime: a Federação Portuguesa de Futebol.

Também quem hoje quereria tal cargo? José Mourinho, ao menos, disse que não, porque ainda gostava de trabalhar.

vitorino almeida ventura

Régua:Comboio histórico regressa sábado à Linha do Douro

O comboio a vapor volta a percorrer a Linha do Douro no sábado, numa viagem que visa fazer "regressar" os passageiros ao início do século XX e que se vai repetir todos os sábados até Outubro.

A primeira locomotiva do programa "Comboio Histórico do Douro 2008" parte da estação da Régua com um grupo de passageiros convidados para a viagem inaugural, que será idêntica à realizada pelos turistas.

A 30 quilómetros à hora, a velha locomotiva a vapor vai percorrer os 46 quilómetros que separam o Peso da Régua do Tua (concelho de Carrazeda de Ansiães), numa viagem que tem como paisagem predominante o rio Douro e as vinhas património mundial da UNESCO.
O passeio será acompanhado de animação por grupo de música e cantares tradicionais da região do Douro.
A locomotiva a vapor foi fabricada na década de 20 pelo construtor alemão Henshel & Shon e na formação das composições vão ser utilizadas carruagens históricas construídas entre 1908 e 1934, recuperadas na sua traça original, o que permite "recriar um ambiente que faz lembrar as viagens dos inícios do século XX".
Os comboios a vapor tiveram uma importância histórica determinante para o desenvolvimento da região do Douro, nomeadamente no escoamento do Vinho do Porto e na comunicação entre as localidades durienses.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Daqui e dali... Zé Oliveira

Nunca é de mais clamar contra o erro profundo dos nossos políticos em quererem restringir Portugal a uma faixa litoral de 20 ou 30 quilómetros, reservando o restante para paisagem - e só.
A demasiada aglomeração de populações, ainda por cima desenraizadas, cria graves problemas sociais nas grandes urbes.
Pergunto: Onde está a dificuldade em criar um plano eficaz de ordenamento para o nosso tão pequeno território?
Nas nossas aldeias ou nas nossas cidades pequenas, não há portugueses a passarem fome ou a dormirem em vãos de escada (quando não é sob um viaduto...). Essa é uma característica das grandes cidades... Por que razão continuamos a permitir que as cidades grandes cresçam mais?
Zé Oliveira

Daqui e dali... João Lopes de Matos

O Senhor Presidente da Câmara

Desde que escrevo nos blogues que tenho tentado que as discussões não se resumam à vida pública e privada do sr. Presidente.

Nem tudo depende dele e é bom sermos capazes de estudar, de discutir e de resolver problemas, seja quem for que ocupe a cadeira presidencial.
Mas nada feito.

Cheguei à conclusão de que o único assunto que as pessoas gostam de discutir é o que faz o presidente, o que não faz, como se a vida dos munícipes dependesse apenas dele, o todo-poderoso.

Os blogues, reconheço, por vezes, afunilaram tudo no sentido pretendido por toda a gente.
Tanto me cansei de ouvir falar dele, que me apetece agora dizer sobre ele alguma coisa.
Para já, qual a função do presidente?
Proporcionar as infra-estruturas básicas de bem-estar e de desenvolvimento ou fazer também o próprio desenvolvimento económico?
Parece-me que apenas as duas primeiras: estradas, arruamentos, abastecimentos de água e electricidade, proporcionar o saneamento, ser o suporte de serviços como a educação, a saúde, a segurança, infra-estruturas industriais e outras.
Agora, o desenvolvimento económico? Se assim for, que cabe às pessoas fazerem?
Este presidente, vamos ver, tem cumprido?

Fez (ou mandou fazer) estradas (a da Fontelonga ao Seixo tem um significado especial para mim, pois com ela sonhei décadas), caminhos (agora para a senhora da Costa, outro sonho meu antigo), abastecimentos de água, saneamentos, embelezou as aldeias (arruamentos e recintos desportivos), sobretudo, Carrazeda (bem sei que alguns candeeiros estão tortos, mas lá se hão-de endireitar), piscinas de água quente, etc., etc..

Mas por muito que faça ou tenha feito, dizem-me que já cansa. E, se ficar, não deixa nada para os outros fazerem.

O seu estilo é popular, terra a terra, mas, julgo que a brincar, por vezes, é ditador.
A sua permanência, no entanto, já faz pensar que os carrazedenses sem si não são nada.

Deixe entrar outro (sim, porque se o senhor quiser, o senhor fica), novo de preferência (até escolhido por si), que aproveite todo o vencimento de presidente, já que o senhor recebe apenas um terço, o que não compensa de modo algum tanto aborrecimento.
Além disso, está a preparar-se para ser, quem sabe, um ilustre advogado. Dá realmente a entender que quer ir embora.

Eu não lhe peço que fique. Pelo contrário.

Vai ver que não é mau de todo ser livre. Digo-lho eu que estou reformado.

Mais uma vez (COMO SEMPRE) o que digo no blogue a seu respeito é por mim assinado.
A minha consideração.

João Lopes de Matos

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Carrazeda fez a “dobradinha”

Azuis e brancos confirmaram supremacia e conquistaram a Taça vencendo, na final, o Sp. Moncorvo por 11-6
O Carrazeda de Ansiães conquistou o segundo troféu da época 2007/2008. A equipa de Artur Sequeira venceu, neste sábado, a Taça da A.F.Bragança ao bater, na final, o Sporting de Moncorvo por 11-6. Com esta vitória, a equipa azul e branca fez a “dobradinha” e terminou o defeso com 100% de vitórias. Em 29 jogos, o Carrazeda conseguiu outras tantas vitórias. Na final da Taça da A.F.Bragança, Carrazeda e Sporting de Moncorvo encontraram-se num encontro prometedor que terminou com a vitória incontestável dos azuis e brancos. O Sporting de Moncorvo entrou bem no jogo tentando surpreender o adversário através da rapidez dos alas, principalmente pelos jovens Manuel Tiago e Simão. Aliás, estes dois atletas tiveram duas boas oportunidades logo no início da partida. Do lado do Carrazeda, Rúben e Edgar responderam com muito perigo, criando claras oportunidades de golo. Só foram necessários cinco minutos para a primeira alteração no marcador. Vitor colocou o Carrazeda em vantagem com um remate frontal à baliza. O Sporting de Moncorvo acusou o golo mas mesmo assim conseguiu chegar à igualdade através de Manuel Tiago. Mas, o 1-1 durou poucos segundos já que Eduardo Vieira marcou o 2-1 através de uma boa jogada de entendimento. Aos poucos, a maior preparação física do Carrazeda fez-se notar perante um Sporting de Moncorvo que não conseguiu aguentar o ritmo dos minutos iniciais. E, aos 17’, o Carrazeda protagonizou uma das melhores jogadas do encontro. Eduardo Vieira colocou na direita onde apareceu Edgar a cruzar para Rúben que voou com estilo para cabecear e fazer o 3-1. Na segunda parte, o Carrazeda entrou com força e, em quatro minutos, colocou o marcador em 7-1 através dos golos de Marco, Rúben e Edgar. Aos 28 minutos, o jovem Manuel Tiago, um dos melhores elementos do Moncorvo, reduziu para 7-2 na sequência de um livre. Mas Edgar e Vitor marcaram aos 30 minutos e viram Pedro reduzir para 9-3. Com este resultado, o Carrazeda, que já tinha quatro faltas cometidas, viu Rúben Samorinha, um dos seus melhores atletas, ser substituído por lesão e começou a entregar a iniciativa do jogo ao Moncorvo. Até ao final, Tó Neto bisou e viu o colega Manuel Tiago facturar depois de mais um golo de Edgar. O jogo terminou com o marcador a assinalar 11-6 para o Carrazeda que ergueu, com toda a justiça, a taça da A.F.Bragança. Edgar Sousa, atleta do Carrazeda, foi considerado o homem do jogo, não só pelos quatro golos que marcou mas também pelas assistências e pela grande segurança defensiva. Do lado do Sporting de Moncorvo, o destaque vai para a qualidade dos jovens jogadores. Se o clube manter a estrutura da equipa, certamente que estes jogadores ainda vão dar que falar. Mensageiro

Santana Lopes defende IRC zero para o interior

IRC a 0 para as empresas que venham a investir na região transmontana. A ideia já não é nova, o próprio autarca de Bragança a defende, assim como Luis Filipe Menezes, ex-lider social-democrata, mas Santana Lopes, candidato à liderança do PSD, veio à capital de distrito dizer que acredita nesta medida para desenvolver o interior. Pedro Santana Lopes esteve este domingo em Bragança, onde reuniu com os mandatários da candidatura e militantes do PSD na sede do partido.
O candidato falou das razões porque avança para uma candidatura ao cargo de presidente do PSD mas também aproveitou para abordar alguns temas que fazem a actualidade transmontana. Um dos quais a Linha do Tua e a futura barragem. Santana Lopes lamentou as indecisões em torna da reabertura da Linha do Tua, mas em relação ao desaparecimento da mesma, devido à construção da barragem, diz que até compreende a decisão do governo, mas prometeu estudar melhor o tema e dar uma resposta definitiva sobre a barragem na próxima terça-feira.
RBA

sábado, 24 de maio de 2008

Portugal e o abismo da desigualdade

Linha do Tua: Circulação integral restabelecida no sábado

A Linha do Tua reabre sábado em toda a extensão, depois de ter sido parcialmente encerrada em Abril devido a um acidente, revelou hoje o presidente da Metro de Mirandela.
José Silvano, presidente da Câmara de Mirandela e do metro local, que faz o transporte de passageiros ao serviço da CP, disse à Agência Lusa que recebeu hoje um fax da REFER a informar que a circulação na Linha do Tua será restabelecida no sábado.
"O metro partirá da estação de Mirandela às 08:00 com um grupo de professores de geografia que viajará directamente até ao Tua", salientou.
A circulação entre a Brunheda e o Tua foi suspensa a 10 de Abril devido a um deslizamento de terras que atingiu uma Dresin, uma máquina utilizada pela empresa para fazer operações de vistoria ou outros serviços na linha.
Entre aquelas duas estações está a ser feito o transbordo rodoviário.
Os condicionamentos são semelhantes aos que foram introduzidos na linha durante quase um ano depois do acidente com uma composição do Metro de Mirandela, que ocorreu em Fevereiro de 2007 e provocou a morte a três pessoas.
O Instituto dos Transportes e da Mobilidade Terrestre (IMTT) esclareceu hoje que vai manter até 02 de Junho a permissão de circulação em regime de marcha à vista (máximo de 30 km/hora), em ambos os sentidos, entre a estação de Tua e o apeadeiro de Ribeirinha.
Entre Ribeirinha e a estação de Mirandela, em ambos os sentidos, vigora o regime definido pela tabela de velocidades máximas estabelecidas para a Linha do Tua.
José Silvano adiantou que esta situação será reavaliada a 02 de Junho, altura em que serão dadas a conhecer as conclusões do relatório do LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil) sobre as condições de segurança na Linha do Tua.
O IMTT tinha anunciado, no dia 16 de Maio, que a partir de quinta-feira seria retomada a circulação no troço entre a Brunheda e a Estação do Tua, só que, um dia antes da data prevista mandou um fax ao Metro de Mirandela revogando a primeira decisão e anunciando uma nova data, que seria a 02 de Junho. O autarca de Mirandela queixou-se da falta de explicações sobre a situação mas já hoje referiu que se terá verificado uma confusão nas informações trocadas entre os organismos públicos envolvidos no processo
. Diário Digital
Colaboração: Mário Carvalho

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Cota 170 para a barragem do Tua é a solução mais favorável

A cota definitiva para a construção da barragem do Tua só vai ser conhecida no final deste ano, mas a EDP admite que a solução mais favorável será a dos 170 metros.

Porque do ponto de vista global, pesando as consequências ambientais e sócio-económicas, é a que minimiza mais todos os impactes negativos. A linha do Tua ficaria com os últimos 16 quilómetros submersos, entre a foz e as proximidades da Estação de Santa Luzia, não afectaria as termas de Carlão nem a Adega da Brunheda, e o alagamento de vinhas no concelho de Murça ficaria reduzido a cinco hectares.

Segundo documentos da EDP a que ao JN teve acesso, o Estudo de Impacte Ambiental, entregue há uma semana no Instituto da Água (INAG), apresenta como possíveis as cotas 170, 180 e 195. Esta última fazia parte da proposta que venceu o concurso de adjudicação do empreendimento. No entanto, a primeira solução é a que agrada mais aos autarcas dos municípios abrangidos. Tendo em conta que a concessionária também não está interessada em entrar em conflito com os agentes locais, a cota 170 ganha cada vez mais consenso.

Na fase de consulta pública, que deverá decorrer entre Agosto e Outubro, os interessados poderão constar que à cota mais alta os custos relativos a indemnizações também iriam disparar. É que para além da área agrícola inundada ser de 310 hectares, iria afectar as Caldas de Carlão, a Adega da Brunheda, 12 habitações ficariam submersas e seria preciso substituir seis pontes, bem como construir novos acessos.

No entanto, o INAG será o responsável em última instância pela decisão. E aqui há outros factores que poderão vir ao de cima. É o caso do valor que a EDP tem de pagar ao Estado pela concessão. Enquanto que uma cota 170 vale 63,6 milhões de euros, a 180 significa 82,8 milhões e a 195 representa 121,8 milhões, ou seja, quase o dobro da cota supostamente mais favorável. No momento da adjudicação provisória, em 28 de Abril, foram já pagos 53,1 milhões de euros, equivalente a uma cota 160.

Ora, fixando estes números, o presidente da Câmara de Mirandela, José Silvano – o único dos cinco que bate o pé à barragem – aponta que o Governo deu prioridade a este empreendimento a pensar, “não só no abastecimento público a nível nacional, mas também nas contrapartidas financeiras que vai obter através do INAG”. Silvano entende que aquelas contrapartidas “deviam ficar nos territórios onde a barragem vai ser construída”. O autarca pretende pedir explicações ao presidente do INAG, que hoje vai estar em Mirandela.

“Verdes” exigem debate público sobre a barragem do Tua

O Partido Ecologista “Os Verdes” faz figas e deseja que o “namoro entre a EDP e os autarcas do Tua seja infértil”. Na passada terça-feira, do final de uma reunião entre as partes, em Murça, transpirou um clima de colaboração que indicia que a decisão final para a construção da barragem do Tua agrade a todos.

Porém, Manuela Cunha, dirigente dos ecologistas, está convencida que a disponibilidade da EDP para o entendimento é apenas “conversa fiada”, pois a decisão final sobre a cota final caberá ao INAG. A responsável alega ainda que, “tantos estragos fará a barragem com uma cota mais alta como com uma mais baixa”, sendo que o que está em causa é a “destruição do vale do Tua, a submersão da linha e as vinhas na zona de Murça”.

Os Verdes desafiam também os presidentes de Câmara a “promover um debate público”. Alegam ter “consciência de que as pessoas, na sua maioria, não são favoráveis à barragem”. Criticam também que a fase de consulta pública do Estudo de Impacte Ambiental decorra durante o verão, ou seja, em período de férias. “Uma estratégia do Governo para reduzir a participação das populações e entidades”, criticam.

Detalhes:

Consequências da construção da Barragem do Tua de acordo com as diferentes cotas possíveis:

Construída à cota 170 metros:
- Submerge 16 Km linha do Tua, desde o paredão da barragem (a construir a cerca de 1,5 Km da foz do Tua), até às proximidades da Estação de Santa Luzia
- Afecta 93 hectares de área agrícola (Vinha, Olivais e outras culturas) nos cinco municípios envolvidos.
- Submerge 12 hectares de vinha nos 5 concelhos, cinco deles no de Murça.
- 255 Megawatt de produção instalada.
- Produção anual de 275 Gigawatt
- Custo de 262 milhões de euros.

Construída à cota 180 metros:
- Submerge 23 Km da linha do Tua, desde o paredão da barragem (a construir a cerca de 1,5 Km da foz do Tua), até à zona da Brunheda
- Afecta 149 hectares de área agrícola (Vinha, Olivais e outras culturas) nos cinco municípios envolvidos.
- Submerge 34 hectares de vinha nos 5 concelhos, 18 deles no de Murça.
- 283 Megawatt de produção instalada.
- Produção anual de 305 Gigawatt
- Custo de 285 milhões de euros.

Construída à cota 195 metros:
- Submerge 31 Km da linha do Tua, desde o paredão da barragem (a construir a cerca de 1,5 Km da foz do Tua), até às proximidades de Vilarinho das Azenhas, em Vila Flor
- Afecta 310 hectares de área agrícola (Vinha, Olivais e outras culturas) nos cinco municípios envolvidos.
- Submerge 80 hectares de vinha nos 5 concelhos, 44 deles no de Murça.
- 324 Megawatt de produção instalada.
- Produção anual de 350 Gigawatt
- Custo de 323 milhões de euros.

Eduardo Pinto/JN /Rádio Ansiães

Barragem deverá afundar 16 km da linha do Tua

A cota definitiva para a construção da barragem do Tua só vai ser conhecida no final deste ano, mas a EDP admite que a solução mais favorável será a dos 170 metros. Porque do ponto de vista global, pesando as consequências ambientais e sócio-económicas, é a que mais minimiza os impactes negativos. A linha do Tua ficaria com os últimos 16 quilómetros submersos, entre a foz e as proximidades da Estação de Santa Luzia, não afectaria as termas de Carlão nem a Adega da Brunheda, e o alagamento de vinhas no concelho de Murça ficaria reduzido a cinco hectares.
Segundo documentos da EDP a que ao JN teve acesso, o Estudo de Impacte Ambiental, entregue há uma semana no Instituto da Água (INAG), apresenta como possíveis as cotas 170, 180 e 195. Esta última fazia parte da proposta que venceu o concurso de adjudicação do empreendimento. No entanto, a primeira solução é a que agrada mais aos autarcas dos municípios abrangidos.
Na fase de consulta pública, que deverá decorrer entre Agosto e Outubro, os interessados poderão constar que à cota mais alta os custos relativos a indemnizações também iriam disparar. É que para além da área agrícola inundada ser de 310 hectares, iria afectar as Caldas de Carlão, a Adega da Brunheda, 12 habitações ficariam submersas e seria preciso substituir seis pontes, bem como construir acessos.
No entanto, o INAG será o responsável em última instância pela decisão. E aqui há outros factores que poderão vir ao de cima. É o caso do valor que a EDP tem de pagar ao Estado pela concessão. Enquanto que uma cota 170 vale 63,6 milhões de euros, a 180 significa 82,8 milhões e a 195 representa 121,8 milhões. No momento da adjudicação provisória, em 28 de Abril, foram já pagos 53,1 milhões de euros, equivalente a uma cota 160.

Fixando estes números, o presidente da Câmara de Mirandela, José Silvano - o único dos cinco autarcas que bate o pé à barragem - aponta que o Governo deu prioridade a este empreendimento a pensar, "não só no abastecimento público a nível nacional, mas também nas contrapartidas financeiras que vai obter através do INAG". Silvano entende que aquelas contrapartidas "deviam ficar nos territórios onde a barragem vai ser construída". O autarca pretende pedir explicações ao presidente do INAG, que hoje vai estar em Mirandela. Eduardo Pinto, JN

Movimento Cívico pela Linha do Tua - Comunicado

O MCLT vem por este meio demonstrar, mais que a sua incredulidade, o seu firme BASTA ao ambiente instalado de total falta de respeito pelos utentes da Linha do Tua e pelo povo trasmontano.

A reabertura da Linha do Tua foi adiada para dia 2 de Junho, quando fora estabelecida há uma semana a data de hoje, dia 22 de Maio, para o efeito. A decisão foi remetida com displicência pelo IMTT através de fax para a administração do Metro de Mirandela, sem qualquer justificação anexa, ontem. Para todos os efeitos, a linha continua encerrada porque sim, e ao Metro de Mirandela e utentes da Linha do Tua remete-se o silêncio e a confusão que têm sido apanágio desde o acidente de Fevereiro de 2007.

Para o MCLT está mais que demonstrada a total falta de boa vontade e ética profissional tanto por parte do IMTT como por parte da EDP, LNEC e Governo, entidades com responsabilidades na manutenção da Linha do Tua. Depois do incidente de 10 de Abril com uma dresin, após o qual a demora contínua do relatório de segurança da via, da responsabilidade do LNEC, levou a que a Linha do Tua perdesse um fim-de-semana prolongado de turistas, qual a justificação para que em novo fim-de-semana prolongado em que a linha deveria estar aberta, e com mais um mês para o relatório de segurança estar concluído, a data seja abruptamente atrasada por duas semanas? Isto quando para ambos os casos havia viagens charter programadas com centenas de pessoas, que assim não serão realizadas.

A justificação está patente no fax do IMTT: nenhuma. Todas as revelias cometidas contra a Linha do Tua desde há 15 meses não têm qualquer justificação, além da de prejudicar intencionalmente esta via-férrea e a região por si servida, fosse por acção deliberada ou por pura estultícia e negligência.

Mais do que recordar cada episódio de grotescas acções cujo propósito tem sido desacreditar e ferir a Linha do Tua, mais que enaltecer mais uma vez uma obra de engenharia e de memória viva que apenas pelo passa-palavra atrai milhares de turistas de todo o mundo, o MCLT quer expressar aqui o seu total apoio ao Metro de Mirandela para, de uma vez por todas, obrigar estas entidades a assumirem as suas responsabilidades, que têm sido deturpadas de forma escandalosa, e que a Linha do Tua e a região de Trás-os-Montes sejam tratados com todo o respeito a que têm direito.

Movimento Cívico pela Linha do Tua, 22 de Maio de 2008

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Corpo de Deus - Carrazeda de Ansiães


Fotos: Carlos Fernandes

Autarcas reivindicam contrapartidas se a barragem do Tua avançar

O dinheiro que o Estado vai receber pela construção da futura barragem na Foz do Tua deve ficar na região. A ideia é defendida por José Silvano, autarca de Mirandela, que abordou o tema na cerimónia de abertura da Festa da Geografia, que decorre até sábado naquela cidade transmontana.

Silvano diz que o dinheiro que a EDP pagou ao Instituto da Água (INAG), uma entidade estatal, deveria ser empregue nos concelhos afectados pela construção da barragem. O autarca de Mirandela revela que só pela pré-adjudicação da obra, a EDP pagou ao Estado cerca de 53 milhões de euros, e que consoante a cota que a futura barragem irá ter, o Estado receberá um determinado valor. Por exemplo, se a cota defenida for a máxima, a EDP vai pagar ao Estado 128 milhões de euros. José Silvano revelou também que os autarcas do vale do Tua estão a ponderar pedir contrapartidas ao INAG. No entanto, ainda estão à espera das conclusões finais do estudo encomendado. Estudo esse que analisa todos os cenários possíveis, isto é a construção ou não da barragem, assim como a manutenção ou encerramento da Linha do Tua. O autarca de Mirandela abordou o tema durante a cerimónia de abertura da Festa da Geografia, a qual contou com a presença do Secretário de Estado do Ordenamento do Território, João Ferrão, que elogiou o municipio de Mirandela por ter apostado num evento como a Festa da Geografia, que é visto por João Ferrão como uma forma de combater o preconceito da interioridade que existe em certas zonas do país.
A Festa da Geografia é dedicada ao tema da Água e está inserida na edição deste ano da REGINORDE, que decorre até sábado em Mirandela
. RBA

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Linha do Tua já só abre em Junho

A reabertura da Linha do Tua em toda a sua extensão foi novamente adiada. O Instituto dos Transportes e da Mobilidade Terrestre (IMTT) anunciou que afinal a linha só irá reabrir no dia 2 de Junho. A informação foi enviada hoje ao final da tarde para a empresa Metro de Mirandela. Ainda na passada sexta-feira o IMMT informava que a partir de dia 22 de Maio a circulação seria retomada no troço entre Abreiro e a Estação do Tua. O novo adiamento já provocou reacções por parte do presidente do Metro de Mirandela e da autarquia, José Silvano, que de imediato respondeu, também através de fax, questionando sobre as razões de tal decisão. Mensageiro
Antero

"OS VERDES" esperam que namoro entre EDP e autarcas do Vale do Tua seja infértil

«"Os Verdes" receiam que o namoro consumado ontem entre a EDP e os Presidentes de Câmara do Vale do Tua, Murça, Alijó, Vila Flor e Carrazeda de Ansiães - com excepção de Mirandela que até agora tem assumido outra posição - seja indiciador de que estes se preparam para assumir o papel de coveiros do Vale e da Linha do Tua.

Para "Os Verdes", a "mudança de atitude" da EDP, pela qual os autarcas ontem manifestaram agrado, não passa de conversa fiada, pelas seguintes razões:

  • A "abertura" a uma cota inferior à de 195 pretendida inicialmente não é nenhuma cedência nem nenhuma novidade, mas sim uma situação normal na construção de qualquer barragem e decorre da avaliação e da decisão final do responsável político da obra que, neste caso, é o Governo/INAG.
  • Quanto à possibilidade de garantir alternativas de transporte, face à submersão de uma parte da Linha pela barragem, alternativa esta que obviamente será rodoviária – e é bom relembrar que a parte submersa poderá ser a grande maioria do percurso da linha - é uma promessa à qual também já nos habituámos e a prática leva-nos a concluir que estas alternativas, quando são concretizadas, são-no por pouco tempo, vindo logo a desaparecer com o argumento da falta de rentabilidade. E o que é verdade é que todos estes concelhos, e em particular Carrazeda de Ansiães, sofrem já actualmente de uma grande falta de oferta em transportes públicos, o que tem contribuído para o isolamento das suas populações e para o despovoamento.
  • Quanto à afirmação de que a barragem poderá vir a ser um projecto estruturante para a região, também aí, para quem não quer ser ingénuo, basta observar e analisar as outras barragens existentes no nosso país, e muito concretamente na zona do Douro, incluindo num dos concelhos do Vale do Tua (Carrazeda de Ansiães), para avaliar do contributo que estas têm dado para o desenvolvimento das regiões onde estão implementadas, que é nenhum.

"Os Verdes" esperam que os senhores Presidentes de Câmara tenham uma postura de verticalidade e mantenham a palavra dada, concretizando o estudo a que se comprometeram na reunião de 16 de Abril, em Carrazeda de Ansiães, no sentido de avaliar as potencialidades da região com e sem a barragem. Mas, sobretudo, "Os Verdes" esperam que este estudo seja feito de forma séria e independente da EDP e não se vá inspirar no dito Estudo de Impacte Ambiental da EDP cuja entrega ao INAG foi ontem tornada pública.


Para além disso, "Os Verdes" desafiam os Presidentes das câmaras a promover um debate público aberto que inclua as diversas opiniões e permita ouvir as populações dos respectivos concelhos sobre esta matéria, antes de qualquer decisão, debate este que só contribuiria para dignificar e honrar o cargo que estes presidentes ocupam.

O Partido Ecologista "Os Verdes" considera ainda que a entrega já anunciada do EIA pela EDP vai levar a que a consulta pública ocorra durante o período de férias de Verão, o que é uma estratégia já gasta e sobejamente utilizada pelo Governo no sentido de reduzir a participação das populações e entidades diversas na dita consulta.

Por parte de "Os Verdes", tudo faremos para que esta estratégia não tenha sucesso e para que a consulta pública seja participada.

"Os Verdes" garantem ainda que a luta contra a barragem e em defesa a Linha do Tua vai continuar pois consideram que esta decisão, caso se venha a concretizar, é profundamente danosa para os interesses das populações e do desenvolvimento sustentável e destrói para sempre um património natural e cultural único do qual estes autarcas, o país e a região se deviam orgulhar e potenciar como factor de desenvolvimento e de bem-estar.

"Os Verdes" prometem não baixar os braços e desenvolver um conjunto de acções nacionais e internacionais no sentido de travar este crime de ordem ambiental e patrimonial.

O Gabinete de Imprensa de "Os Verdes


Colaboração: Mário Carvalho

Parque Biológico inaugurado em Vinhais

O Parque Biológico de Vinhais (PBV) já recebeu cerca de 320 visitantes, desde o início do mês. São cerca de quatro hectares, situados na serra da Coroa, em pleno Parque Natural de Montesinho (PNM), que reúnem diversas espécies autóctones.
A infra-estrutura, inaugurada na passada sexta-feira, pelo secretário de Estado Adjunto, das Obras Públicas e Comunicações, Paulo Campos, aposta na interpretação da paisagem, educação ambiental, ecoturismo e conservação da natureza.
Este é o primeiro Parque Biológico criado em Trás-os-Montes e o terceiro na região Norte, juntando-se a Vila Nova de Gaia e a Lamego.
Bungalows do Parque de Campismo Rural são muito procurados e já têm reservas para o Verão
foto

O PBV conta, ainda, com o apoio do parque de campismo rural, com quatro bungalows, com capacidade para quatro pessoas, e uma área destinada a tendas e caravanas.
A estadia nos bungalows custa 30 euros por dia. É um preço acessível, pelo que temos tido uma forte procura. Já temos reservas para o Verão, muitas delas de emigrantes do concelho que pretendem passar aqui um mês inteiro”, frisou a directora do PBV, Carla Alves. Jornal Nordeste

O que se disse... João Lopes de Matos

«... eu defendo a não recandidatura do actual presidente e a sua substituição por gente nova.
É o que se me oferece lealmente dizer.»

João Lopes de Matos

Mirandela - Reginorde aposta na geografia e no livro

Começa hoje e prolonga-se até domingo a Reginorde (feira das actividades económicas de Trás os Montes e Alto Douro). O evento vai apresentar uma nova organização do espaço e apostar na qualidade das empresas presentes. O certame é organizado pela Mircom (Mirandela Comercial), a associação que integra a Câmara e a Associação Comercial e Industrial (ACIM). (...)
A Reginorde tem um orçamento de 140 mil euros e marcam presença cerca de 200 expositores. Os espectáculos contam com as actuações de Mickael Carreira, Roberto Leal e Irmãos Verdades. JN

EDP tem de encontrar alternativa à circulação na linha do Tua

Parte da linha ferroviária do Tua vai ficar debaixo de água, quer a barragem prevista para aquele rio seja construída à cota máxima ou à mínima (195 ou 160 metros).

Garantia dada pela EDP, vencedora do concurso, no final da reunião de ontem, em Murça, que juntou à mesa responsáveis daquela empresa, autarcas dos cinco municípios abrangidos pelo empreendimento, e a Estrutura de Missão do Douro. A empresa assume, no entanto, que terá de encontrar uma alternativa de mobilidade para as pessoas que ficarem privadas de viajar no troço submerso.
António Castro, da EDP-Produção, negou ontem a possibilidade de ser estudada uma solução que permita preservar toda a linha, nomeadamente a parte mais espectacular, entre a Brunheda e o rio Douro. O responsável garantiu que a cota da albufeira “ainda não está definida”, o que deverá acontecer em sede de análise do Estudo de Impacte Ambiental, que já deu entrada, na passada sexta-feira, no Instituto da Água (INAG). “Qualquer que seja a cota que constava do caderno do concurso promovido pelo Estado terá sempre impactos na linha”.

Segundo o economista da EDP, o facto da via-férrea ficar debaixo de água “não quer dizer que desapareça”, do ponto de vista de transporte de passageiros e turistas. “Uma parte da linha ficará desactivada, pelo que haverá que arranjar alternativas que compensem e sirvam claramente as pessoas”, realçou. A EDP, sublinhou, “irá fazer tudo o que estiver ao seu alcance para levar o projecto avante”, desde que asseguradas “as necessidades dos municípios e o próprio desenvolvimento da região”.

É neste sentido que a empresa decidiu participar ontem na segunda reunião de autarcas dos concelhos abrangidos pela barragem: Alijó, Murça, Carrazeda de Ansiães, Vila Flor e Mirandela. “Registamos com agrado uma mudança do comportamento da EDP na participação neste tipo de processo”, referiu o anfitrião, João Teixeira, explicando que desta forma será de esperar que a barragem signifique “mais vantagens para as gentes do Vale do Tua”.
António Castro assumiu que a barragem é “um projecto estruturante e importante” para a EDP, mas deseja que resulte em “bem para todos”. Para os os clientes da empresa que vão ter energia “limpa, renovável e barata”; para a região que poderá ter ali “um motor de desenvolvimento”.

Entretanto, já está a ser elaborado o estudo, encomendado pelos cinco municípios do Tua, que vai apurar o modelo de desenvolvimento possível para o vale, quer se faça ou não a barragem. Também vai dar-lhes a conhecer a real situação económica, social, ambiental e cultural da região abrangida.

A linha do Tua reabre amanhã em toda a extensão. Entre a Estação do Tua e o apeadeiro da Ribeirinha, durante o dia e em condições de visibilidade normais, a circulação vai obedecer à tabela de velocidades máximas. Durante a noite, com chuva ou com nevoeiro, vigorará o "regime de marcha à vista", em que a velocidade máxima permitida é de apenas 30 quilómetros por hora.

Eduardo Pinto/JN/Rádio Ansiães

terça-feira, 20 de maio de 2008

Evolução histórica do roubo!

Colaboração: Mário Carvalho

Barragem Foz Tua: Estudo de Impacto Ambiental já deu entrada no Instituto da Água

O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da barragem de Foz Tua, que vai definir a cota de construção da infra-estrutura, já está a ser analisado pelo Instituto da Água (INAG), anunciaram hoje os autarcas do vale do Tua.

Os presidentes das câmaras de Murça, Alijó, Mirandela, Vila Flor e Carrazeda de Ansiães reuniram-se hoje pela primeira vez com representantes da EDP, empresa a quem foi concessionada a construção da barragem de Foz Tua.
O anfitrião da reunião, o autarca de Murça, João Teixeira, limitou-se a ler um comunicado através do qual informou que o Estudo de Impacto Ambiental da barragem foi entregue ao INAG.
Acrescentou que se "mantêm em aberto todas as perspectivas" e que os municípios só tomarão uma posição após análise detalhada do EIA e a "apresentação do estudo de impacto", mandado elaborar pelos municípios, e que "servirá de suporte a uma decisão final".
Numa primeira reunião entre os autarcas e a Estrutura de Missão do Douro, a 16 de Abril, em Carrazeda de Ansiães, ficou decidida a realização de um estudo que contemple todos os cenários de evolução possíveis, incluindo a construção ou não da barragem de Foz Tua, bem como a manutenção ou não da Linha do Tua.
Os autarcas do vale do Tua registaram ainda "com agrado uma mudança de comportamento da EDP na participação neste tipo de processo".
A EDP foi a única concorrente à construção da barragem, tendo apresentado uma proposta de construção a uma cota de 195 metros.
Após a reunião de hoje, em Murça, António Castro, da EDP Distribuição, salientou que a decisão final sobre a cota será tomada em sede de Declaração de Impacto Ambiental.
"Qualquer que seja a cota tem sempre impactos na linha do Tua. Mas isto não quer dizer que a linha desapareça, quer dizer que uma parte da linha vai ser desactivada e que podem ser criadas formas de transporte alternativas", referiu o responsável.
António Castro frisou que a barragem é um "projecto estruturante" que pode ser "um motor de desenvolvimento da região".
Acrescentou que o projecto será concretizado tendo em conta as necessidades dos municípios e da região.
A cota dos 170 metros parece ser a mais consensual entre os autarcas dos concelhos envolvidos, menos para José Silvano, presidente da Câmara e do Metro de Mirandela, que defende a manutenção da linha a todo o custo.
O metropolitano é responsável pela circulação na Linha do Tua, ao serviço da CP, ligando Mirandela a várias aldeias da região mas principalmente à Linha do Douro, em Foz Tua.
Lusa

Daqui e dali... Roberto Moreno Tamurejo

Feira das Expressões

Quando falo da língua portuguesa com os meus amigos, acham piada quando uso expressões portuguesas, com idêntico significado em espanhol, mas com distinto significante, por isso, agora que ando com falta de concentração para estudar, vou escrever um texto com expressões espanholas, mas traduzidas literalmente ao português.

Vou “plantar um pinheiro”, disse o meu amigo com “o sorriso de orelha a orelha”, eu também sorri e pensei nos milhares de “faxes que se enviam” diariamente... Se os senhores leitores não perceberam, ele foi à casa de banho, onde também podemos “mudar a água ao canário”. Enfim, necessidades e metáforas da vida...

Aquele dia esteve muito calor, foi a quinta feira, dia da mãe. O plano foi o seguinte: Visitar a Feira Nacional do Queijo de Trujillo, quer dizer, experimentar todo tipo de queijos e de vinhos. Conhecem Trujillo? É uma cidade conhecida pela estátua de Pizarro (um conquistador espanhol) na praça e também por um restaurante, onde, pelos vistos, se come “de luxo”. Foi pena não experimentar um prato, “coisas da vida” e do queijo.

Em vez de Feira Nacional, devia chamar-se Feira Peninsular, pois lá estavam os nossos irmãos portugueses a vender queijo do Fundão. Não pude resistir-me a manter uma conversa com eles e, “de passo”, petiscar um picante... três dias depois, houve quem me dissesse que ainda tinha o sabor do queijo português na boca...

Definitivamente, a primavera é a estação das Feiras, por exemplo, este fim de semana é a feira do presunto em Jerez de los Caballeros, para quem não o saiba, o nosso presunto está para se “chupar os dedos”, ou seja, delicioso. Também me “disse um passarinho” que a Mostra de Sabores de Carrazeda já teve lugar e foi todo um sucesso, parabéns para os organizadores! Eu participei na passada edição e diverti-me imenso, até fui responsável por uma das barracas!
Desfrutem da companhia da prima Feira!

Roberto Moreno Tamurejo

Cuidados continuados em Mogadouro

A Unidade de Cuidados Continuados de Mogadouro (UCC) começou, ontem, a receber os primeiros utentes. A UCC está equipada com 24 camas para internamento de média e longa duração, fazendo parte da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados. O novo equipamento resulta da adaptação do antigo Hospital da Misericórdia, num investimento que ronda os 1,5 milhões de euros, da responsabilidade da Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro (SCMM). O Ministério da Saúde comparticipou com 400 mil euros. RBA

DN

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Rota das Maias 2008 - Pombal de Ansiães

«Parabéns à ARCPA por mais uma excelente iniciativa. Mais uma vez fomos surpreendidos com excelentes trilhos e paisagens. Do melhor que há. Para o ano será ainda melhor.»

José Pinheiro

«Esteve bom! O percurso era magnífico, as paisagens do melhor! O almoço estava bom!»

Jorge Alves – BTT Clube de Chaves

«Almoço: óptimo! Trajecto: difícil! Sinalização: excelente! Policiamento: muito bom! Continuem!»

Miguel Santos – LamegoBike

«Paisagens maravilhosas! Trilhos espectaculares! Parabéns! Continuem!»

Luís Pinto

«Mais um evento ao nível da ARCPA. Parabéns à organização pelos excelentes trilhos, bem marcados e com adrenalina q.b.. O pequeno almoço na Quinta da Brunheda foi o único onde tivemos Porto de Honra. Estão mais que justificados os 15 €. Até à próxima!»

João Paulo

«Parabéns à iniciativa! Uma organização excelente que, desde o primeiro momento se preocupou em dar a melhor das promoções via web, que no dia da prova apresentaram boa logística de meta, um secretariado eficaz, que ao longo do percurso deram o apoio necessário, muito cuidado ao nível dos abastecimentos, sinalética, bombeiros e GNR.. Um acontecimento desportivo que conseguiram transformar igualmente num acontecimento social. Uma vez mais: parabéns à organização!»

Paulo Pinto – Mirandela

«Percurso excelente! Organização sem faltas! Parabéns! No próximo ano cá estaremos! »

Jorge Figueiroa – BTT Clube de Chaves

«Pela primeira vez fui convidado para participar no passeio BTT de Pombal de Ansiães. A viagem para o dia da prova correu dentro das expectativas. Chegados ao Pombal, localidade que desconhecia, fomos recebidos com bastante simpatia por parte dos elementos desta Associação. Ficamos surpreendidos pela logística presente, desde a manga de partida, bombeiros, GNR, etc. O percurso excelentemente traçado possibilitou aos participantes desfrutar de uma paisagem magnífica, do relevo do terreno e a dificuldade que estes com maior ou menor esforço ultrapassaram. A meio do percurso, o reforço bem elaborado foi saboreado com prazer. No final da prova, o banho reparador soube para todos os participantes recuperarem força e abriu o apetite para o almoço do dito porco no espeto. Tudo estava pelo melhor. A refeição bem gostosa. Finalizo a dar os parabéns a todos os organizadores do evento, sendo certo que para o ano somos uma presença garantida.»

João Guerra – LamegoBike

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Mais fotos em: Clube de Ciclismo de Vila Flor

DN

Autarquias criam nova taxa para substituir cobrança do aluguer dos contadores

As autarquias criaram uma nova taxa de disponibilidade de água, a fim de substituir a cobrança do aluguer dos contadores que tinha sido proibida por uma lei aprovada no Parlamento a 21 de Dezembro do ano passado, sob forte contestação dos municípios. As associações de defesa dos consumidores já admitiram avançar para os tribunais. Público